ANO
13 |
Livraria
virtual
Www.professorchassot.pro.br
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EDIÇÃO
33667
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Esta é a última
edição deste blog neste agosto de 2018. Um agosto que não nos deu um esperado
feito político que desse uma reviravolta como foi como com Getúlio em 1954; com
Jânio em 1961 ou com Dilma há exatos dois anos, naquele agourento e tétrico 31
de agosto de 2016.
Amanhã já será
setembro que para mim evoca sempre a primavera (minha parreira já foi podada);
muito pouco me lembro da semana da pátria!
Este blog hoje é
escrito no Tocantins quase voltando para Porto Alegre.
Sei que tenho
leitores aos quais desagrada as minhas trazidas do chamado Diário de um viajor. Se diz que meus relatos se tingem, então, de exibicionismos
pois quero mostrar onde andei; como fui recebido, como há tietagem e como as
pessoas gostam de mim. Eu discordo dessa leitura, mesmo que muitas vezes ela me
convenha, pois considero os relatos que faço também uma homenagem àqueles que
me acolhem. A edição desta semana é um duplo exemplo.
Divido os relatos da
edição de hoje em dois momentos da semana que estamos encerrando: um e outro
prenhes de emoções.
Dos dois segmentos
desta edição, o primeiro foi breve, mas marcado de muitas novidades para mim.
Deixei Porto Alegre no fim da tarde de domingo e já na noite de segunda estava
em casa.
Nas poucas horas do
estar no Rio de Janeiro, conheci emocionado uma das mais significativas
experiências de fazer educação. Em junho do ano passado em Macaé, no I EREQ (1º
Encontro da Rede Rio de Educação Química), ouvi um grupo de jovens que fizeram
relatos de um fazer educação muito original, mas desconhecido. Lembrei que em
2010, no EDEQ de Rio Grande a experiência fora assuntada.
Para mim é significativo como se recebido. Não
preciso (até por que não cabe) tratamento VIP. Mas faz diferença tu encontrares
uma frase assim: As frutas, sucos, bombons e biscoitos no seu
apartamento são para seu consumo e não serão cobrados. Fique à vontade para
servir-se, faz parte das boas-vindas é prova de muito acarinhamento. Esta frase também
acolheu os professores que vieram ao seminário.
Ajudado com
informações que estão na página da Escola: http://escolasesc.com.br/ transcrevi alguns excertos.
A Escola Sesc de
Ensino Médio se caracteriza por oferecer uma educação efetivamente integral
para uma comunidade de alunos e alunas que representa a vasta diversidade
cultural brasileira. Os estudantes vêm de todos os estados do Brasil (selecionados
dentro da cota de vagas para cada uma das 27 unidades da federação) para
formar, juntamente com a equipe de educadores, uma comunidade de aprendizagem.
Instalada em um campus de 131 mil metros quadrados em Jacarepaguá, no Rio de
Janeiro. A instituição conta com uma privilegiada estrutura de ensino, com
Espaço Cultural, laboratórios, biblioteca, ateliês de arte, complexo esportivo,
restaurante, além das vilas residenciais para quase 500 alunos e alunas dos
três anos do Ensino médio. Dos cerca de 80 professores a metade mora em vilas
especiais para professores no campus. As salas de aula foram projetadas para
atender até 15 estudantes. Estudar na Escola Sesc de Ensino Médio confere a
todos os alunos e alunas direito ao material pedagógico (incluindo um
notebook), uniformes, moradia, alimentação, assistências médica e odontológica.
A oportunidade de
viver a experiência da residência é uma das faces mais ricas do projeto da
Escola Sesc de Ensino Médio. Viver como residente traz a possibilidade do
profundo desenvolvimento da autonomia, estimula trocas entre jovens oriundos de
todas as regiões do país, aproxima professores e alunos, e permite a construção
de valores de cidadania. O principal objetivo da Escola é a efetiva
transformação da vida dos jovens, que se desenvolvem sob todos os pontos de
vista e concluem o Ensino Médio prontos para seus projetos de vida.
Menos do que narrar palestra
e os aplausos a mesma ou os sedutores convites para integrar o corpo docente da
Escola, queria responder a uma natural pergunta: quando universidades, institutos
federais e escolas públicas rede das diferentes esferas então à míngua de onde
vem essa abundância de recursos para esta Escola? A resposta é fácil! Milhões de
empregados no comércio (e em serviços assemelhados) descontam uma vez ao ano 1%
da contribuição previdenciária que se destinam a organizações do sistema S
(Sesi, Sesc, Senar...).
A Escola de Ensino
Médio do Rio de Janeiro é um dos exemplos dos muitos que se poderia fazer
aumentando o número de escolas do Sesc para todos os Estados da Federação.
O exemplo de uma Educação
gratuita e de qualidade destinada a estudantes do ensino médio oriundos de famílias
cuja renda não é maior que três salários mínimos deve frutificar. O segundo momento da
edição de hoje, refere-se a meu estar pela segunda vez em na UFT — Universidade
Federal de Tocantins (em 2011 estivera no Campus de Araguaína nas celebrações
do Ano Internacional da Química). Um detalhe que parece singular na história
das universidades brasileiras: a UFT foi a única universidade criada em outubro
de 2000, no governo de Fernando Henrique Cardoso. Nos anos seguintes, nos
governos do Presidente Lula, foram criadas 17 universidades federais.
A criação da UFT
deveu-se ao cumprimento de dispositivos constitucionais da Constituição de 1988
que preceitua que em criado em 1989 o estado de Tocantins cada unidade federativa
deva haver, pelo menos uma universidade federal.
Agora estou no
campus de Gurupi da UFT (um dos oito campi da UFT) para participar do I Congresso Tocantinense de
Química. Neste evento na
manhã de quinta-feira ministrei o minicurso A
História e a Filosofia da Ciências catalisando ações indisciplinares. Registro
que devido a =o numero de presente (mais de 120 participantes) o minicurso se
transformou em duas palestras com quase duas horas cada. Na tarde desta
sexta-feira a palestra Em busca de lugar
na brecha entre o passado e o futuro fez parte do encerramento do Congresso.
Encerro com o
registro comum aos dois segmentos. Muitas fotos, significativo números de livros
autografados e, o que é mais relevante: as três falas começaram com muito aplaudido
fora Temer e na fala deste 31 de agosto se evocou consumação do golpe a exatos
dois anos lembrando-se talvez um dos dias mais tristes da História do Brasil
recente.
RECEBI: Estimado
amigo e mestre Chassot, bom dia! Quanto tempo... espero que estejas bem! Ontem
fizemos aqui na UFV um tributo ao grande Oliver Sacks, pois completou três anos
de sua morte. Trago esta informação, pois pelo seu Blog pude conhecer muito
deste neurologista e escritor, que sempre foi apaixonado pelas ciências e pelos
mistérios da vida. Fica a dica para uma blogada ou uma nota que nos ajude a
lembrar as relevantes contribuições deste exímio ser humano para todos nós, com
escritos que nos impactam na forma de entender, o mundo, a vida e os seus
muitos mistérios.
Um grande e afetuoso
abraço. Com saudades e estima, Vinícius Catão Universidade Federal de Viçosa.
Amigo caríssimo, Chassot! Verdadeiramente, digo, escrevo e brado, que falar do que se faz também é falar daqueles que participam do fazer. Divulgo-me na divulgação do outro, portanto, divulgo o outro do mesmo modo, não só pelos elogios, citações e destaques que faço, mas pelo que compartilho: ofereço e recebo, ensino e aprendo. É a mais pura e genuína relação dialética do compartilhar, não como senhor e sabedor absoluto do conhecimento alcançado e produzido, mas como quem reaprende com os saberes dos muitos outros em tantos caminhos, também compartilhados. Portanto, somo-me à tua blogada, num educado esquecimento daqueles que só conseguem identificar promoção e chamego. E agora, retornando à blogada, se com 1% anual é possível tanto, será que estão nos enganando com os valores declarados de aplicação na Educação Básica pública? Se havia alguma dúvida, bem, a ingenuidade acabou faz algum tempo! Também quero destacar teu escrito de que nos governos de FHC uma universidade foi criada. Pela verdade e com ela, como obrigatoriedade constitucional. Então, os "louros" sequer são devidos. Mas, as 17 criadas nos governos de Lula, bem, como dizem os que apreciam as matemáticas: os números falam por si! Abraços a ti, meu amigo, desta Sorocaba chuvosa, graças a Deus!
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