segunda-feira, 14 de outubro de 2013

14.—UMA NOBEL DE LITERATURA

ANO
 8
LIVRARIA VIRTUAL em
www.professorchassot.pro.br
EDIÇÃO
 2561


Aquelas e aqueles de nós que somos professores — no meu imaginário uma maioria dos leitores deste blogue vincula-se a área acadêmica — temos uma semana festiva, pois amanhã é o dia do professor. Aqui no Rio Grande do Sul há no acordo coletivo de trabalho definição acerca de um feriado comemorativo pela efeméride. Para este ano na Convenção Coletiva de Trabalho 2013 entre Sinpro/RS e Sinepe/RS foi definido o dia 14 de outubro.
A semana que passou foi prenhe pelos anúncios dos laureados com o Prêmio Nobel em cinco das seis categorias. Falta o de Economia previsto para hoje.
Um breve comentário acerca de cinco categorias, pela ordem de divulgação:
Dia 7, segunda-feira: Medicina/Fisiologia: Os cientistas James E. Rothman, 64, e Randy W. Schekman, 66, dos Estados Unidos, e o Thomas C. Südhof, 59, da Alemanha, foram premiados por suas descobertas sobre o sistema de transporte no interior da célula, para que "as moléculas sejam transportadas ao local correto da célula no momento adequado". Suas descobertas tiveram um enorme impacto na compreensão da forma como a carga é entregue dentro e fora da célula e têm implicações nos trabalhos sobre diversas doenças, incluindo distúrbios neurológicos e problemas imunológicos, assim como o diabetes.
Dia 8, terça-feira: Física: O belga François Englert, 80, e o britânico Peter Higgs, 84, foram laureados pela descoberta da existência de uma partícula elementar batizada como bóson de Higgs, também conhecida como "partícula de Deus", que confere massa a outras partículas.
Dia 9, quarta-feira: Química: Os químicos moleculares Martin Karplus, 83, (austríaco), Michael Levitt, 66, (sul-africano) e Arieh Warshe, 72, (israelense) que trabalham em universidades estadunidenses. Eles foram laureados por elaborarem simulações de computador que são utilizadas para entender e prever processos químicos complexos como fotossíntese e combustão.
Dia 10, quinta-feira: Literatura: A canadense Alice Munro, de 82 anos, venceu o Nobel de Literatura 2013, tornando-se a 13ª mulher a conquistar o prêmio entre 104 já laureados. O júri do Prêmio Nobel a considera uma "mestra da narrativa breve contemporânea". Sua obra muitas vezes se concentra nas fraquezas da condição humana na diferença entre sua infância, na cidade conservadora de Wingham, e sua vida após a revolução social dos anos 1960. Por essas características, muitos a chamam de "Chekhov canadense". Entre suas obras estão os títulos "O Amor de Uma Boa Mulher" (2013), "Felicidade Demais" (2010), e "Fugitiva" (2006).
Dia 11. Sexta-feira: Paz: a Organização para a Proibição de Armas Químicas (OPAQ) foi laureada com o Prêmio Nobel da Paz de 2013. De acordo com dados oficiais, a OPAQ já realizou um total de 5.286 inspeções em 86 países membros. A OPAQ coordenou a destruição de 58.172 toneladas de agentes químicos, o correspondente a 81,71% do arsenal registrado atualmente no mundo. Sob a direção do turco Ahmet Uzumcu, a organização foi dirigida pelo brasileiro José Maurício Bustani desde sua criação até 2002.
Não é preciso muito raciocínio para ter ratificada a tese defendida em A Ciência é masculina? É, sim senhora! As 8 láureas para as três premiações de Ciências foram todas para homens. A seguir números atualizados da premiação para mulheres;
O destaque feminino foi para literatura, onde a canadense Alice Munro conquistou o premio, como solitária estrela feminina. Quando escrevo ainda não sei a premiação de Economia, distribuído desde 1969, com 61 pessoas premiadas; em 2009 uma mulher — Elinor Ostrom (1933 USA) — foi premiada juntamente com um homem.
Neste domingo me deleitei com textos da laureada. Anuncio para a edição de amanhã um saboroso conto de inspiração autobiográfica. Aguardem.

3 comentários:

  1. Limerique

    Poucas mulheres recebem o Nobel
    Meio masculino é esse laurel
    Mas na literatura
    Surgiu a criatura
    Para Alice Munro tiro meu chapéu.

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  2. Mestre Chassot,
    parabéns pela síntese crítica dos laureados Nobel-2013. Com a outorga para três homens do prêmio de economia ficou 11 X 1 o placar 2013.
    Isso aumenta minha expectativa pelo conto de amanhã

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  3. Professor Chassot,
    a Marcella assinalou bem: 11 X 1 para os homens, mas ainda vamos virar esse placar. Concordo com a tese que o senhor defende em A Ciência é masculina? É, sim senhora! não somos machistas por acaso, fomos feitos assim. A análise de nossos três DNAs (grego, judaico, cristão) são convincentes.
    Também aguardo o conto da única mulher da dúzia de laureados.
    Mestre, parabéns pela data de amanhã,
    Mirian

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