ANO
11 |
EDIÇÃO
3204
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Escrevi aqui, em maio, que Erico
Veríssimo ao referir
a sua procedência, quando no exterior, dizia: “Venho de Porto Alegre, uma cidade
que tem uma orquestra sinfônica!”. Quando em 2002 vivi na Espanha, em tertúlias
referia: “Venho
de uma cidade que sedia o Fórum Social Mundial!” Agora, orgulho-me ao dizer: “Sou de uma cidade que promove
o Fronteiras do Pensamento!”
Pois, na última segunda-feira, um
dos dias mais aziagos que vivi, houve a terceira conferência da edição deste ano
do Fronteiras. Foram momentos balsâmicos em um dia de agruras. Fomos aquinhoados
com a douta exposição Censores em
ação – Como os Estados influenciaram a literatura de Robert Darnton,
que voltava à Porto Alegre, depois de 10 anos, quando esteve na edição
inaugural do Fronteiras. A conferência foi
excelente em termos de forma e de conteúdo, pois evidenciou resultados de
extensas e densas pesquisas.
Na apreciada aula, cujo texto está
na integra em www.fronteiras.com/resumos Darnton evidenciou
que uma análise requer uma grande quantidade e variedade de
documentos, para chegar ao comparativo desejado. Para exemplificar, o
bibliotecário da Harvard trouxe três estudos de casos de censura com análises
etnográficas e história comparativa: França no século 18, Índia no século 19 e
Alemanha comunista no século 20. Três exemplos bem distintos e que mostram como
a literatura dessas épocas foi afetada pelos censores
Após a exposição dizia que
precisava semanas de férias para sorver os livros que adquirira naquela noite. Agora,
já tenho definido algo: se outras vidas me forem oferecidas já sei a profissão
que desejo em uma delas: bibliotecário e vou querer lecionar
a disciplina: a História do livro.
Sou expectante.
Mestre CHASSOT, penso que o LIVRO é uma verdadeira ARMA para combater a ignorância e uma LUZ que ajuda a iluminar na superação das trevas do analfabetismo, nos seus mais diversos sentidos. Desconfio que disso estou convencido.
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