segunda-feira, 3 de fevereiro de 2014

03.— جرش JERASH, UMA PÉROLA (QUASE) DESCONHECIDA

ANO
 8
A M M A N - Jordânia

EDIÇÃO
 2672

Estamos em Amman, capital da Jordânia. Depois de ter deixado Jerusalém às 9h, ingressamos, pela primeira vez no Reino Hachemita da Jordânia, quase às 12 horas, depois de percurso na sua a maior parte em território palestino. Chegamos à capital ao entardecer e nos surpreendemos com uma cidade de mais 2 milhões de habitantes, em um país de mais de 6 milhões de habitantes, aos quais se aditam cerca de 1 milhão de refugiados sírios.
Amman ou Amã é uma das mais antigas cidades continuamente habitadas do mundo. Talvez o mais impactante, quando se olha a imensa cidade de um belvedere que oferece uma visão panorâmica, é a quase ausência de árvores, a exceção de um verdejante bosque onde fica a residência da família real.
Mas tudo que pudesse falar de Amã ou mesmo da Jordânia ficaria deslustrado se não falasse de uma pérola quase desconhecida para Gelsa e para mim e também para duas chinesas, duas argentinas e um casal inglês que compartilham conosco este tour de três dias.
Logo que fizemos o trâmite de fronteiras por cerca de uma hora percorremos uma região onde os quase desertos se converteram em zonas de agricultura. Chegamos a uma cidade cujo nome tem várias grafias em caracteres latinos: Jerash, Jerasa, Jarase, Gerase ou Gerasa.
Então, fomos convidados a conhecer aquela que se intitula ‘A Pompéia do Oriente’, tida como a cidade greco-romana-bizantina mais bem conservada. Durante mais de duas horas, tivemos surpresas com o que encontramos não apenas o que foi restaurado, mas muitos monumentos originais. Ilustro com algumas fotos, o que vimos hoje.
Escavações recentes mostram que Jerash já foi habitada durante a Idade do Bronze e da Idade do Ferro (5.200 3.200 antes do Presente). Após a conquista romana em 63 aC. Jerash e seus arredores foram anexados à província romana da Síria, e mais tarde se juntou a Decápolis. Em 90 d. C. foi incorporada à província da Arábia, o que incluiu a cidade de Filadélfia (agora Amman). Os romanos garantiram a paz e a segurança na região, o que permitiu ao seu povo dedicar seu tempo e energias para o desenvolvimento econômico e construção de uma grande e magnifica cidade. 
Na segunda metade do primeiro século, a cidade de Jerash alcançou grande prosperidade. Em 106 o Imperador Trajano construiu estradas que atravessam as províncias, aumentando as atividades comerciais da cidade. Adriano visitou Jerash nos anos 129-130. A inscrição em latim registra uma dedicação religiosa feita por membros da guarda imperial que o inverno lá. O arco triunfal — o Arco de Adriano foi erguido para celebrar a visita.
Um forte terremoto em 747 d. C. destruiu grande parte de Jerash, enquanto terremotos subsequentes ao longo dos tempos, guerras e tumultos contribuíram mais para a destruição. Ruínas permaneceram enterradas por centenas de anos, até que foram descobertas pelo alemão orientalista Ulrich Jasper Seetzen em 1806, para então iniciar a escavar e restaurar a antiga Jerash.
A cidade tinha um atamanho de 800 mil metros quadrados intramural. Durante a época das Cruzadas, alguns dos monumentos foram convertidos em fortalezas, incluindo o Templo de Artemisa.
Os monumentos mais importantes da cidade, que podem ser vistos, são: Arco de Adriano, um circo / hipódromo, dois templos imensos dedicados a Zeus e Artemisa, o Fórum, a ágora, cercada por uma bela colunata, uma rua longa com colunas, dois teatros (o grande teatro do Sul e do Norte menor), duas termas para banhos, vários templos menores com paredes quase completos. Há cerca de 16 igrejas cristãs do entorno do século 6º.
Pela qualidade e grau de conservação de restos arqueológicos é a segunda atração turística principal na Jordânia depois de Petra, que visitaremos hoje e amanhã. Este primeiro dia de Jordânia, especialmente Jerash, foi muito impactante.

5 comentários:

  1. Sensacional. É história para apreciar e pensar na contribuição do homem no que tange à adaptação do lugar para seu babituar...
    Calorosos abraços daqui (40º).

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  2. Ao Mestre Chassot: Um lugar muito interessante e sensacional. Parabéns por nos brindar com essas informaçôes e fotografias onde cada pedra tem sua história. Um abraço Ley

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  3. O que me chamou mais a atenção na narrativa de hoje, é a demonstração de que o ser humano é o mesmo aqui ou em qualquer parte do mundo. Na milenar Amã o povo desprovido da companhia das salutares árvores, já a família real...
    Abraços

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  4. Limerique
    Chassot viajando para onde for
    Por ser químico, é catalisador
    Viajamos com seu olhar
    Para onde ele viajar
    Então eu afirmo: valeu professor!

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  5. Chassot,

    impressionantes as ruínas de Jersash. Desconhecia.
    Ficou a vontade.

    Abraços

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