terça-feira, 28 de janeiro de 2014

28.— RUMO A UMA TERRA DITA SANTA


ANO
 8
ANNEMASSE/GENEBRA/
TEL-AVIV/JERUSALÉM
EDIÇÃO
 2666

O dia genebrino — na verdade umas poucas horas — ontem foi muito bom. Se tivemos a gostosa contrariação das previsões meteorológica com sol agradável ao invés dos anunciados frio e chuva, perdemos um pouco na estada, pois segunda-feira os museus estão fechados. Aproveitamos para turismo a céu aberto.
O lago Leman com suas pontes das quais atravessamos várias, a ilha J. J. Rousseau, o chafariz que ejeta 1m3 de água a cada 2 segundo a uma altura de 140 m, o relógio das flores (detalhe na foto) em homenagem a produção relojoeira, ainda em alta (ao lado dos famosos canivetes), o imponente muro aos reformadores [com o imponente lema da Reforma e de Genebra “Post Tenebras, Lux” (depois das trevas a luz)] (a foto registra a visita), o monumento a J. Piaget, ‘dito o gigante da Psicologia, por japoneses que doaram a obra, a catedral de saint Pierre, a igreja da Trindade, a basílica de Notre-Dame, a Place Neuve, o Monumento Nacional (que celebra a união da Republica de Genebra e a Helvécia, formando a Suíça.
Claro que ficou muito por ver. No dia 6, estaremos voltando a Annemasse e, a Suíça e mais particularmente Genebra e Berna estarão, mais uma vez em nossas agendas.
Quando ainda for madrugada estaremos no aeroporto de Genebra para viajar a Telavive e da capital política de Israel, imediatamente seguirmos para Jerusalém. Será a concretização de um sonho.
No final da celebração da Festa de Pessach faz parte da tradição judaica proferir: "Leshana Habaa B'Yerushalayim - Ano que vem em Jerusalém". Os judeus sabem por que falam assim. Eles esperam retornar à Eretz Israel (terra de Israel), esperam a reconstrução do 3º Templo e a vinda do Messias, dentre outras coisas. Eu altero a reza: Hoje, em Jerusalém!
Até por ser uma das cidades santas das três grandes religiões abraâmicas — judaísmo, cristianismo, islamismo — é muito provável que, no nosso mais recôndito imaginário religioso (no mundo Ocidental) tenhamos, de vez em vez, sonhado em ir à Jerusalém.
Assim, nesta viagem há também um imenso potencial religioso a curtir. O Livro anual de estatística de Jerusalém listou 1.204 sinagogas, 158 igrejas, e 73 mesquitas dentro da cidade. Ajudado pela Wikipédia destaco o significado da cidade que tem pelo menos seis milênios de história.
Para os judeus Jerusalém é sagrada desde que o Rei Davi a proclamou como sua capital no 10º século a.C. Jerusalém foi o local do Templo de Salomão e do Segundo Templo. Ela é mencionada na Bíblia 632 vezes. Hoje, o Muro das Lamentações, um remanescente do muro que contornava o Segundo Templo, é o segundo local sagrado para os judeus perdendo apenas para o Santo dos santos no próprio Monte do Templo. Sinagogas ao redor do mundo são tradicionalmente construídas com o seu arco sagrado voltado para Jerusalém, e arcos dentro de Jerusalém voltado para o Santo dos santos. Como prescrito no Mixná e codificado no Shulkhan Arukh, orações diárias são recitadas em direção a Jerusalém e ao Monte do Templo. Muitos judeus têm placas de "Mizrach" (oriente) penduradas em uma parede de suas casas para indicar a direção da oração.
O cristianismo reverencia Jerusalém não apenas pela história do Antigo Testamento, mas também por sua significância na vida de Jesus. De acordo com o Novo Testamento, Jesus foi levado para o Templo de Jerusalém logo após seu nascimento. O Cenáculo, que se acreditava ser o local da última ceia de Jesus, é localizado no Monte Sião no mesmo prédio que sedia a tumba de David. Outro lugar reverenciado pelos cristãos em Jerusalém é o Gólgota, o local da crucificação. O local tido como o Santo Sepulcro é considerado um ponto de peregrinação de cristãos pelos últimos dois mil anos.
Para o Islamismo, Jerusalém é considerada a terceira cidade sagrada. Aproximadamente um ano antes de ser permanentemente trocada por Caaba em Mecca, a qibla (direção da oração) para os muçulmanos era Jerusalém. A permanência da cidade no Islão, entretanto, é primariamente de acordo com a Noite de Ascensão de Maomé (c. 620 d.C.). Os muçulmanos acreditam que Maomé foi miraculosamente transportado em uma noite de Mecca para o Monte do Templo em Jerusalém, aonde ele ascendeu ao Paraíso para encontrar os profetas anteriores do Islão. O primeiro verso no Al-Isra do Alcorão notifica o destino da jornada de Maomé como a mesquita de al-Aqsa (a mais distante), em referência à sua localização em Jerusalém. Hoje, o Monte do Templo é coberto por dois marcos islâmicos para comemorar o evento — A Mesquita de Al-Aqsa, derivada do nome mencionado no Alcorão, e a Cúpula da Rocha, que fica em cima da Pedra Fundamental, na qual os muçulmanos acreditam que Maomé ascendeu ao céu.

4 comentários:

  1. É curioso observar o antagonismo da situação, são locais do mais alto grau de religiosidade, e ao mesmo tempo, palco dos mais sérios conflitos. Quem vai entender o homem?
    Abraços

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  2. Limerique

    À santa cidade eles todos vem
    Cristãos, judeus e islã também
    Sinagogas, sés e mesquitas
    Ortodoxos, e fiéis sunitas
    É umbigo do mundo Jerusalém.

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  3. Concordo em tudo que o Antonio Furtado observou. Acrescido de uma indagação reflexiva: santa?
    É que, hoje, encontro dificuldade quanto ao entendimento sobre o "conceito" santidade.
    Grande abraço.

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