sexta-feira, 30 de maio de 2014

30.- SABERES PRIMEVOS TRAZIDOS À ESCOLA

ANO
 8
M A N A U S — AM
EDIÇÃO
 2789

Antes de referir ao que é central de minha estada em Manaus: a qualificação doutoral de uma orientanda minha, faço um registro do lançamento hoje do Dicionário Crítico de Educação (convite na lateral) onde sou o autor dos verbetes: SABER ACADÊMICO / SABER ESCOLAR / SABER PRIMEVO.
Acerca do dia de ontem devo registrar as emoções das duas falas “Alfabetização científica e cidadania” que fiz à tarde e à noite na UFAM. Encantou-me a atenção e manifestações de agrado. Autógrafos e muitas fotos. Nesta tarde tenho uma fala na UEA.
Nesta manhã ocorre a banca de qualificação da tese de doutorado da Célia Maria Serrão Eleutério. A Célia é professora de Química da UEA, no campus de Parintins e faz doutorado na Rede Amazônica de Educação em Ciências e Matemática.
 Em sua tese a Célia procura estabelecer diálogos entre Saberes Primevos e Saberes Escolares mediado por Saberes Acadêmicos. Estudos teóricos e trabalhos de campo foram marcados com dois propósitos: 1) salvar Saberes Primevos do risco de extinção que estão sujeitos especialmente por serem desvalorizados pela Escola serem detidos por pessoas mais velhas; e 2) enriquecer Saberes Escolares pois estes são, usualmente, assépticos e descontextualizados do lócus onde está a Escola.
A proposta de que os saberes do caboclo da Amazônia são tão relevantes quanto os saberes da academia e que precisam ser estudados numa perspectiva de reflexão sobre um currículo que direcione o olhar para a escola amazônida, conhecer seus sujeitos, suas complexidades e seus fazeres. Foi necessário indagar sobre as condições concretas dessa escola, sua história, sua organização interna para que esta possa lidar pedagogicamente com a diversidade cultural existente nesse contexto.
A ilustração de Renan
Vieira das Neves, retirada da proposta de tese apresenta um dos saberes primevos estudados. O lócus da pesquisa foi o Distrito de Mocambo do Arari onde foram realizadas quatro Oficinas Temáticas com colaboração de artesãs, agricultores familiares, caboclos extratores de produtos de subsistência, professores e estudante do ensino superior e educação básica. O estudo envolveu 60 estudantes da formação inicial, cinco professores do Curso de Química da Universidade do Estado do Amazonas, Campus Parintins e nove professores da educação básica. Os dados foram obtidos por meio de observação in loco e abordagens diretas, entrevistas semiestruturadas realizadas durante as visitas de campo no período compreendido entre 2011 a 2014 onde foram contatadas aproximadamente 30 pessoas mais antigas de três comunidades e uma agrovila.

2 comentários:

  1. Professor, primeiro parabenizar pela linda demostração de apredizado, tão rapido aprendir e vislumbrei da sua opinião, logico acho coerente a troca de ideias afinal é disso que o país precisa, inclusive no sentido de construir um mundo laico e democratico,espero ler e encontrar-lo mais vezes por esse Brasilzão de meu Deus.
    O Presente que lhe ofertei é foi de bom agrado e inclusive para que um dia o senhor fale mais sobre sua analise ao nosso respeito, povo Amazonense, de uma serie de questinamentos.
    Boa leitura e boa viajem, serei seu seguido e leitor diario!

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  2. Pai apenas agora li teu blog do dia 28, esta semana estou completamente envolvida na monografia que nem abri meus emails. Achei linda a homenagem. Você merece! Tenho muito orgulho de ti, és um profissional maravilhoso, mas acima de tudo, um pai exemplar. Beijos Ana
    Já disse outras vezes, mas não custa repetir: se um dia os meus filhos sentirem por mim o que eu sinto por ti, eu estarei realizada

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