sexta-feira, 21 de setembro de 2012

21.- JESUS FOI CASADO? PORQUE NÃO!



Ano 7***                 CAMPINAS                     ***Edição 2242
Esta postagem é ainda de Campinas. Devo deixar Viracopos às 6h15min.
Ontem pela manhã, dividi uma mesa-redonda acerca das ‘Ciências Exatas nas Ciências Humanas’ com meu colega Dario Fiorentini— coordenador do maior Programa de Pós Graduação em Educação do Brasil [cerca de 130 professore e quase 700 mestrandos e doutorandos]. Ele em sua fala referiu o quanto foi significativa minha participação na sua transição de ‘um matemático que passa fazer educação com a matemática. Fiquei comovidamente surpreso. Dei ao meu segmento o mote ‘do eSoterismo ao eXoterismo’. Acredito que tenha ajudado a responder a pergunta que foi recorrente na fase de preparação do evento: "Educador(a), que form[a]ção é essa?" Esta interrogação também esta na camiseta que me foi presenteada pelos organizadores.
Almocei com quatro professores da Unicamp: Dário, Pedro da Cunha. Heloisa Rocha e Inês Rosa. As discussões da manhã prosseguiram. Também o RUG assuntado aqui ontem mereceu severas análises.
À noite por mais de três horas cumpri a segundo parte do minicurso. Mais uma vez fui acarinhado pelos estudantes.
Para esta blogada não ficar com o tom exclusivo de ‘diário de viagem’ algo da imprensa desta semana, que tem como manchete: DESCOBERTA POLÊMICA. A tese trazida não é nova. A hipótese é muito provável, se nos dermos conta como as mulheres foram apagadas na história do cristianismo. Eis a notícia:
Um fragmento de papiro que provavelmente data do ano 350 da Era Cristã retrata Jesus usando a expressão “minha mulher”. Segundo a historiadora da Universidade de Harvard (EUA) Karen King, responsável pela análise do texto antigo, que ela apelidou de “Evangelho da Mulher de Jesus”, o fragmento não traz informações confiáveis sobre a figura histórica de Cristo, já que a narrativa quase certamente teria sido composta séculos depois da morte dele.
O que o texto mostra, no entanto, é o intenso debate sobre os prós e contras do sexo e do casamento nos primeiros séculos do cristianismo – uma controvérsia que ainda deixa marcas em temas como o celibato dos padres ou a ordenação de mulheres, por exemplo.
O “Evangelho da Mulher de Jesus” vem a público com uma aura de mistério, além da inevitável polêmica que o tema do fragmento traz. Sua procedência exata é desconhecida. Sabe-se apenas que, em 2010, um colecionador de antiguidades (cuja identidade está sendo preservada) mandou um e-mail para Karen King, especialista em cristianismo antigo da Escola de Teologia de Harvard.
O colecionador queria ajuda para traduzir o fragmento – uma única folha de papiro, medindo oito centímetros de largura por quatro centímetros de comprimento. O texto foi escrito em copta, idioma descendente da língua dos faraós que era falado pela maioria dos egípcios na época do Império Romano (e ainda é usado na liturgia dos cristãos do Egito).
A pesquisadora pediu a ajuda de outros especialistas em papiros e na língua copta e acabou por decifrar o que restou do texto. A descoberta foi anunciada pelo jornal The New York Times. Os fragmentos dizem, entre outras coisas, “Maria (Madalena?) é digna disso” e, logo depois da menção a “minha esposa”, “ela será capaz de ser minha discípula” e “eu habito com ela”. Dá para esperar um debate acadêmico feroz em torno do manuscrito. Entre os especialistas que revisaram o artigo da revista especializada The Harvard Theological Review no qual está a análise do manuscrito, dois chegaram a questionar a autenticidade do material.

3 comentários:

  1. O preconceito e a clara intenção de manobrar as opiniões deixaram ocultos os escritos ditos como apócrifos, negando a todos o direito de conhecer segmentos da história e tirar suas próprias conclusões.Acompanhamos tambem uma ferrenha briga no mundo islâmico por uma sátira irresponsável. O fanatismo nos leva além da razão, perdemos o senso critico e passamos a cometer sandices.

    abraços

    Antonio Jorge

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  2. Limerique

    Se o Messias era casado ou não
    Torna-se irrelevante questão
    Por que excluir mulher?
    Sem explicação qualquer
    Dessa misógina cristã religião?


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  3. Querido Chassot,

    Nós da Faculdade de Educação da Unicamp ficamos imensamente gratos pela sua presença Semana de Educação, evento promovido e organizado pelos(as) alunos(as) da Pedagogia e Licenciatura Integrada em Química e Física. A sua disponibilidade e as atividades que desenvolveu foram momentos que certamente marcarão a formação desses jovens.
    Em nome de todos, muito obrigado.
    Pedro da Cunha

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