sábado, 26 de outubro de 2013

26.—ACERCA DE UMA JORNADA EM PARINTINS

ANO
 8
M A N A U S – AM
EDIÇÃO
 2573


O retorno à meteórica chegadinha à Parintins— cerca de 20 horas —, já teve a primeira etapa vencida. Já estou em Manaus donde, durante a noite, parto numa viagem de 4 horas ao Rio de Janeiro, e pela manhã um voo de 2 horas me leva a Porto Alegre.
O ponto mais significativo de minha estada nos currais dos bois Garantido e Caprichoso foi, a tarde, a fala “Como fazer de saberes primevos, saberes escolares”. Por mais de duas horas falei para cerca de 250 professores e alunos de escolas da região. Antes e depois da mesma dei entrevistas para duas televisões. A fala seguiu-se muitos autógrafos e fotos.
Visitei pela manhã oficinas onde estudantes demonstraram com muita competência, alguns dos saberes detidos por populações ribeirinhas da ilha amazônica onde está a segunda cidade mais importante e populosa do estado. Ver a parte empírica da tese da Célia Serrão, minha orientanda de doutorado na REAMEC foi o mais emocionante. É difícil destacar qual o saber primevo — extração de óleos, produção de pigmentos, cerâmicas resistentes a estilhaçamentos, produção de cosméticos, fabrico de velas — trazido à Escola era o mais significativo. 
Talvez sem fazer outros menos relevante destaco a casa da farinha, onde os alunos construíram uma cabana com um grande forno para aquecer o tacho e produzir farinha a partir de mandioca. A farinha é algo presente em todas as refeições da população local e há muitos jovens que não têm a mínima ideia de seu fabrico. Na foto: eu com a Célia e sua mãe dona Raimunda, a farinheira.
Somente tendo o privilégio de estar aqui, e ver estas diferentes atividades valeu a extensa viagem. Sou muito grato à Célia, à Aldalúcia Gomes — minha sempre eficiente livreira — e à Ângela Figueiredo, que nesta sexta-feira foi uma cicerone muito competente.
Foi muito bom ter estado em Manaus e Parintins. Nesta houve oportunidade de pousar junto a uma representação das valentes guerreiras amazônidas.
Esta postagem ocorre por cortesia de João Victor Rebouças do Centro de Atendimento ao Turista — CAT da Amazonastur no aeroporto internacional Eduardo Gomes, de Manaus.

3 comentários:

  1. Limerique

    Sapiência de Chassot é passaporte
    Saberes primevos como seu forte
    Lá vai a Parintins
    Mudar meios e fins
    Sua bússola só aponta pro norte.

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  2. AO CHASSOT: Ter o mestre como intermediador do conhecimento me faz acreditar que tudo que nós queremos é possível. Sucesso sempre na sua jornada. Grande abraço Ley.

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  3. So tenho a agradecer o Sr pela palestra que foi muito importante pra minha formação. Fui uma honra poder partilhar com o Sr nossos conhecimentos !!

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