ANO
13 |
Livraria
virtual Www.professorchassot.pro.br
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EDIÇÃO
3365
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Abro esta edição com um excerto do diário de um
viajor: Nesta quarta-feira, 08/08 fiz um
bate-volta Porto Alegre/São Lourenço do Sul (2 X 3 horas com a competência e
segurança do Jackson, motorista da FURG). Em minha estada de 4 horas na Pérola
da Lagoa falei para cerca de uma centena de professores da rede municipal envolvidos na ‘Feira do
Conhecimento’ e para licenciandos da Educação do Campo da FURG. Houve ainda oportunidade
para autógrafos e fotos e para saborear cucas, algo típico da cidade. Sou grato
a Prof. Dra. Berenice Vahl Vaniel que catalisou as atividades.
Na edição passada ao
referir meu estar em Teresina de cerca de 36 horas, registrei que ao lado dos
fazeres acadêmicos, graças a generosidade de alguns colegas houve uma saborosa
manhã de turismo. E neste se destacou o Encontro das águas dos Rios Poti e
Parnaíba. Conheci também um impressionante conjunto estatuário acerca da muito
original lenda do Cabeça de Cuia. Cumprindo o prometido trago a lenda, como narrada
pela Wikipédia.
As ilustrações são
de meu arquivo pessoal e nelas estou com colegas do IFPI Marlúcia, Vilani,
Francimar e me ensejaram e acompanharam na visita. O cenário das fotos são do
conjunto estatuário antes referido e neste estão Crispim, o Cabeça de cuia, a
mãe e as sete virgens.
Cabeça de Cuia é uma lenda da região nordeste do
Brasil, mais precisamente criada no estado do Piauí.
A lenda do Cabeça de Cuia trata-se da história de
Crispim, um jovem pescador que morava nas margens do rio Parnaíba e de família
muito pobre.
Em uma das épocas de poucos peixes no rio devido às
suas cheias, Crispim e sua mãe sofriam com a fome.
Conta a lenda que certo dia, Crispim saiu cedo para
pescar, porém naquele dia nada conseguiu do rio. Sua mãe se compadecendo com a
situação, foi pedir à vizinha algo para que pudesse fazer o almoço de seu
filho. Porém a única coisa que lhe foi oferecido foi um osso de boi, assim, a
mãe de Crispim fez uma sopa rala, sem carne, com o osso apenas para dar gosto à
agua, que vinha misturada com farinha em forma de pirão.
Nesse dia, ao voltar cansado e frustrado da
pescaria Crispim pediu à mãe o que comer e ao se deparar com a sopa de ossos,
se revoltou, e no meio da discussão com sua mãe, atirou o osso contra ela,
atingindo-a na cabeça e matando-a. Antes de morrer sua mãe lhe amaldiçoou a ser
um monstro, que ficaria vagando entre os rios, 6 meses no Parnaíba e 6 meses no
Poty dia e noite e só se libertaria da maldição após devorar sete Marias
virgens. Tomado pela culpa de ter matado sua mãe, Crispim, desesperado, põe-se
a correr. Enquanto corre, sua cabeça começa a crescer, ao passo que seus
cabelos se transformam em lodo. Por onde passa as pessoas caçoam daquela cabeça
imensa, chamando-o “cabeça de cuia”, dando início à lenda, e Crispim, sem
encontrar remédio para sua sorte, lança-se nas águas do rio, onde teria se
afogado.
Porém, seu corpo nunca foi encontrado e, até hoje,
as pessoas mais antigas proíbem suas filhas virgens de nome Maria de lavarem
roupa ou se banharem nas épocas de cheia do rio. Alguns moradores da região
afirmam que o Cabeça de Cuia, além de procurar as virgens, assassina os
banhistas do rio e tenta virar embarcações que passam por ali. Outros também
asseguram que Crispim ou, o Cabeça de Cuia, procura as mulheres por achar que
elas, na verdade, são sua mãe, que veio ao rio Parnaíba para lhe perdoar. Mas,
ao se aproximar, e se deparar com outra mulher, ele se irrita novamente e acaba
por matá-la. O Cabeça de Cuia, até hoje, não conseguiu devorar nem uma virgem
de nome Maria.
A Prefeitura de Teresina instituiu, em 2003, o Dia
do Cabeça de Cuia, a ser comemorado na última sexta-feira do mês de abril.
Querido Chassot!!
ResponderExcluirComo é bom ler seus textos!!
Como é bom aprender com os seus excertos!!
Adorei conhecer mais esta lenda através da sua escrita!!!
Obrigada por compartilhar a sua sabedoria conosco!!
Abraço cordial meu e do Alcides.
Atenciosa colega Danila,
ResponderExcluirobrigado pelo prestígio que o Alcides e tu conferem ao meu blogar,
Salve, salve, Áttico! Obrigado pelo e-mail! Cá estou a ler o "Cabeça de Cuia". Uma lenda de muitos significados, posso vislumbrar. O que será que dizem as mulheres a respeito? Com ou sem pretensões postas, a tradição destaca diversos pontos: mulher, virgindade, água, alimento, seca, relações familiares, maldição, perseguição, medo, enfim, uma multiplicidade de situações. Minha gratidão pela dica tão valorosa! Abraços da região, agora, com menos frio! Definitivamente, para nós de Sorocaba, o inverno não pode descer aos 15º graus. RsRsRs
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