domingo, 5 de agosto de 2012

05.- ¡TE CUIDA!


Ano 7***    Porto Alegre     ***Edição 2195
O sábado se esvaía. Precisava de um assunto para uma breve domingueira. Pela manhã, em sala de aula, à despedida, uma vez mais aflorou o dadivoso ‘Te cuida’. Comentei quanto achava a expressão carinhosa e quanto evocava as despedidas de minha infância na casa paterna.
Tinha um assunto que achava original e algo que achava ser um modismo, que recém passara a ouvir nas mais diferentes geografias. Viva! Traria um comentário que era uma novidade.
Ledo engano! O Professor Google, mostrou-me que minha novidade era velha.
Numa página de perguntas e respostas encontro: [5 anos atrás] A expressão "te cuida" dita na despedida entre duas pessoas que se consideram amigas, tem um sentido além da amizade?
Junto estava, com a mesma datação dinossáurica, aquela tida como a melhor resposta: É o famoso take care, com amigos de fora.... é uma expressão tão normal como DEUS TE ABENÇOE, FICA COM DEUS. Denota carinho e cuidado.
Não é apenas um colonialismo com este de passarmos a chamar ‘Edifício’, ‘Instituto de beleza’ de ‘Prédio’, ‘Salão’ mas é algo que já rola há tempo... e eu me achando um descobridor.
Frustrado por ter sido furado no meu assunto tido com inédito, trago os votos de um bom domingo a cada uma e cada um e adito um sonoro e muito carinhoso ‘Te cuida!’

5 comentários:

  1. O tema de hoje me trouxe lembranças de minha infância. O nosso "te cuida" era "juízo!". O gozado que adquiri o hábito e me despeço de todos com a dita recomendação. Nem todos entendem...

    Um abraço e,
    Juízo...

    Antonio Jorge

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  2. Muito estimado Antônio Jorge,
    teu comentário enseja referências em duas direções:
    UMA, evocas a despedida de minha mãe (meu pai, reservado abstinha-se de qualquer comentário) no sua recomendação severa: ”¡JUIZO!” queria dizer ‘comporta-te guri!’. Logo esta despedida só poderia ser do superior ao inferior. Jamais um subalterno diria isso para um pai ou professor.
    OUTRA, o ¡Te cuida! De hoje não teria também um tom autoritário. O filho adulto que recomenda ao pai, que ele vê senil e precisa da recomendação de que tenha cuidados (para atravessar a rua ou ver se não está com os cadarços desamarrados.
    Talvez uma outra dimensão do ‘¡Te cuida!’ tenha o mesmo significado do automático ‘Graças a Deus!’ (do ateu) ou ao “Beijos!’ dirigido a quem jamais beijaríamos.
    Um muito bom domingo, com agradecimentos do

    attico chassot

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  3. Limerique

    Era uma vez a mais velha despedida
    Que acena àquele que está de saída
    Te cuida amigo!
    Deus vá contigo
    Uma maneira de elevar a vida.

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  4. Caro Chassot,
    esta é a terceira vez que estou tentando comentar o teu blog. Espero que dessa vez funcione. Para mim, o "Te cuida!" sempre soou como um "Até a volta!". Um cumprimento de bastante carinho!

    Um abraço,

    Garin

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  5. Mestre Chassot,
    esta sua postagem me evoca a cenas cotidianos que vivencio no cotidiano da escola. Vejo entre muitos alunos essa forma de despedida. E, certa vez, perguntei para um deles o que queriam dizer ao se despedir desta forma. Ele enfaticamente, me respondeu: Quero que a pessoa se cuide e cuide da nossa relação de amizade, ou seja, não faça nada que possa vir a nos prejudicar. Certo tempo depois vi alguma coisa semelhante sendo compartilhado no facebook. Vale a reflexão do jovem.
    Vale também comentar a alegria de receber o professor no nosso modesto, mas significativo blog familiar, http://sequenciaseconsequencias.blogspot.com.br que essa alegria se repita mais vezes.

    Forte abraço,
    Luís Dhein

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