terça-feira, 22 de maio de 2012


22.- O AR ATMOSFÉRICO QUE MATA
Ano 6*** www.professorchassot.pro.br ***Edição 2120
Primeiro uma boa notícia: depois de quase 48 horas, o blogue está livre daquele amaldiçoado aviso que podia estar distribuindo malware. Bastou retirar um contador de visitas. Um obrigado especial ao meu filho Bernardo.
Um assunto muito significativo para a edição de hoje: Poluição atmosférica mata milhares de pessoas por ano no Reino Unido.
Confesso que fiquei muito surpreso com esta tétrica notícia. Jamais imaginava que ‘o ar que respiramos’ possa ter tão significativa participação nas mortes urbanas.
Eis porque socializo este artigo de John Vidal publicado no The Guardian, apresentado no caderno ‘Nosso mundo sustentável’ de Zero Hora desta segunda-feira numa tradução de Paloma Poeta.
A poluição atmosférica tem matado prematuramente 13 mil pessoas por ano na Grã-Bretanha, comparado a pouco mais de 2 mil mortes no mesmo espaço de tempo em acidentes na estrada, concluiu um estudo aprofundado do Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT, na sigla em inglês). A fumaça de caminhões e carros é a possível responsável por 7 mil mortes, cabendo à aviação quase 2 mil e 1,7 mil às usinas de energia. O restante vem de transporte, fábricas e emissões domésticas.
Mas o relatório sugere que a secretária do ambiente da Inglaterra, Carolina Spelman, pode ter errado ao afirmar, ainda no início deste ano, que a causa mais provável do aumento de poluição do ar nos Jogos Olímpicos de Londres, em agosto, será justamente o ar proveniente do continente europeu.
O relatório calculou que 60% do ar poluído e absorvido pelos britânicos vem de fontes domésticas, enquanto o resto chega pelo ar que atravessa o canal. As pesquisas estimaram, pela primeira vez, que o ar poluído de fora da Grã-Bretanha pode causar a morte prematura de 6 mil pessoas por ano. Mas o ar poluído britânico que se espalha na contramão mata 3,1 mil pessoas no continente europeu.
— Um terço das mortes prematuras no Reino Unido causadas pela emissão de combustores é originada por emissões de outros países da União Europeia. Ao mesmo tempo, as emissões do Reino Unido também causam um terço das mortes prematuras no resto do continente europeu, bem como no próprio país — diz o relatório.
Os resultados também apontaram com precisão onde a maioria das mortes ocorre: 2,2 mil por ano na Grande Londres, 630 somando as regiões metropolitanas de Manchester e West Midlands e mais de mil mortes em toda Yorkshire e Humberside.
A poluição do ar em Londres atingiu níveis recordes na onda de calor no último mês e a Grã-Bretanha já enfrenta multas impostas pela União Europeia por constantemente infringir as leis de poluição atmosférica.
O Reino Unido tem consistentemente falhado na tentativa de alcançar as metas e prazos para reduzir tanto a quantidade de fuligem no ar de Londres (conhecida como PM10s), quanto a de dióxido de nitrogênio, gás emitido principalmente pela queima de combustível diesel.
Os autores da pesquisa realizada pelo MIT propuseram aos fabricantes de carros uma redução da quantidade de carbono negro emitido pelos escapamentos, além de uma tentativa de diminuição das emissões de óxido de nitrogênio (NOx). Mas afirmam que investir em transporte público ou tirar os carros das ruas seria mais efetivo.

3 comentários:

  1. Caro Chassot,
    À guisa de comentário recorro ao que escrevi há algum tempo:
    "Se a poluição, digamos, “doméstica” acompanha o homem desde suas primeiras sociedades tribais sem consequências muito danosas, o verdadeiro problema surge com a nova ordem urbano-industrial. Em primeiro lugar, a urbe industrial reúne milhares e milhares de pessoas em concentrações absurdas e potencialmente incontroláveis, sanitariamente falando".
    Nossa sociedade, literalmente, se imolará num monturo de dejetos cercado por águas fétidas e ar irrespirável algum dia mão muito distante de nossa época, quem viver verá. Abraços ambientalistas, JAIR.

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  2. Caro Chassot,

    hoje em três tempos, como dizes:

    1) quero manifestar o meu agradecimento pela tua contribuição na Universidade do Adulto Maior, por três segundas-feiras; em primeiro lugar o pessoal estava com muita saudades tuas; em sugundo, tu estavas com muita saudade deles; em terceiro lugar, sempre que acompanho as tuas aulas renovadamente me ancanto com a tua capacidade de guardar dados e expô-los didaticamente: muito obrigado!

    2)que bom que o problema do acesso ao teu blog através do GoogleCrome está resolvido; também recorro ao meu filho que, do Rio de Janeiro me ajuda a resolver as dificuldades ligadas à informática/internet; nessa hora é muito bom ter filhos disponíveis assim;

    3)não são apenas as mortes anotadas pela MIT que acontecem em decorrência da poluição ambiental de cidades grandes, especialmente; há muito mais que os setores de contagem não conseguem contabilizar; nossa atmosfera está contaminada com gazes metais nocivos.

    Um forte abraço,

    Garin

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  3. Muito estimado colega Garin,
    respostas em três movimentos
    1) Ter podido fazer um maio na Universidade do Adulto Maior foi um privilégio. Aquele grupo me encanta. Conta sempre comigo.
    2) Ontem a noite ter recebido a ajuda do Bernardo, que trabalha em São Paulo foi precioso. Tu e eu vivemos novos tempos na s relações de aprendizados. Os filhos ensinam aos pais. Quando na geração de nossos avós um filho ensinaria algo da lide pastoril ou agrícola para seu pai!
    3) Fiquei muito impactado com o numero de pessoas que morrem por respirar ar poluído. Nunca sabia desses dados.
    Vale curtir nossos blogues nesse fazer alfabetização espiritual e científica
    Com estima

    attico chassot

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