terça-feira, 20 de maio de 2014

20.- (DIS)SABORES BELENITAS


ANO
 8
BELÉM - PA
EDIÇÃO
 2779

A marca maior de meu primeiro dia em Belém foi a extensa participação no Seminário de Pesquisa I do curso de doutorado da Rede Amazônica de Educação em Ciências e Matemática, da qual, ontem, fiz um pouco ciente meus leitores. É preciso dizer, que diferente de outras situações, ontem fui quase que exclusivamente ouvinte.
O esquema destes seis dias aqui consiste de falas plenárias pela manhã. À tarde os cerca de 30 doutorandos, da segunda turma que, que ingressaram em 2013, divididos em dois grupos, por linhas de pesquisa, apresentam seus projetos de investigação a uma banca da qual fazem parte o orientador, dois outros orientadores e um doutorando do grupo.
Ontem pela manhã, as atividades do seminário tiveram prejuízos, pois quando se chegou ao bucólico campus da UFPA, às margens rio Guamá, os quatro portões de ingresso estavam bloqueados por um movimento grevista. Centenas de estudantes, dezena de professores tiveram o acesso impedido. O mesmo ocorreu com participantes de pelo menos dois eventos nacionais. O Seminário da REAMEC foi transferido para um hotel. A universidade só foi reaberta no final da tarde.
A inauguração do evento foi com um nada ortodoxo hino nacional com diversos excertos executado por vários grupos musicais de Castanhal, a cidade amazônica da música e terra natal de José Carneiro, colaborador deste blogue. Que há uns anos me levou a conhecer sua cidade. A palestra matinal foi proferida pela professora doutora Rosália Aragão, que apresentou ‘Orientações utópicas sobre a postura doutoral’.
Hoje, as atividades retornam ao campus. É meu dia de maiores atividades. Pela manhã faço uma fala “Assestando óculos para ler o mundo natural” para alunos de licenciatura da UFPA, Esta atividade foi alçada a ser parte do seminário. A tarde Irlane Maia Oliveira, da UFAM, uma de minhas orientanda de doutorado, apresenta na linha de pesquisa Fundamentos e metodologia seu projeto: “Saberes primevos que sabem à extensão”. Ainda participo da pre-qualificação do projeto “A presença da perspectiva CTS no ensino de ciências nos anos iniciais: um olhar a partir das concepções dos professores e dos materiais de ensino utilizados na prática pedagógica no município de Itacoatiara/AM” que será defendido pela doutoranda Ethel Silva de Oliveira.
Se falei em (dis)sabores: os sabores foram reencontrar muitos colegas que não via há muitos anos e outros, que mesmo distantes há menos tempo, deu graças reencontrar. Também na mesma linha estão novos colegas que conheço, agora pela primeira vez. Palpitar nas bancas de qualificação, também foi saboroso.
Dissabores: não ter acesso ao campus. Há uma sensação de perda. Mas pior dissabor que isso: a difícil conexão de internet no hotel onde me hospedo e também naquele onde foi o evento ontem. Sonho com melhorias nos próximos dias.

Um comentário:

  1. Caro mestre. Muitas vezes são os inesperados dissabores que possibilitam novos sabores. Tudo passa! Nada fica? Apenas os sabores permanecem...Bons e saborosos ensinamentos.

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