terça-feira, 13 de novembro de 2012

13.- GEOGRAFIA: COMO É ISSO?



Ano 7*** CAMPINA GRANDE - PB ***Edição 2295
Estou pela segunda vez em Campina Grande. A anterior foi na era pré-blogue: assim esta é a primeira blogagem daqui. Da primeira vez tenho lembrança de ter quebrado um dedo da mão direita ao chegar em João Pessoa e aqui ter buscado alternativas médicas para sanar consequências do acidente.
Cheguei ao ALEM (Aeroporto Luís Eduardo Magalhães) dentro da previsão depois de percorrer, por quase 4 horas o trecho Amargosa/Salvador em rodovias de diferentes em desenho (os primeiros 50 km são tortuosos) e em distintas densidades de tráfego (como a morosa BR 101). Em Salvador, enquanto aguardava a partida para Campina Grande pude responder a mensagens. O voo SSA/CGD dura apenas 1 hora. Ao chegar no aeroporto Presidente João Suassuna, cerca das 14 horas, era aguardado atenciosamente pelo Professor Juracy, coordenador do Departamento de Química da Universidade Estadual da Paraíba, pelo Professor Thiago da Comissão Organizadora e Científica do I ENECT/Área de Ensino de Química e pelo Acadêmico de Química Jonatas, que será meu assistente nas atividades que tenho no I ENCONTRO NACIONAL DE EDUCAÇÃO CIÊNCIA E TECNOLOGIA: Educação, ciência e tecnologia para o desenvolvimento sustentável. No hotel almocei em companhia dos colegas Euzébio e João da UFRPE.
No dia 10, sábado, encerrava a edição comentando acerca da (in)utilidade de minhas aulas de Geografia. Hoje, isso uma vez mais aflorou ao percorrer cenários que são bastante diferentes de meu cotidiano.
Dou-me conta que tive a disciplina de Geografia em 4 anos do ginásio, que corresponderia hoje aos 6º ao 9º anos do ensino fundamental e em 3 anos do curso científico (= ensino médio). Não recordo de nada que tenha aprendido de significativo então. Não me lembro de uma aula de Geografia que tenha feito diferença em minha história.
Recordo do livro usado: Aroldo de Azevedo, que deve ter sido autor usado no Ginásio e no Científico. Sei que estudei (hoje não sei mais) afluentes da margem direita e da margem esquerda do rio Amazonas. Aprendi a comparar as extensões dos Rios Amazonas, Nilo e Mississipi. Sabia que São Francisco era o ‘rio da unidade nacional’. Também recordo que aprendi que no Nordeste havia rios intermitentes e me lembro dos mesmos representados pontilhados nos mapas.
Aprendi também as capitais dos estados brasileiros e também de países da Europa e da Ásia. Na África parece que só havia três países.
Outro assunto que era ensinado era tipos de vegetação, mas não sei bem explicar porque hoje estou na região do agreste. Mas, uma vez sabia o que eram tundras, estepes e savanas, mas acho que isto era na Rússia. Sabia que no Brasil não tinha desertos nem terremotos porque éramos um povo querido pelo Criador, que nos abençoara com lindas praias. Nesta dimensão recordo de aulas de corografia (= descrição particular de uma nação ou de uma área geográfica).
Sabia o que eram nuvens cúmulos nimbos e outras mais, que não sei, hoje, distinguir, mesmo que seja um encantado observador de nuvens.
Não sei dizer porque o Guaíba agora é um lago, e não mais um rio, mesmo que parece que aprendi a diferença entre rios e rias, e estas só me remetam a Aveiro.
Só tínhamos aulas de Geografia Física. Não lembro de nenhuma aula de Geografia Humana. Tenho a sensação de ter aprendido mais Geografia colecionando estampas Eucalol que em aula.
Escrevendo estas reminiscências (nada gloriosas) aqui em Campina Grande, dou-me conta que não sei como é o ensino de Geografia hoje. Sei que os livros são mais bonitos, pelo menos mais coloridos.
Não sei se entre os quase 300 acessos diários que tem este blogue há algum professor de Geografia. Mas, seria muito bom se alguém nos respondesse aqui a esta pergunta. Seria magnífico se algum leitor ratificasse ou retificasse minha leitura a respeito das aulas de Geografia. Está feito o pedido. Com expectativa, votos de um bom dia de Marte, mesmo que essa alusão tenha outro referencial: a astronomia.

2 comentários:

  1. No providencial relato do Mestre, faço um pequeno aparte. O ensino no Brasil necessita urgente de uma estrutural reforma. Há de se rever a quantidade e a qualidade de nossas grades. O mundo mudou, e com a mudança vieram novas realidades e prioridades. Cadeiras como educação no trânsito, direitos e deveres,(culinária?) e muitas outras formam uma imprescindível aptidão para os nossos dias, muito mais necessárias que muitas que nos assombram os bancos escolares.


    abraços


    Antonio Jorge

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  2. Limerique

    Era uma vez um Guaíba chamado
    Que rio era então considerado
    Mas rio tem nascente
    Este é diferente?
    Não, este é lago quase quadrado.

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