quinta-feira, 25 de setembro de 2014

25.- O MEIO DO MUNDO EM MACAPÁ


ANO
 9
MACAPÁ – AP
EDIÇÃO
 2907
Mais uma cidade e um estado inéditos em postagem deste blogue. Também para mim é a primeira vez neste estado. Agora, das 27 unidades brasileiras só não estive no Acre.
Cheguei à Macapá, na manhã de ontem, dezenove horas depois de sair de sair de Barra do Garças, com direito a oito horas de espera na noite de terça/quarta no aeroporto de Brasília. Macapá tem algumas originalidades, como ser a única capital, que não tem comunicação rodoviária com qualquer capital brasileira.
No aeroporto era aguardado pelo professor Ramon Santana, da Universidade Estadual do Amapá. UM sergipano que conheci enquanto ele cursava mestrado na UFS em Aracaju.
Pela manhã o Ramon transmutou-se em meu cicerone, fizemos duas visitas: a Fortaleza São José (detalhes adiante), do século 18, tida como a maior da América Latina e o Marco Zero (comentários a seguir), onde tirei fotos com um pé no hemisfério Norte e outro no Sul.
Na noite de ontem, fiz uma fala para cerca de 180 pessoas. Hoje à noite, falo para o mesmo grupo. Na manhã desta quinta, dou um minicurso acerca de História e Filosofia da Ciência.
A seguir, algumas informações sobre s dois pontos turísticos que merecem ser conhecidos: Fortaleza de São José e Marco Zero.
Ramon e eu na porta da capela da fortaleza
Fortaleza de São José de Macapá localiza-se numa ponta de terra à margem esquerda do rio Amazonas, na antiga Província dos Tucujus, atual cidade de Macapá. Testemunha do vasto projeto de defesa da Amazônia desenvolvido pelo marquês de Pombal, as suas dimensões são comparáveis às do Real Forte Príncipe da Beira.
A sua construção, iniciada em 1764, segundo a Wikipédia, empregou, além de oficiais e soldados, canteiros, artífices e trabalhadores africanos e indígenas. Eram pagos 140 réis diários aos primeiros contra apenas quarenta réis para os segundos. Os trabalhos distribuíram-se entre as pedreiras da cachoeira das Pedrinhas, no rio Pedreiras, a cerca de 32 quilômetros de distância de Macapá (extração e cantariação), os fornos de cal, as olarias (tijolos e telhas), a logística (transporte fluvial e terrestre), além do próprio canteiro de obras em Macapá.
Com o Ramon na porta da fortaleza
O bispo D. Frei Caetano da Anunciação Brandão, que passou por Macapá em viagem pastoral em 23 de março de 1785, registou em seu diário de viagem a observação de que a fortaleza era "(...) regular, segura e espaçosa ao gosto moderno, que importou ao rei Dom José três milhões (...); porém acha-se mui falta de gente para defender."
Desde a sua inauguração em 1782, a fortificação cumpriu a sua finalidade dissuasiva, jamais tendo necessidade de entrar em combate, para defender o Brasil português de invasões francesas. O imenso conjunto arquitetônico está muito bem restaurado, sendo que vários espaços são hoje aproveitados para exposições, concertos e auditórios.
Meu pé direito no Hemisfério Sul e o pé esquerdo no Hemisfério Norte.
O Marco Zero é um monumento localizado na capital do Amapá. Construído junto ao Estádio Milton Corrêa para marcar a passagem exata da Linha do Equador em Macapá, o Marco Zero tornou-se um dos mais importantes pontos turísticos da capital do meio mundo.
O monumento é constituído de uma edificação de 30 metros de altura dotada de um círculo na parte superior, através do qual é possível visualizar o Equinócio ao menos duas vezes por ano. Entre 20 e 21 de março e também entre 22 e 23 de setembro, o Sol alinha-se perfeitamente no círculo do monumento e proteja um raio de luz sobre a Linha imaginária do Equador.
O Zerão ao fundo
Os rituais dos dois equinócios anuais são celebradas com muitas comemorações e apresentações tribais.
Um estádio esportivo localizado em Macapá: o Milton Corrêa, também conhecido como Zerão.
O apelido do estádio se deve ao fato de que a linha de meio-de-campo coincide exatamente com a linha do Equador, segundo sistema de coordenadas geodésicas em uso no Brasil, fazendo com que cada lado do gramado seja em um hemisfério.

2 comentários:

  1. Andanças

    Se ainda faltava, agora o mestre foi lá
    Com maestria e muita competência
    Desembarcou ele na capital do Amapá
    Onde sério, derramou sua sapiência.

    O gaudério da terra do quero-quero
    Com lucidez que não há quem vença
    Também colocou o pé no marco zero
    Deixou vera indelével sua presença.

    Esse mestre desconhece fronteiras
    Pois destituído de limites seu andar
    Seu quintal, as lonjuras brasileiras
    As quais percorre por terra, mar e ar.

    Com assertivas corretas e certeiras
    O mestre sempre um prócer singular.

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  2. Maravilhas e curiosidades de nossa terra que fazem do aprender uma aventura.

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