ANO
9 |
EDIÇÃO
3060
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Quando a edição
desta quinta-feira entrar em circulação, já terei percorrida a primeira das seis horas que levam a Dom Pedrito, distante 460 km da
Capital. Venho a
segunda vez a esta cidade (estive aqui em abril de 2013) em decorrência de
convite da Universidade Federal do Pampa — Unipampa. Esta jovem Universidade,
com campus em 10 municípios nas fronteiras gaúchas, já me ensejou estar em 2012
em Uruguaiana, lindeira com a Argentina e em Bagé, como Dom Pedrito, na
fronteira com o Uruguai.
Minha agenda aqui envolve três falas para docentes e
discentes da Unipampa, em cada um dos três turnos. A fala da noite ‘A Ciência é masculina? É, sim senhora!’ está
destinada a público extramuros da universidade.
Amanhã pela manhã já estarei em Porto Alegre para a
banca de qualificação de meu orientando César
Godoy Soares do Mestrado Profissional de Reabilitação e
Inclusão do Centro Universitário Metodista do IPA. O César é Terapeuta
Ocupacional e como produto de conclusão do mestrado elabora uma Cartilha inclusiva que pretende ser uma
ferramenta adicional para inclusão das pessoas com deficiências no mercado de
trabalho. Fazem a qualificação do trabalho
a Profª Dra.
Eliana Maria Dantas dos Anjos e Prof. Dr. Jose Clovis de Azevedo.
Mais de um leitor
já disse que pega carona com minhas viagens aprendendo um pouco geografia em meus relatos. Então, o convite
está lançado para esta edição. Claro que não tenho atratividades a narrar como
já fiz, por exemplo, de Saint Petersburgo ou Cracóvia, para exemplificar apenas
duas das muitas joias turísticas que já presenteei aqui.
Dom Pedrito, com cerca de 40 mil habitantes é um dos municípios
mais antigos do Rio Grande do Sul. Está na microrregião da Campanha Meridional.
Limita-se ao sul com o Departamento de Rivera, Uruguai. No Estado, se limita a
oeste com Santana do Livramento, ao norte com Rosário do Sul, com São Gabriel e
com Lavras do Sul. A leste, o limite é com Bagé, de onde foi desmembrado. No
mapa se pode ver a sua localização.
Minha primeira curiosidade: Por
que do nome: a Wikipédia — sempre oportuna — respondeu: o povoamento surgiu
com o contrabando fronteiriço. Um
espanhol, Pedro Ansuateguy, apelidado de Dom
Pedrito, organizava esta atividade ilegal, abrindo picadas que deram origem
a estradas, daí surgiu o nome do
município.
O povoamento da região sede iniciou em 1800, emancipando-se em
1872. Inicialmente, denominou-se Nossa Senhora do Patrocínio de Dom Pedrito;
posteriormente, passou a chamar-se somente Dom Pedrito. A partir de 1888, a
sede foi elevada à categoria de cidade.
Esta região foi duramente atingida por três conflitos armados,
Revolução Farroupilha (1835/1845), Revolução Federalista de 1893 e pela Revolução
de 1923. O Tratado de Paz da Revolução Farroupilha ocorreu em Ponche Verde (Dom
Pedrito), o que levou a cidade a ter a denominação de Capital da Paz.
Após a Revolução de 1923 o progresso tomou grande impulso na
zona, principalmente nos setores de criação de gado e triticultura. Dom Pedrito
sempre manteve sua área geográfica desde sua emancipação, não tendo dado origem
a nenhum outro município.
No final do século 20 houve grande impulso na orizicultura no
município. No início do século 21 iniciou-se o plantio de uvas para a
elaboração industrial de vinho. O município também cultiva outras frutas, como
o melão. Assim, a Unipampa, inserida na realidade, no campus de Dom Pedrito,
oferece cursos de Enologia e de Técnicas agropecuárias.
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