ANO
12 |
LIVRARIA VIRTUAL em
Www.professorchassot.pro.br
|
EDIÇÃO
3323
|
Esta edição ocorre quando
retorno de três dias sumarentos em Rio Grande, onde participei de dois eventos.
Parti às 22h de sexta-feira, com horário de chegada previsto em Porto Alegre às
03h. Na quarta-feira, cheguei à Universidade Federal de Rio Grande (FURG)
conduzido pelo meu atencioso colega Guy Barros Barcellos. À tarde, fiz a
palestra de encerramento do IV Fórum Acadêmico Integrado de Química — IV FAIQ. À noite
participei de uma confraternização na residência de Maria do Carmo e Manoel no balneário
Cassino.
A quinta e sexta-feira
foram os dias do 37º
Encontro de Debates sobre o Ensino de Química — 37EDEQ — onde ministrei
um minicurso e participei uma mesa-redonda.
No Brasil não são
muitos eventos que atingem uma realização sequencial com um número tão
significativo de edições. E, a esta constatação, adito outra informação que penso
bastante rara: estive em todas as 37 edições
(no 16EDEQ, em 1996 na Universidade de Santa Cruz, envolvi-me na organização do
evento, mas não pude estar ao vivo, por ter feito uma cirurgia na tíbia e na fíbula;
enviei mensagem que foi lida pelo meu amigo Edni).
Parece, até para preservação
de memórias, algo da gênese do evento, que é importante narrar aqui e agora
nosso começo. A Sociedade Brasileira de Química é fundada em São Paulo, em 1978,
também para ser alternativa à Associação Brasileira de Química, por demais integrada
à matriz da produção da Química industrial. Espaços ficam naturalmente delimitados:
ABQ no mundo da produção industrial (a
fábrica); SBQ no mundo da produção acadêmica (a universidade).
Em 1980, se
estabelece em Porto Alegre uma regional da SBQ. Ocupo o cargo de secretário regional
do RS e para dar visibilidade à novel Secretária Regional da nova entidade, organizo
junto com Maurivan, um primeiro EDEQ, que ocorreu em 6 de dezembro, na PUC de Porto
Alegre.
Reunimos, então uma centena de professores
de Química , dos três
graus de ensino ,
para discutir : “As inter-relações do ensino
da Química nas diferentes
etapas da escolarização, bem
como as interações
dos pesquisadores com
o ensino ”. Estava dada a partida não
apenas a realização dos EDEQs mas se lançava sementes para realização de outros
eventos regionais (pois o EDEQ, mesmo que não apareça no nome é um encontro gaúcho
acerca de ensino de Química) e também Encontro Nacional
de Ensino de Química
(ENEQ) que são encontros
nacionais bianuais ,
cuja primeira edição foi na UNICAMP em 1982. Há significativas produções por
exemplo no VII ENEQ na UFMG, em 1994, quando surgiu a revista Química Nova na Escola .
Em quase 40 anos,
houve apenas uma lacuna: em 1991 quando estava programado o XII EDEQ na cidade de Pelotas ,
assumido pela UCPEL e pela SMED de Pelotas .
Houve uma série de tratativas
como estabelecimento
do programa , convite
a palestrantes etc, mas por problemas locais foi quebrada
uma tradição ininterrupta, então de 11 anos .
Reviver, neste singelo relato o peregrinar em quase duas dezenas
de universidades gaúchas e uma escola técnica embalou saudades. Parece que se
pode dizer que o EDEQ que a cada ano reúne centenas de educadores gaúchos incomodados
— os acomodados nunca vêm aos EDEQs — com suas ações enquanto profissionais contribuído
para a melhoria da Educação gaúcha.
Coube-me a honra se encerrar o evento; disse: ‘Vemo-nos na Ulbra em Canoas em outubro de 2018 no
38 EDEQ!’
Um último, mas importante destaque, talvez cerca de dois terço
dos quase meio milhar de participante do 37EDEQ eram jovens alunos de
licenciaturas e mestrandos e doutorandos.
Nenhum comentário:
Postar um comentário