ANO
12 |
Livraria
virtual
Www.professorchassot.pro.br
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EDIÇÃO
3350
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Nessa semana encaminhei o Alfabetização científica à Editora Unijuí,
para uma 8ª edição revisada e ampliada. Dava-me conta, então, que vivia/vivo em
tempos de uma quase esterilidade intelectual. Esses dias aziagos que se iniciaram
com a prisão política do Presidente Lula parecem entorpecer minha produção.
Por tal, hoje vou falar de algo que
me encanta: histórias de amor. No Ocidente são destaque pelo menos
três histórias de amor. Estas marcadas, por dificuldades e cenários secretos
que parecem robustecer o amor. Nos dias atuais persistem as loas aos amores proibidos.
Estes são, também, alvos de condenação
Lembro que uma vez em olhei enternecido uma
sacada em Verona, pois se dizia que fora nela que Romeu e Julieta se amaram na ficção de Shakespeare, ou quanto lemos e relemos os amores de Tristão e Isolda.
Hoje, numa à fuga à esterilidade,
evoco a história de amor trágico de Abelardo e Heloísa. A comovente história teve como palco lugares muito conhecidos de Paris, no século 12, quando a
Idade Média, começava a declinar com o início do Renascimento.
A Wikipédia concorre na apresentação
dos dois reais personagens centrais de uma triste saga amorosa:
Heloísa de Argenteuil ou Heloísa de Paráclito ca., 1090 — 16 de maio de 1164) [Num retrato do século 19] foi uma freira, escritora, erudita e
abadessa francesa, mais conhecida por seu amor e correspondências com o
filósofo Pedro Abelardo.
Pedro Abelardo (Le Pallet, Bretanha, 1079 — Chalon-sur-Saône, 21 de abril de 1142) foi
um filósofo escolástico, teólogo e grande lógico francês. É considerado um dos
mais importantes e mais ousados pensadores do século 12. Ficou conhecido do
público por sua vida pessoal, especialmente por seu relacionamento com Heloísa
de Paráclito, de quem fala em sua História
das Minhas Calamidades. Aos 36 anos, Abelardo era um brilhante professor em
teologia na Catedral Notre Dame de Paris.
Heloísa era brilhante estudiosa de
latim, grego e hebraico, e tinha uma reputação de inteligência e perspicácia.
Abelardo escreve que ela era nominatissima, "muito conhecida" por seu
dom da escrita e leitura. Parece que era de uma classe social mais baixa que a
de Abelardo, que era originalmente da nobreza, embora ele tivesse rejeitado
fidalguia para ser um filósofo.
Ela foi, provavelmente, funcionária
de um tio, um cônego em Paris chamado Fulbert, senhor abastado, era o
responsável pela educação da sua sobrinha Heloísa Em algum momento de sua vida,
provavelmente já adolescente, ela se tornou aluna de Pedro Abelardo, dos mais
populares professores e filósofos, em Paris. [ Escultura de Abelardo no Palais du Louvre]
No início, o tio de Heloísa ficou
temeroso de deixar a bela jovem a sós com o professor. Com o passar do tempo, o
tio adquiriu confiança em Abelardo. Nos seus escritos, Abelardo narra a
história da sedução de Heloísa e sua posterior relação ilícita, que continuou
até Heloísa ter um filho, que chamaram de Astrolabius (Astrolábio). Abelardo
casou-se secretamente com Heloísa. Eles esconderam esse fato, a fim de não
prejudicar a carreira de Abelardo.
É opinião aceita que Fulbert, em sua
ira, puniu Abelardo atacando-o enquanto dormia e castrando-o. Uma versão
alternativa: Fulbert divulgou o segredo do casamento e sua família procurou
vingança, ordenando a castração de Abelardo.
Abelardo, após a castração se
refugiou na Abadia de Saint Denis, onde tornou-se monge e dedicou sua vida aos
estudos filosóficos. Heloísa foi para o mosteiro de Paraclet, onde se tornou
abadessa do convento.
Abelardo e Heloísa se dedicaram a uma
vida de trabalhos e estudos para suportarem a separação. Eles trocaram, o resto
de suas vidas, cartas de amor. As memórias de Abelardo e Heloísa são uma
troca intelectual que transcende o tempo e representam busca da
espiritualidade.
Abelardo morreu em 1142, Heloísa em
1164. Hoje, a prefeitura de Paris mantém, no cemitério de Père Lachaise, os
restos mortais do casal. Uma união póstuma resguardada e representada em um
belo jazigo (na foto). Quando visitei este cemitério não sabia desta
informação. Estive na sepultura de Alan Kardec, mas não conheci a sepultura do
casal amoroso que me encanta.
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Reconheço e agradeço a ajuda de https://www.conexaoparis.com.br/2015/04/14/abelardo-e-heloisa-uma-historia-de-amor/