20.-DIA DE DATA MUITO ESPECIAL

Ano 7***    DIA DA CONSCIÊNCIA NEGRA   ***Edição 2302

Hoje é Dia Nacional da Consciência Negra dedicado à reflexão sobre a inserção do negro na sociedade brasileira.

A data 20 de novembro — feriado estadual e municipal em diferentes estados e municípios — foi escolhida por coincidir com o suposto dia da morte de Zumbi dos Palmares, em 1695. O Dia da Consciência Negra procura ser uma data para recordar a resistência do negro à escravidão de forma geral, desde o primeiro transporte de africanos para o solo brasileiro (1594) e integrar cada vez mais os afrodescendentes plenamente na sociedade brasileira. A bandeira de luta contra qualquer preconceito é permanente neste blogue.

Após esta inauguração preambular, onde engrandeço o DNA afro presente na brasilidade, ouço o Poeta maior.

Cessem do sábio Grego e do Troiano

As navegações grandes que fizeram;

Cale-se de Alexandro e de Trajano

A fama das vitórias que tiveram;

Que eu canto o peito ilustre Lusitano,

A quem Neptuno e Marte obedeceram:

Cesse tudo o que a Musa antígua canta,

Que outro valor mais alto se alevanta.

Permito-me, ouvir a ordenação camoniana; qualquer assunto fica postergado. Peço indulgência aos leitores, trago outra celebração deste 20 de novembro. É salutar, de vez em vez, deixar aflorar intimidades. Faço isto, aqui e agora.

Hoje é o aniversário da Gelsa, com quem curto uma parceria amorosa e acadêmica desde 25 de abril de 1987.

A nossa 26ª celebração de um 20 de novembro juntos ocorre num situação original. Hoje, estamos completando o 100º dia de viver nossa mais extensa separação. A Gelsa está desde agosto na Dinamarca, onde neste semestre acadêmico é professora na Aalborg Universitete. Agora, vencidos estes 100 dias de solidão, aguardamos a passagem de mais 19 dias, para 09 de dezembro chegar.

Para ela estas orquídeas — a flor de sua preferência. Em dezembro esta digital será substituída por uma ‘real’.

A cortina musical desta blogada é o canon de Pachelbel (1653-1706) www.youtube.com/watch?v=stCKjZniMsQ que em maio de 1987, a Gelsa o selecionou para nossa primeira viagem, rumo a Canela para participarmos de mais uma etapa do Curso de Especialização em Ensino de Ciências  organizado por seis universidades (UFRGS, UFSM, FURG, UCS, UPF, UNIJUÍ) e PROCIRS. Pachelbel se fazia música na subida da Serra em fita K-7, pois CD era uma novidade (que destronaria os LPs) e os automóveis não tinham leitoras para tal dispositivo. Acompanhava-nos a bordo uma coletânea de poemas de Fernando Pessoa, em um volume em papel bíblia.

Passado mais de um quarto de século daquela viagem, mesmo que juntos já tenhamos palmilhado o Planeta, percorrendo as mais diferentes geografias, é aquela viagem que aflora nas evocações mais significativas.

Na torcida para o advento de 9 de setembro.