domingo, 4 de novembro de 2012

04.- HOMENAGEM A UM DOMINGO DE ENEM



Ano 7*** WWW.PROFESSORCHASSOT.PRO.BR ***Edição 2286
Um sábado e domingo onde provavelmente um entre cada dez brasileiros (in)diretamente envolve-se no ENEM — Exame Nacional do Ensino Médio —. Só examinandos são quase 6 milhões, adite-se examinadores, fiscais, suporte nos locais de prova e, especialmente familiares.
De acordo com balanço divulgado na quinta-feira pelo Inep (Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira), órgão do MEC (Ministério da Educação), 3,4 milhões de brasileiras fazem as provas do ENEM ontem e hoje, o que representa 59% dos 5,7 milhões de inscritos. Os homens somam 2,3 milhões (41%). Assim, o ENEM, é feminino e mais: este exame se constitui em seleção de significativa maioria das vagas (cerca de 90%) em Universidades públicas federais no país.
Os homens podem ser minoria, mas dentre eles há um exemplo comovente. Vital Barbosa, 62, estuda inglês e quer fazer faculdade de engenharia. Ele participa do programa de Educação para Jovens e Adultos (EJA).
Cabelos longos, barba comprida e livros por toda a “casa”. Esta é a descrição mais fiel para o aposentado Vital Barbosa, de 62 anos, que há dois anos vive dentro de uma Kombi, em Vila Garrido, Vila Velha, Grande Vitória.
A casa não é tão extensa, mas é lá que Vital se prepara para o ENEM de 2013, já que perdeu o prazo de inscrição das provas deste ano. "Meu maior sonho é fazer faculdade de engenharia civil e construir, com os meus conhecimentos, a minha casa, feita de lajota, concreto e laje. Sei que só os estudos me abrirão esta oportunidade", disse.
A Kombi onde mora foi seu instrumento de trabalho por muitos anos. Com ela, Vital fazia fretes. Atualmente, o veículo está abandonado, praticamente enferrujado pela exposição ao tempo e parado por falta de uso. O veículo fica estrategicamente parado em frente a casa do irmão de Vital.
"Eu não gosto de incomodar. O máximo que faço é tomar banho e lavar umas peças de roupas na casa dele. Com o dinheiro da aposentadoria, junto as roupas mais pesadas e pago alguém para lavar. A minha alimentação é feita em um restaurante 'baratinho' aqui do bairro. Na maior parte do tempo passo estudando mesmo. Hoje, tenho até um trabalho de física para apresentar", explicou nesta quinta-feira, dia 1º(das agências de notícias).

2 comentários:

  1. Certamente se Nietzsche vivesse em nossos dias identificaria no Vital o seu Zaratustra. A busca por cultura é bálsamo para todas as enfermidades, não tem época, idade, sexo nem condição social.
    Felicidades e sucesso para o nosso carismático personagem.

    Abraços

    Antonio Jorge

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  2. Limerique

    Há coisas que surpreendem na cidade
    Existem muitos mitos na sociedade
    Velho tem que usar pijama!
    Ao invés de escola, cama!
    Bobagem! para estudar não tem idade.

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