ANO
12 |
LIVRARIA VIRTUAL em
Www.professorchassot.pro.br
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EDIÇÃO
3335
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Esta edição se assemelha a
um patchwork. A semana foi/é tão (ex)(in)tensa que não sei muito bem como juntar
‘alguns retalhos de emoções’. Tento algo acronológico.
A esperada quarta-feira, 24
de janeiro, com o acachapante 0 X 3 provindo daquele inenarrável bastião bélico,
que descrevi na edição anterior de maneira incompleta, pois não referi a
presença de forças navais, ou melhor fluviais, desde que se considere o Guaíba
um rio. Também aprendemos que pensamento mágico não desata enlaces conchavados de
uma trindade de juízes.
Nunca um tríplex no Guarujá foi tão valorizado. Compare-se apenas imóveis
de dois ex-presidentes contíguos: “O ex-Presidente Fernando Henrique Cardoso é
proprietário de um apartamento de luxo no mais luxuoso bairro de Paris, na
Avenue Foch, ao lado dos Príncipes de Mônaco e sheiks árabes, avaliado em 11
milhões de euros, mais um apartamento em Nova Iorque, dois em bairros nobres de
São Paulo, um na Zona Sul do Rio de Janeiro, área nobre, e mais um fazenda de 1
046 hectares, no município de Buritis(MG), com um aeroporto dentro, com pista
maior que a do Aeroporto Santos Dumont, que serve à ponte aérea Rio-São Paulo,
graciosamente construído pela empreiteira Camargo Correa, que no governo FHC
ganhou praticamente todas as licitações para as obras públicas em Brasília. Cálculos
modestos apontaram que para ter este patrimônio de maneira lícita, FHC teria
que ter presidido este país, acumulando os salários de presidente e de
professor, por mais de 200 anos, e me ative ao registrado e assumido pelo ex-Presidente,
sem considerar as contas e empresas offshore descobertas pela PF e Banco
Central, em paraísos fiscais, a partir de denúncias vindas do exterior
(Francisco Costa, em Carta aberta ao judiciário brasileiro, 24/01/2018; agradeço ao meu colega Enzo Fagundes,
que de seu Uruguai, me enviou a carta referida). E de FHC não se
confisca o passaporte!
Ainda estava em retorno de Goiânia, quando recebo do escritor Élcio
Mário Pinto, que foi coautor comigo da blogada anterior, um desconsolo a algo
inconsolável: “Sinto dor pelo nosso povo,
até pelos jovens que defendem a prisão de Lula e a volta dos militares ao
Poder. Que dor por uma terra tão promissora como a nossa! Que dor pela nossa
gente, de novo, manipulada e sem provas! Que dor pelo tempo histórico registrando
injustiças de elites! Hoje, estou assim, meio acabrunhado e macambúzio.
Inteiramente inconformado e tristemente, desesperançado”.
E por falar em Goiânia, registro a lição que recebemos dos estudantes
que organizaram o XXXVI Encontro Nacional de Estudantes Química. Sem um centavo
de agências financiadoras, fizeram um dos encontros de estudantes mais
organizados e produtivos que participei. Personalizo no acadêmico da UEG Brendo
Washington a minha admiração. Sou sensibilizado pelo acarinhamento recebido dos
meus colegas de Goiânia e também aqueles que como eu eram convidados. Destaco a
gratificação recebida com o memorável encontro com as colegas Maria Angélica e
Danila de Inhumas.
Os breves dias de estar em Porto Alegre foram poucos para preparar
a próxima semana que terá três dias, com cinco encontros com cinco grupos com
mais de 1.300 professores, da rede de Educação Básica da Secretária Municipal
de Educação de Cuiabá. Estou como um menino em véspera do passeio anual do Escola.
Sinto-me desafiado.