ANO
11 |
Adeus
2016
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Bem-vindo 2017!
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EDIÇÃO
3236
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Finalmente, o dia de são Silvestre chegou. Nem vou
buscar na história do cristianismo
quem foi este 33º papa da igreja romana, da época
do Imperador Constantino no século 4º e nem vou buscar conexões com a famosa ‘corrida
de são Silvestre’ e muito menos com os ‘bailes de são Silvestre’ de minha
juventude, quando à meia-noite, parava a dança para se cantar ‘Adeus ano velho,
feliz ano novo!’.
Independente do santo do dia, esperamos a passagem desse
dia como nunca. Na edição do último dia 15 justifiquei o epíteto de ‘annus
horribillis’ para esse interminável 2016. Renovo para esta edição o mesmo
título de então. Não fiz pesquisa, mas parece senso comum à maioria: 2016 foi o
pior ano que vivemos. Quase caberia trazer aqui aquela falsa aura de cientificidade,
muitas vezes conferida ao senso comum: para
98% das pessoas 2016 foi um ano horrível.
Autoplagio-me e repito algo do que escrevi dia 23: Há pouco a festejar. Há muito a lamentar neste
2016. É um ano de muitas perdas, marcadas por um lúgubre 31 de agosto. A
democracia foi violada. Estamos sob governo golpista. Acenam com assalto à
liberdade de ensinar. 2017 surge com
anunciadas perdas de conquistas. Direitos adquiridos são raptados. É preciso resistir
para existir. ReXistir é preciso.
Não precisaria mais nada para qualificar 2016.
Tragédias como o desastre da Chapecoense, ao que parece determinadas pela
ganância de uns e inflada por uma imprensa vampiresca ou a eleição de Trump de consequências
imprevisíveis não se sobrepõem ao que ocorreu na política brasileira. Parece
que nada mais vale aditar acerca deste bissexto 2016. Vade retro 2016!” Votos para novo ano são: ReXistamos
juntos! Isso fará 2017 melhor.