quarta-feira, 25 de fevereiro de 2015

25.- LOAS A UMA SUPER-SEMANA


ANO
 9
EDIÇÃO
 3012

Vivemos a última semana de fevereiro. Contemplo o mês e o vejo excepcional.  Aliás, o fevereiro de 2015 é o mês padrão de uma das muitas propostas para um calendário permanente. Treze meses de 28 dias e cada mês com desenho deste fevereiro: todos domingos do ano seriam nos dias 01, 08, 15 e 22. Todas as segundas do ano: 02, 09, 16 e 23. Assim por diante. Como 28 X 13 = 364, no fim ou começo de cada ano teríamos um feriado universal sem ser um dos sete dias da semana. De quatro em quatro anos, seriam dois dias feriados. Para garantir o ciclo da terra de 365,5 dias. Agrada-me a proposta.
Estarmos, hoje numa quarta-feira, lembro-me que em alemão, temos uma singularidade única para esse dia da semana: Mittwoch traduz estarmos no meio da semana. Diz a tradição que em torno do ano 1.000 da era cristã, um monge de nome Notker 'cunhou' o termo in mit-tauuechun (no meio da semana) para substituir o nome do Deus pagão Mercúrio; aliás, o iídiche também refere-se a metade da semana; acompanha o alemão, do qual sofreu tanta influência, nessa singularidade de um dia da semana não dedicado a Mercúrio (miercoles, mercredi, mercoledi...) ou a Wonden (Wednesday, woensdag...) como outras culturas.
Quando olho, por exemplo, as quatro quartas desde fevereiro, reconheço o quanto foi singular para mim. Na primeira, dia 4, retornava de três semanas de férias muito saborosas em Berlin, Varsóvia e Cracóvia. No dia 11, depois de um dia de seminário no Centro Universitário Metodista do IPA, viajei para um dia de formação em São Valentim. Na terceira, dia 18, preparava meu bate-volta manauara, que plenificou a semana que passou, com a titulação de mais uma doutora, como contei na última edição.
Nesta quarta-feira, dia 25, faço outro bate-volta. Voo hoje ao Rio e daí à Salvador e desta cidade vou à Catu, na Bahia e volto amanhã. Faço uma fala e ministro um minicurso no Instituto Federal Baiano. A palestra se constitui na aula magna na turma 2015 do curso de especialização em Educação Científica e Popularização das Ciências. Havia, para mesma data, uma fala para 600 professores de Campo Formoso, também na Bahia, mas agenda, lamentavelmente, não comportou.
Nesta semana, além dos dois compromissos na Bahia, terei ao todo cinco estreias (das quais duas já aconteceram) e uma aula inaugural no Centro Universitário Metodista do IPA.
Assim, o que faz esta semana distinguida são os primeiros contatos: na manhã de segunda e na noite de terça tive as primeiras aulas com duas turmas de licenciatura em Música, para mais de quarenta alunos cada uma, com a disciplina Teorias do Desenvolvimento Humano. Houve emoções no encontrar estes dois grupos de estudantes pela primeira vez. O esperado encontro com a turma de 2015 na Universidade do Adulto Maior foi postergado para dia 2 de março. É sabido, que dos fazeres acadêmicos que me envolvo, a UAM é uma atividade muito gratificante para mim. Neste semestre terei um grupo com o qual desenvolverei o seminário Enfoque Histórico e Sócio Antropológico  do envelhecimento.
Após o bate-volta baiano, tenho reservado mais duas estreias. No Mestrado Profissional de Reabilitação e Inclusão estarei envolvido em dois seminários em sextas e sábados alternados: A.- Pesquisa e Desenvolvimento II compartilhado com a Prof. Dra. Marlis Morosini Polidori; B.-Teoria e Prática de Inclusão, com Prof. Dr. Jose Clovis de Azevedo. Estes dois seminários se iniciam nestes 27 e 28 de fevereiro.
Mas, o mais relevante desta semana está programado para noite de sexta, quando profiro a aula inaugural do semestre para docentes e mestrandos dos dois mestrados do Centro Universitário Metodista do IPA: Mestrado Profissional de Reabilitação e Inclusão e Mestrado Acadêmico de Biociências e Reabilitação. A proposta é que desenvolva o tema Exigências ao estar no novo mundo (da Academia). Vou tentar apresentar quatro exigências: Paz total (quatro dimensões individual, social, ambiental e militar), curiosidade, postura indisciplinar (marcada pela incerteza) e ética no múnus acadêmico. Claro que a dificuldade desta aula inaugural é falar para os meus pares com quem tenho convívio cotidiano.
Assim esta semana é digna de ser ícone da celebração inaugural de meu 55º ano de docência. Parece ser uma fértil partida. Há bons prognósticos para 2015. 

7 comentários:

  1. Caro Chassot
    Parece que as ferias europeias trouxeram estímulo e energia para o Menestrel da Alfabetização Científica. Estou torcendo pelo teu sucesso nestas jornadas pelo país disseminando o conhecimento. Abraço do JB

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    1. Meu muito colega e amigo Jairo!.
      Obrigado por tua torcida.
      Desde Catu um convite: neste março que se avizinha, com agenda mais leve, almocemos juntos um dia.
      A estima e espraiada admiração do
      achassot

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  2. Bom dia Professor!
    É incrível como seu ânimo e dedicação só aumentam com o passar dos anos!
    =]
    Ainda serei assim!
    Abraços!!

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    1. Muito querida Thaiza!
      que bom teu retorno. Obrigado pela avaliação de meu fazer educação.
      Uma notícia desde Catu, BA, em 4 de novembro estarei falando no 55 Congresso Brasileiro de Química em Goiânia.
      Um afago com saudades

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  3. Soneto-acróstico
    À contagem do tempo

    Nos anais da história da humanidade
    Outras civilizações outros calendários
    Volta e meia alguma douta sociedade
    Organiza seu tempo de modos vários.

    Cada cabecinha uma sentença se diz
    Assim cada ente pode ter sua opinião
    Lá na França o jacobino assim o quis
    Experimentar calendário da Revolução.

    Nosso calendário chamado gregoriano
    Deixando bastante coisa mal explicada
    Acumula restinho de tempo a cada ano.

    Rever essa convenção mal concebida
    Impõem-se às autoridades a todo pano
    Ou ficaremos num impasse sem saída.

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  4. Querido mestre, refletindo a leitura de seus FAZERES na educação é possível uma convicção: Não é a quantidade nem o longo tempo de atividade que lhe torna um MESTRE, penso que seja a DEDICAÇÃO, a COMPETÊNCIA,o DESPRENDIMENTO, a interminável VONTADE de ENSINAR, entre outras qualidades, que contribuem para se manter ATIVO, exemplo a tantos jovens que desanimam, muitas vezes, em início da carreira. Por tudo isto e pelo EXEMPLO que és digno e merecedor de nosso reconhecimento. Grande abraço.

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    1. Muito querido colega Vanderlei,
      tu e eu somos ‘mordidos’ por esta tesão de fazer Educação. Isso é que nos move. Assim, recebo teu comentário como a tradução de uma pareceria, contemplando teus fazeres no Sepé Tiaraju, que tem uma densidade e uma significação pelo menos igual, senão muito maior, que isso que eu faço.
      Um excelente ano letivo para nós,

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