sábado, 27 de abril de 2013

27 - PERIPATÉTICOS NO BOSQUE DOS PAPAGAIOS


ANO
7
Boa Vista - RR
EDIÇÃO
2460
Na madrugada deste sábado [02h40min (03h40min BSB)] começo voltar por três voos: Boa Vista/Manaus/Guarulhos/ Porto Alegre, aonde chego pelas 13h.
Ontem pela tarde estive na UERR para a terceira banca de qualificação. À noite, como ontem, nos reunimos para comer o que Bela Vista tem de melhor: peixe.
A eleição para minha manhã livre ontem não poderia ser mais acertada. Visitei, com Peuris Frank Lau [na foto], o Parque Ecológico Bosque dos Papagaios, um dos espaços não formal usado para fazer Educação Ambiental. O bosque é o artefato cultural objeto dos estudos do Frank em cuja proposta de dissertação estive envolvido aqui.
Em plena área urbana da capital de Roraima — Boa Vista é uma linda cidade de cerca de 300 mil habitantes —, um espaço verde se tornou um dos pontos turísticos mais visitados da cidade para caminhadas, prática de exercícios e, especialmente, lócus de estudos. O lugar fica numa área nobre, que antes era local de despejo de lixo. Hoje é cuidadosamente preservada pela Secretaria Municipal de Gestão Ambiental e Assuntos Indígenas.
Foi uma visita privilegiada. Para o Frank e a mim pareceu-nos ser, como há 2.500 anos eram os peripatéticos ouvindo Aristóteles nos jardins do Liceu. Nossa guia foi a Mestre em Biologia Karuliny Taveira Maia, uma entusiasmada potiguar, há um tempo encantada com a natureza roraimense. Ela é a competente diretora do parque, aonde faz educação ambiental. Ouvi-la falar de animais e plantas é um deleite.
O Parque Ecológico Bosque dos Papagaios abriga em um mantenedouro mais de 40 animais entre répteis, mamíferos e aves. Todos foram apreendidos pelo Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e de Recursos Naturais Renováveis (IBAMA).
Os animais são alimentados de acordo com cada espécie. As aves, além das frutas, recebem suplementação com sementes e castanhas. Os jabutis também recebem ração. Como a área é preservada e mantém a fauna e a flora originais. 
O bosque se tornou objeto de estudos e observações de animais para acadêmicos. O bosque mantém um programa para receber estagiários [alguns deles na foto com a diretora do Bosque e comigo] de diferentes cursos e faz palestras para estudantes de todas as idades.
As árvores do bosque são catalogadas. É comum ver animais como tamanduás-bandeira, iguanas, corujas e tamanduás.
A árvore que Karol tem como ícone do parque é o caimbé, [na foto ela e eu sob um caimbé] acerca da qual trouxe destaques muito particulares como resistir às queimadas. A Wikipédia complementou-me que o “Caimbé (Coussapoa asperifolia) é um arbusto ou árvore de até 15 metros, da família das cecropiáceas, que ocorre na Amazônia. Possui madeira escura, de qualidade, resina amarelada, lactescente, com propriedades cicatrizantes, folhas obovadas, grossas, ásperas, flores em capítulos, e frutos de que se faz tinta pardo-escura”.
Numa produção literária para incentivar às crianças visitar o parque, Karol — escritora e ilustradora para o mundo infantil — há um personagem: Senhor Caimbé, o sábio conselheiro do bosque.
A diretora do Bosque faz um convite aos que quiserem conhecer uma das pérolas de Boa Vista — http://www.facebook.com/ ParqueEcologicoBosqueDosPapagaios— sítio onde de maneira continuada ela adita informações acerca de educação Ambiental. Neste convite também adito votos de um muito bom sábado a cada uma e cada um.

3 comentários:

  1. Agradeço pelo privilégio de desfrutar de sua companhia nesse belo passeio, repleto de descontraídos e despretensiosos ensinamentos.

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  2. O Brasil é o celeiro do mundo. Se um dia porventura houve um Jardim do Éden, com certeza localizava-se no Brasil. Temos o melhor clima, os melhores frutos, as mais belas mulheres, as mentes mais brilhantes, as mais lindas paisagens, e principalmente, somos um povo de paz. Caso a exemplo de Cuba, fecharmos nossas portas, o mundo dito evoluído é que passará dificuldades.

    abraços

    Antonio Jorge

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  3. Limerique

    Naquele bosque um tanto poético
    Karuliny, Frank e mestre cético
    Deambulam a pé
    Sob belo Caimbé
    Se transformam em peripatéticos.

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