ANO
12 |
LIVRARIA VIRTUAL em
Www.professorchassot.pro.br
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EDIÇÃO
3326
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Reconheço que, ao invés de fazer uma
blogada asséptica como a que está a seguir, deveria me manifestar, (como algumas
instituições vêm fazendo) contra o documento do Banco Mundial “Um Ajuste Justo - Análise da
Eficiência e Equidade do Gasto Público no Brasil” que apregoa o fim
do princípio
constitucional da gratuidade do ensino nas Instituições de Ensino Superior
públicas, sob o argumento falacioso de diminuição das desigualdades, facilmente
desmistificado pela observação do aprofundamento histórico das desigualdades na
educação superior nos países onde este ensino é pago— como destaca o Conselho Universitário da UFRJ.
As
recomendações ignoram as elevadas contribuições das universidades públicas para
o desenvolvimento sócio-cultural do país, para o conhecimento científico,
tecnológico, artístico e cultural como um direito humano fundamental e, ainda,
que os direitos sociais consagrados na Constituição Federal não são
responsáveis pelos problemas fiscais. O Brasil possui inaceitável estrutura
tributária regressiva, segue pagando juros e serviços da dívida nunca auditada,
conforme estabelecido pela Constituição Federal, promove sistemática renúncia
fiscal para os grandes grupos econômicos e não realiza a efetiva tributação
sobre a renda, a propriedade e a herança. e
É uma semana quase
exótica, pois sem viagens. Em compensação na próxima uma viagem se transformará
em duas. Vou a Goiás e daí a Paraíba. Este retorno ao Nordeste, onde estive na
semana que passou, esteirou o assunto desta blogada acerca de topônimos e
gentílicos, já assuntados na semana que passou.
Salvo equívoco,
dentre os topônimos dos 27 estados e de suas 27 capitais apenas um dos estados
e quatro de capitais são homenagens a pessoas. Assim, na próxima semana vou a
um estado cuja capital não apenas tem nome de pessoa (como a capital do Acre),
mas de Pessoa, como João Pessoa, a capital da Paraíba, onde volto depois de
muitos anos.
Rigorosamente a
capital do Acre é parte do nome de título dado a José Maria da Silva Paranhos
Júnior, Barão do Rio Branco (1845 —1912), foi um advogado, diplomata, geógrafo
e historiador brasileiro. É considerado o patrono da diplomacia brasileiro e
teve papel importante na incorporação do Acre ao Brasil, quando da questão do
Brasil com a Bolívia.
Outra homenagem a pessoa
está na capital do Piauí: Teresina que remete a imperatriz Teresa Cristina
Maria de Bourbon, que teria intermediado com o imperador Dom Pedro II a ideia
de mudança da capital, e em sua homenagem deu-se o nome de Teresina, contração
das palavras Teresa e Cristina.
A quarta cidade
brasileira com topônimo homenageando pessoas é Florianópolis. Inicialmente Ilha de Santa Catarina depois convertida em Nossa Senhora do Desterro teve o nome simplificado para Desterro, com
desagrado da população que propôs "Ondina",
nome de uma deusa da mitologia que protege os mares. Descartado este nome em
1894 se quis fazer uma homenagem ao então presidente da República Floriano
Peixoto, mudando o nome para Florianópolis. A escolha do nome foi, contudo, uma
afronta à própria população desterrense, dado que Desterro era uma cidade
fortemente monarquista e contrária à Proclamação da República.
A redução do nome
Florianópolis para Floripa não apenas uma corruptela do nome oficial, mas um
continuado protesto contra a imposição de um nome oficial que desagrada aos
moradores da dita ‘Ilha da Magia’.
O topônimo do único
estado Brasileiro que homenageia pessoa é Rondônia (estou excluindo, por razões
obvias São Paulo e sua capital). O antigo Território do Guaporé, assim
designado em virtude do Rio Guaporé, fronteira natural entre Brasil e Bolívia, quando
1982, ao receber o status de Unidade federativa, recebeu o nome de Rondônia em
homenagem a Cândido Mariano da
Silva Rondon (1865 – 1958) mais conhecido como Marechal Rondon (título
honorífico concedido pelo Congresso Nacional ao completar 90 anos foi um
militar e sertanista brasileiro.
O Marechal Rondon
deve ser um dos brasileiros mais homenageados com mais topônimos: um município
no Paraná, uma das principais cidades (Rondonópolis) no seu estado natal Mato
Grosso, ainda dois aeroportos, uma rodovia, bairros, logradouros etc.
a herança
Amigo Chassot! Desejo-lhe o costumeiro sucesso de alegrias e reencontros em mais uma missão pelas terras brasileiras. Dri e eu estivemos em João Pessoa, Campina Grande, Lagoa Seca e Taperoá na semana da pátria. Então, nos fazemos união em mais estas terras do Brasil. Apesar dos ossos duros de nossos tempos, dos golpes e das promessas revestidas de pura ameaça aos nossos direitos e à nossa dignidade, nossa gente tem esperança e vive na terra que ama, como demonstram nossos irmãos do Nordeste. Nas terras da infância de Ariano Suassuna lançamos "Catulino Capilé". Com o seu retorno ao estado da Paraíba, Chassot, nossa identidade cresce em crença e revivifica nossa fé no saber do povo que nos dá identidade. Abraços, meu amigo!
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