ANO
9 |
EDIÇÃO
3055
|
Esta é uma edição
ligeira para celebrar a chegada do 2015/2. Em tempos não muito distantes,
quando período escolar era anual (não como agora semestral) este era o esperado
mês das férias de julho. Agora temos uma ou duas semanas de recesso de aulas,
mas bancas, avaliações e divulgação de resultados do primeiro semestre fazem
dos julhos, meses exaustivos. Preferível houvesse aulas.
Depois de três semanas
consecutivas de longas viagens, nesta fico por aqui. Também, tenho quase meia
resma de avaliações e trabalhos a corrigir. Depois, uma nova chatice: colocar
as notas no sistema. Mas chega de lamúrias, mesmo sem viagens, tenho nesta
semana duas palestras.
Uma ocorreu na
segunda-feira. Fiz a fala de encerramento do 1º semestre na Universidade do
Adulto Maior, no projeto Segunda-feira cultural. Centrei minha fala
no ‘crescendo’ na acepção emprestada da música. De gradativo aumento da intensidade
sonora. Informação>conhecimento>saberes
Para informação trouxe como ícone o Google. Mostrei a
presença do ‘Doutor Google’, do ‘Professor Google’, do ‘Pastor Google’, do ‘Advogado
Google’ etc.
Para o conhecimento mostrei a importância
da Wikipédia como o artefato cultural que melhor expressa a democratização do
conhecimento. Lembrei as nossas enciclopédias suporte papel e o que significava
possuí-las. A palestra de Jimmy Walles que assistira há uma semana me ajudou.
Os saberes foi o momento mais empolgante. Discutimos
a historieta, que coloquei em livro: “Em um barco havia um
homem com cerca de 30 anos, acompanhado de seu filho de 5 anos e de seu pai de
80 anos. O barco soçobrava. Só o jovem pai sabe nadar. Ele pode salvar um. Quem
ele salva? O menino? O velho?” Esta historieta é trazida, na valorização da
busca de saberes primevos para fazê-los saberes escolares. Ela traduz a
valorização de saberes detidos por mais velhos, muitas vezes em risco de
extinção. Para o grupo pode parecer natural que o jovem pai salvasse o menino.
Afinal ele, diferente de seu avô, tem toda uma vida pela frente. Todavia, na
cultura africana, onde esta historieta tem sua matriz, é natural que o velho
fosse salvo, por um único argumento: ele é o detentor de saberes que são muito
preciosos para toda a comunidade. Então, vivenciamos o mote da discussão: ‘Quando um velho morre é como uma biblioteca
que queima’
Com esta palestra — a
29ª do semestre – encerrei as falas de 2015/1. Ainda um registro especial: No
início desta fala, removi publicamente o logo da URI-Frederico Westphalen, que
por quase quatro anos (desde novembro de 2011) estava junto com os logos do Centro
Universitário Metodista do IPA e da Rede Amazônica de Educação em Ciências e
Matemática nas aberturas de minhas apresentações. Expressei publicamente meus
agradecimentos pelas oportunidades que tive na instituição.
Nesta quinta inauguro as
palestras de 2015/2. Acima está o convite do Diretório Acadêmico de Química DAQ
PUC Rio Grande do Sul. Será bom retornar a PUC, onde fui professor no início de
minha história como docente universitário.
Encerro esta blogada
com um registro postado no Facebook pelo professor amazonense Alberto Castro: Ótimo, foi no lançamento do livro A ciência através dos tempos que fiquei conhecendo o seu trabalho.
Usei como paradidático no ensino de física. Meus alunos esperavam na porta e
diziam, aí vem o Attico. Eu gostava tanto. Obrigado professor por aceitar minha
amizade. Muito estimado colega Alberto. Quem agradece
sou eu.
Interessante a mensagem da historieta, vale lembrar também o contradito jargão que diz: "As vezes a ignorância é uma bênção"
ResponderExcluir