sábado, 7 de julho de 2012

07.- TU, AINDA, ME CATIVAS!



Ano 6*** WWW.PROFESSORCHASSOT.PRO.BR ***Edição 21606
Esta postagem é produzida em uma sexta-feira, quando na região sul se viveu um dos dias julinos mais típicos do inverno gaúcho: a uma chuva benfazeja, que nas primeiras horas do dia já era igual à metade da media mensal, se ajuntou um frio e um minuano que achava qualquer fresta para invadir a querência assoviando.
Tempo assim faz a saudade se adensar no lembrar que a Gelsa está, literalmente do outro lado do mundo, na organização e participação do ICME-12: 12th International Congress on Mathematical Education, July 8-15, 2012, Seoul, Korea ~~ www.icme12.org ~~ Vibro com a distinção dela por estar no Congresso Internacional em Educação Matemática (ICME) — um dos mais importantes congressos do mundo na área de Educação e Ensino de Matemática.
Hoje a dica de leitura muda um pouco de foco. O livro proposto, não precisa de dica, a frase da portada a digo para Saint-Exupéry: Tu, ainda me cativas!
Já escrevi aqui acerca de minhas paixões pelo Pequeno Príncipe, especialmente quando, a Agir publicou uma linda edição tridimensional da obra. Mas na última segunda-feira, uma matéria de capa do Segundo Caderno de Zero Hora, tem esta chamada: Livro de Saint-Exupéry permanece entre os preferidos das crianças. Minha surpresa catalisou que trouxesse o texto de Gustavo Brigatti para matar saudades neste primeiro sábado julino.
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Talvez, especialmente àquelas e àqueles destas geografias sureñas, uma boa dica seja reencontrar aquele exemplar amarelado, curtido em priscas eras e lê-lo para um filho ou a um neto. Um bom sábado para embalar sonhos.
Não são vampiros que brilham no sol, nem bruxinho órfão, tampouco adolescentes com poderes divinos. Resistindo a todo tipo de modismo, o grande hit da literatura infanto-juvenil é um gurizinho loiro, algo melancólico, que adora viajar e divide o asteroide onde mora com uma rosa. Seu nome real permanece um mistério, mas ganhou um apelido que o tornou célebre: O Pequeno Príncipe.
Publicada em 1943 pelo piloto francês Antoine de Saint-Exupéry (1900 – 1944), a história do aviador que encontra uma misteriosa criança durante uma pane no deserto do Saara não sai das listas de mais vendidos. No Brasil, onde é impresso desde 1952 pelo selo Agir, está na 48ª edição, já vendeu mais de 4 milhões de cópias e está sempre entre os 10 primeiros de sua categoria. Em 2011, fechou na 8ª posição no ranking geral.
O fenômeno cresce quando se considera que O Pequeno Príncipe não está atrelado a nenhum derivado, como filmes e gibis, e não é amparado por nenhuma campanha ostensiva de marketing. Sua edição mais vendida, inclusive, permanece inalterada, incluindo a capa e as famosas aquarelas de autoria de Saint-Exupéry. Foi somente no mês passado que a franquia ganhou algum tipo de renovação, com o lançamento, pela editora Leya, dos primeiros livros de uma coleção inspirada no desenho animado que atualmente é sucesso no canal por assinatura Discovery Kids.
– É um caso de livro que se vende sozinho, já está no imaginário das pessoas. Se você vai abrir uma livraria, não pode deixar faltar O Pequeno Príncipe. E uma das razões é o seu conteúdo, que fala com qualquer tipo de público– analisa Carlo Carrenho, consultor editorial e fundador do site de referência Publishnews.
Para o psicanalista e escritor Celso Gutfreind, a maneira como Saint-Exupéry trata a busca pelo autoconhecimento é parte do segredo da universalidade e da permanência do livro.
– No fundo, a história trata do resgate de quem se é na essência, na procura da alma em um mundo inóspito por fora e por dentro. Precisamos falar disso. Precisamos falar de nós. E, na forma, o autor o faz sempre com imagens instigantes, além da presença de sugestivas serpentes e raposas. Tudo o que interessa está ali – destaca Gutfreind.
Alguns dados
O manezinho Zeperri
  • *   150 milhões de cópias vendidas
  • *   Traduzido para mais de 260 idiomas
  • *   600 mil livros de pop-up vendidos
  • *   4 milhões de livros vendidos no Brasil
  • *   Reuniu 25 mil espectadores durante uma exibição de som e luz no distrito de La Défense, em Paris, em 2011
  • *   Mais de 5 milhões de fãs no Facebook
  • *   Série animada exibida em 50 países com mais de 100 milhões de espectadores
  • *   150mil visitantes por mês no site oficial, que tem tradução para cinco idiomas
  • *   500 mil unidades da graphic novel vendidas
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Uma curiosidade Exupéry&Floripa, trazida em homenagem a Jair Lopes, comentarista de cada dia deste blogue, aviador e ilhéu da Ilha do Desterro. Entre 1929 e 1931, Antoine de Saint-Exupéry fixou residência em Buenos Aires, onde trabalhou para a filial da companhia francesa Aéropostale. Durante o período, ele teria sobrevoado Florianópolis e pousado várias vezes na ilha, onde teria se encantado com as vilas de pescadores — que, por causa da pronúncia complicada do nome, o chamavam de Zeperri.

5 comentários:

  1. Certas obras são eternas, fazem determinados personagens imortais, mantendo porém muitas vezes o seu autor quase no anonimato.
    Educar uma criança com o hábito da leitura ajuda na formação do caráter, geralmente garantindo um futuro cidadão próspero e íntegro.
    Neste contexto critico apenas algumas versões trazidas as telinhas mágicas, eventualmente são verdadeiros desástres.

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  2. Perdão esqueci de me identificar no comentário acima

    Antonio Jorge

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  3. Limerique

    Homenageado Manezinho lhe sorri
    Por ter sido lembrado logo aqui
    Além de aviador
    Agora velho condor*
    Na Ilha da Magia e do Zé Perri.

    *Aviador velho vira Condor = com dor aqui, com dor ali...

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  4. Caro Chassot,
    o Pequeno Príncipe sempre está em ordem. É uma obra inspirada que sempre inspira.

    Um abraço,

    Garin

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  5. O Pequeno Príncipe ensina os pequenos (e adultos)a serem livres e responsáveis. O amor é assim.
    Vai além da obvia lição de moral.

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