domingo, 15 de dezembro de 2013

15.- EUREKA! EUREKA

ANO
 8
em fase de transição
EDIÇÃO
 2623

Ontem, conhecemos aqui algo acerca da serendipidade. Muito provavelmente a história da "Coroa de ouro do rei Hierão" é um exemplo para ilustrar um evento serendipitoso.
“Era uma vez um rei. E um sábio. O rei se chamava Hierão, e o sábio, Arquimedes. Os dois viviam em Siracusa, cidade-Estado da Grécia Antiga. O rei mandou fazer uma coroa de ouro, mas ouviu uns boatos de que o ourives não tinha usado apenas ouro para fazer a coroa, e ficou desconfiado. Mas se a coroa era totalmente dourada, e se parecia muito com ouro puro, como fazer então para ter certeza sem destruí-la?
É aqui que entra o sábio. Arquimedes já era renomado na época — quando o termo filósofo era usado para todos os estudiosos e cientistas em geral  — e é célebre até hoje por suas descobertas na matemática, física e por diversas invenções.
O rei consultou o filósofo para resolver o problema da coroa de uma vez por todas — provar se ela era toda de ouro ou não. Estava o sábio grego, um belo dia, a tomar banho numa banheira, entretido com essa questão. De repente, ele teve um vislumbre da solução e saiu correndo, nu(!) pelas ruas da cidade, gritando “Eureka, Eureka!”, que em grego quer dizer “Descobri, descobri!”.
E Arquimedes descobriu que quando tomava banho em sua banheira, que a quantidade de água que transbordava era igual em volume ao seu próprio corpo.
E assim percebeu como poderia provar a fraude do ourives. Ele observou que massas iguais de prata e de ouro faziam transbordar volumes de água diferentes (porque os dois materiais têm densidades diferentes). Então, ele mergulhou numa bacia cheia de água um bloco de ouro de massa igual à da coroa e mediu o volume de água que transbordou. Fez a mesma coisa com um bloco de prata. O volume de água que transbordou quando mergulhou o bloco de ouro era menor que o volume de água quando mergulhou o bloco de prata. Repetiu a experiência com a coroa e verificou que o volume de água que transbordou era maior que o do bloco de ouro e menor do que o do bloco de prata
Concluiu que a coroa não era de ouro puro e que o ourives a tinha feito misturando os metais. Arquimedes baseou-se no princípio de que o volume ocupado por um determinado sólido é proporcional à sua massa. Ele usou a densidade para provar que a coroa tinha sido feita com uma liga (mistura) de ouro e prata” [Fonte: www.invivo.fiocruz.br].
O rei não deve ter ficado lá muito satisfeito com o ourives e nem este com Arquimedes...

Um comentário:

  1. Muito querido Mestre Chassot!
    Bem associada a clássica ‘descoberta do Princípio de Arquimedes’ à serendipidade (Viva! A primeira vez que escrevo esta palavra tão exótica mas importante).
    Curiosa pelas próximas descobertas serendipitosas (to me puxando nos termos.
    Bom domingo
    Michaela

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