quinta-feira, 14 de abril de 2016

14.— QUEBRANDO ABSTINÊNCIAS


EDIÇÃO
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Meus leitores mais assíduos aqui— e nestes tempos bicudos eles rareiam: a média diária volta a estar abaixo dos 300 — têm acompanhado as dificuldades que vivo desde que a 12 de fevereiro, quando um pró-reitor do Centro Universitário Metodista do IPA cortou radicalmente meu barato. A este propósito tenho até sido estimulado a processar o cujo por danos morais, por ter ele mentido, acerca de minha demissão, a alunos da Universidade do Adulto Maior. Mas hoje, não vou assuntar isso aqui.
Esta blogada de hoje se faz com o registro de mais uma saborosa quebra do jejum radical que me foi imposto em consequência de minha defenestração. Contei aqui, em 31MAR, o significado da fala no Campus Feliz do IF-RS e em 06ABR as sensações com o seminário no Mestrado Profissional de Reabilitação e Inclusão. Pois nesta quinta-feira trago um relato em dose dupla.
Na noite de ontem, quarta-feira, fiz uma fala para cerca de seiscentos participantes na ULBRA, no campus central de Canoas. Tentei responder a uma pergunta central: O que é Ciência, afinal? para discentes e docentes de mais de uma dezena de cursos. Minha tese central, quando faço relevante a Ciência como dos óculos para vermos o mundo, é a necessidade de abandonarmos nossas certezas e buscar trabalhar com a incerteza, assumindo posturas indisciplinares. Não foi sem razão, entre diversos depoimentos que ouvi, que me encantou uma fala de professora do curso de dança referindo a oportunidade dos assuntos abordados.
A atividade fez parte do Fórum das licenciaturas da Ulbra. Fui convidado pelo meu ex-aluno Joel Cardoso (na mesa na foto), Coordenador do curso de Química. Muito a propósito, uma das emoções da noite, ao lado de ver centenas de alunos ouvindo-me atentamente foi reencontrar mais de uma dezena de ex-alunos hoje professores da ULBRA. Também foi sumarento reencontrar colegas do período (1992-95) que fui professor do curso de Química da Ulbra.
Após a palestra, significativas questões trazidas pelo público ensejou a extensão das propostas antes apresentadas. Ainda houve uma concorrida sessão de autógrafos de alguns de meus títulos. A Gabriela foi uma muito competente livreira.
Meu retorno de Canoas foi com meu colega e amigo Prof. Guy Barros Barcellos, coordenador da área de Ciências da rede de escolas da Ulbra. Por uma gostosa coincidência, minha viagem esta tarde à Estrela será com o Guy, que vai a Lajeado proferir uma fala na Univates. Ele também é o autor da foto que ilustra esta nota, postada no Facebook com cerca de duas centenas de curtidas e compartilhamentos.
Na noite de hoje, quinta-feira, farei uma palestra no Colégio Santo Antônio em Estrela. Esta fala teve a iniciativa e é organizada pela minha filha Ana Lúcia.

 Seus três filhos: Guilherme (11 anos) Felipe (05) e Lucas Francisco (02) são alunos do Santo Antônio. Encantou-me ver a mãe que — por acreditar que seu pai possa trazer uma contribuição para escola de seus filhos — oferece a professoras e professores uma fala.
Dentre um grupo de temas que disponibilizei à coordenação pedagógica, a escolha foi: A Ciência é masculina? É, sim senhora! Sempre me parece oportuno mostrar, na mirada de nossos DNAs grego, judaico e cristão como nós nos construímos machista e também levantar alternativas para superar isso. Quando vivemos uma sociedade marcada por tantos preconceito é salutar (e muitas vezes, árduo) o esforço para superações.
Esta uma das palestras que me agrada. Já a proferi em dezenas de oportunidades em todos estados do Brasil, também na Argentina, Uruguai, Paraguai, Colômbia (em cinco universidades), México e França. Muito provavelmente por isso uma emoção muito forte me envolve com a fala desta noite.

2 comentários:

  1. Pelo relato em dose dupla, faço meu comentário numa duplicidade de expressões: NOBREZA e RECONHECIMENTO.
    Democrático abraço.
    Vanderlei e Família.

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  2. Ave Magister,

    foi um deleite nosso périplo em dose dupla.
    Obrigado pela carinhosa lembrança aqui no blogue.
    Abraços com reiterada admiração

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