08.- ACERCA DE GRATIFICANTES BLOGARES

Ano 6 *** www.professorchassot.pro.br *** Edição 2016

Contei aqui no sábado e no domingo de minhas visitas ao Guilherme e ao Felipe e depois à Maria Antônia. Pois hoje abro esta edição com o Avonar 3, do qual há registro fotográfico.

Ontem ao anoitecer fui visitar a minha filha Clarissa e meu genro Carlos com um propósito muito especial: Curtir minhas netas Maria Clara, que já sonha com os seus seis anos em abril e Carolina, já septuagenária (em dias, pois nasceu em 01 de dezembro). Foi bom reencontrar a D. Eunice, que agora trabalha com a Clarissa e de quem trouxe ‘do seu feijão’ para matar saudades. O Carlos preparou excelentes petiscos que acompanharam inclusive um espetáculo de bailados que a Maria Clara e uma coleguinha [também Carolina Martins] organizaram. Foram horas encantadoras. Já se aproximava da quarta-feira quando chegava em casa.
Enquanto professores, conectados à Web, de vez em vez, recebemos solicitações imprevisíveis. Ainda na tarde desta segunda-feira, envolvido no revisar dissertação de uma orientanda, recebo no Facebook este chamado: Querido mestre, gostaria de saber se o senhor não poderia indicar um texto, livro ou artigo que trate sobre a evolução do pensamento científico e sua relação com a filosofia, no decorrer dos tempos. Agradeço a atenção. Não me recordava do autor do pedido; depois vi ser doutorando de uma universidade que estivera em setembro. Claro que fiz sugestões; isto ensejou receber reconhecimentos que muito me gratificaram.

Em dezembro, no meio da azáfama de fim de ano, recebi de duas alunas, de reconhecida universidade brasileira, pedido assim: Esta entrevista servirá para fins de elaboração de um artigo acadêmico em construção com o título: PROFESSORAS.COM: vantagens, limites e especificidades da socialização de s@beres docentes vi@ Internet que está sendo construído pelas doutorandas acima mencionadas tendo como foco os saberes docentes via internet. Convidamos você a participar e contribuir, preenchendo o questionário abaixo:

Fi-lo com solicitude, traduzindo 'Eu amo blogar'. Como já ultrapassou a quarentena de meu envio e não chegou nem um ‘recebemos, obrigado!’ compartilho o mesmo aqui, com votos de uma muito boa quarta-feira.

1-Solicitamos que mapeie (inicialmente) a história X estatística de seu Blog. Um blogue diário, fundado em 30 de julho de 2006, publicando de então 1965 edições (em 20DEZ2011) com cerca de 150 visitas diárias, já editado em mais de 20 estados do Brasil e em mais de 40 cidades no exterior.

2- Consideras que o medo de escrever errado ortograficamente impede a interação entre o professor.com (blogueiro) e o aluno.com (destinatário)? Não; é a preguiça no escrever e as limitações impostas pelos bloggers dificultando e ate restringindo a colocação de comentários.

3 - Seus alunos (reais) são seguidores (virtuais)? Não, meus significativos leitores são os ouvintes de minhas palestras e colegas bloguistas, que o fazem num sentido de reciprocidade.

4- Por que você decidiu criar o Blog? Quando me dava conta da instantaneidade de leitura, se comparado com o tempo que um livro meu demora a circular depois de escrito.

2- Há quanto tempo você alimenta o Blog e com que frequência? Há 5,5 anos, diariamente, sem ter faltado um dia.

7- Qual é a média de visitas por mês? 150 por dia/ entorno de 4,5 mil por mês, com Brasil, Portugal, Estados Unidos a cada dia e mais uma dezena de países a cada mês.

9- O que os professores mais acessam? Não sei, mas o meu tom é alfabetização cientifica e Historia e Filosofia da Ciência

10- Comente um fato curioso (bom ou ruim) que tenha te acontecido enquanto blogueiro no relacionamento com os leitores: Ruim, quando o blogger desformata uma edição caprichada. Bom: receber, de vez em vez, comentários como este de 2008: “Soy del área de Psicología Social y trabajo en Investigación de Mercados desde hace más de veinte años. La alegría por leerlo es grande, por haber encontrado un espacio de aprendizaje y pensamiento crítico valioso”. Matilde Kalil, Equador ou do jornalista Marcos Gomes, da revista Quanta de São Paulo, que com alta dose de exagero escreveu: É para mim um orgulho saber que o Brasil tem cientista e grande divulgador científico como você, estou até pensando no Stephen Jay Gould, ao conhecer seu blog tive a mesma animação que tenho lendo os livros dele. Mesmo sabendo exageradas ao excesso as duas apreciações elas massageiam o ego e dão força para tentar fazer alfabetização cientifica.

11-Você vê o Blog como um negócio? Não, mesmo que já tenha recebido ofertas para inserir anúncios.

12- O que você gostaria de mudar na tua (sic) relação Blogue e leitores? Que houvesse mais comentários. Hoje tenho dois comentaristas diários, também bloguistas. Tenho além deles mais dois ou três. Acho pouco.

13 -De que modo foi democratizado o acesso ao Blogue dentro das escolas? Que dificuldades foram encontradas? Não sei se a premissa é verdadeira. Há instituições que proíbem acesso a blogues.

 14- Quais as principais dificuldades no relacionamento virtual com as(os) docentes? Não me ocorre esta preocupação.

15 - Quais foram às melhores e as piores situações que trataste via Blog? As piores, quando fundamentalistas religiosos, postam comentários que se vê como ‘pichação’, as melhores, quando defendo os ‘mais fracos’ (por exemplo, as Escolas do MST) ante certa imprensa.

Outras considerações oportunas sobre as professoras.com: No artigo meu artigo Blogues como artefatos culturais pós-modernos para fazer alfabetização científica. Competência: Revista da Educação Superior do Senac-RS. p. 11-28. V.2, N.2 Julho de 2009 ISSN 1984-2880 o título traduz o quanto escrevi acerca do assunto da pesquisa de vocês, especialmente quando discuto o ‘estilo do blogue.