ANO
11 |
Breve, um novo livro
Das
disciplinas à indisciplina
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EDIÇÃO
3216
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Estou mais uma vez na Amazônia,
mais precisamente em Porto Velho. A primeira vez que estive aqui foi em 1975
quando a cidade era a capital do então Território Federal de Rondônia (que passou a categoria de
Estado em 1986). Fiquei de 6 de janeiro a 6 de fevereiro e participei como
professor de Química no Curso de Licenciatura de 1º Grau, que a UFRGS mantinha
no seu Campus Avançado de Porto Velho. Essa atividade era parte do Projeto
Rondon. Recordo que partimos da Base Aérea de Canoas, em um velho DC-3 da FAB.
Era talvez a minha segunda viagem de avião. A viagem era uma operação militar e
a fizemos em duas etapas. No primeiro dia viemos até Cuiabá, de onde partimos,
como previsto, só no dia seguinte. Não recordo onde dormimos (hotel ou
quartel), mas sei que a janta foi num quartel. No mesmo DC3, voamos a Porto
Velho.
Agora, estou a quarta vez em Rondônia. Cheguei na noite de ontem
(segunda-feira), depois das 22 horas, no horário local, quando pelo horário de
Brasília já era terça-feira. Foi uma viagem em duas etapas, Porto Alegre /
Brasília / Porto Velho 2000 Km + 2600 km, viajando do paralelo 30º ao 8º, portanto na
região equatorial.
Estive aqui uma segunda vez em 2010, quando tive atividades na
capital (na UNIR) e em Ariquemes, a 200 km de Porto Velho. No ano passado,
estive em Ji-Paraná e Cacoal.
Agora por dois dias tenho atividades no IF-RO.
Esta manhã fiz a palestra A Ciência
alimentando a vida como abertura a Semana de Ciência e Tecnologia 2016. Não pude deixar de fazer uma fala marcada pela dimensão
política, apresentando, fundamentado em especialistas, consequências se houver êxito
do governo golpista na aprovação da PEC 241. O tom desta fala valeu-me o
convite para, antes da fala da noite, participar de reunião com lideranças
sindicais locais.
Hoje à noite terei
uma segunda palestra: “O que é Ciência,
afinal? Amanhã no mesmo evento tenho pela manhã a palestra A Ciência é masculina? É, sim senhora! e
à noite o minicurso: História e Filosofia
da Ciência catalisando a indisciplinaridade.
Esta breve blogada
não pode deixar de fazer um registro da fidalguia do acolhimento que recebo
aqui de docentes, discente e servidores do IF-RO. Se fosse citar nomes, haveria
um extensa ladainha e certamente teria omissão. É muito bom autografar meus
livros, tirar fotos com estudantes e com dirigentes acadêmicos. É agradável rever
locais pelos quais perambulei há mais de 40 anos. É muito bom fazer este
registro no diário de um viajor. Vejo nesta viagem a ratificação de meus
fazeres na REAMEC-Rede Amazônica de Educação em Ciências e Matemática.
Imagino o Mestre em 1975 desbravando espaços para inserir ciência. Seria como Diderot ao iniciar a organização dos conhecimentos historicamente acumulados na Enciclopédia em meados do séc XVII?
ResponderExcluirGrande abraço.
Este comentário foi removido pelo autor.
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