Há datas que são fortemente marcadas em nossa história e cada vez que elas surgem fazem evocações. Este 24 de novembro é uma destas.
Hoje meu irmão Sirne faria 71 anos. Tínhamos/temos 1 ano e 18 dias de diferença. Muito passamos por gêmeos na nossa infância e depois ele foi muito parceiro. Tinha mais experiência de vida que eu e a aproveitava, também, para com ela ser meu sábio (e sabido) professor.
Tinha uma memória privilegiada. Lembrava de cenas de nossa história com detalhes. Morreu em 2002. Sinto não estar perto então. Eu vivia, então, em Madrid, fazendo pós-doutoramento. É bom lembra-lo aqui.
Agora a pauta de hoje, que os alunos do curso de Música, postergaram de ontem para hoje: Cruzamento gera tomate roxo que não é transgênico. Oxalá, breve tenhamos uma mesa mais colorida e mais saudável.
Um tomate roxo, com mais antioxidantes do que o tomate comum (o que ajuda na prevenção de doenças como o câncer), está mais próximo da mesa do brasileiro.
A variedade foi desenvolvida na USP de Piracicaba após uma sequência de cruzamentos - método tradicional para criar formas novas e úteis de plantas domésticas.
Tomates roxos não existem na natureza. Até hoje, somente cientistas britânicos tinham conseguido produzi-los, com a ajuda de modificações genéticas. Agora, o pesquisador Lázaro Eustáquio Pereira Peres, do Centro de Energia Nuclear na Agricultura da USP, mostrou que também é possível desenvolver um fruto desses sem que ele seja geneticamente modificado.
"É um tomate comum, mas agrupamos características de três variações em uma só." Como resultado, o tomate, que é naturalmente rico em licopeno, um antioxidante, ganhou maior concentração de antocianina, outra substância que ajuda a desacelerar o crescimento de células de tumores.
Segundo ele, a variedade tem também o dobro do teor de vitamina C encontrado em um tomate comum. Para obter o tomate roxo, o pesquisador e seu orientando Gabriel Rehder cruzaram duas espécies de tomate portadoras de mutações que fazem com que o fruto, quando exposto à luz em excesso, produza antocianina.
Já a terceira espécie tem um gene que a sensibiliza à luz. Juntos, os três estimulam a produção
do pigmento antioxidante, que leva à cor característica do novo fruto. "Apesar de as mutações serem comuns na natureza, esse cruzamento específico seria improvável", diz Peres.
A variedade já pode ser plantada em campo por empresas de melhoramento genético e, se houver apelo comercial, chegar à mesa em cerca de três anos. Para garantir os direitos sobre a criação, a equipe da USP usou um tomate híbrido. As plantas da primeira geração são homogêneas, mas não as da segunda. O produtor teria de comprar a semente original para obter o tomate roxo.
Cor de variedades já provocou polêmicasDiferentemente do que ocorre com transgênicos, alimentos produzidos por mutagênese (geração de mutações), como o tomate roxo brasileiro, não precisam de aprovação da CTNBio (Comissão Técnica Nacional de Biossegurança, órgão regulador do tema no Brasil).
Para o presidente da entidade, Edilson Paiva, isso não significa, no entanto, que eles sejam necessariamente mais seguros que os demais. "Para a produção de transgênicos há uma série de normas e legislação pesada, o que é necessário, mas acho que também deveria haver algo para as mutações", diz.
Já o pesquisador do Núcleo de Economia Agrícola do Instituto de Economia da Unicamp
(Universidade Estadual de Campinas), José Maria da Silveira, acha que "a solução [encontrada para desenvolver o tomate roxo] é válida e bem-vinda", mas destaca que seria importante haver um acompanhamento para garantir que produtos como ele sejam seguros. Peres rebate dizendo que o efeito e a função de cada mutação, no caso do tomateiro, já são conhecidos. Além disso, segundo ele, as mutações criam apenas variações de genes preexistentes. Por outro lado, em transgênicos, são colocados juntos genes de espécies muito diferentes, que jamais se encontrariam.
Bom dia, Mestre! Discussões técnicas e benfícios à parte, mas esse tomate fica com uma cor nada apetitosa! Eu acho que não gostaria de come-lo! Abraços!
Caro Chassot, Mais uma maneira de colorir a salada, nada mais. Lembro do tempo que pimentões eram vermelhos (maduros) e verdes (não maduros), hoje podemos encontrá-los amarelos, roxos e duas ou três variedades de verdes, e passamos a misturá-los nas salada de modo a torná-la mais atrativa, o gosto dos pimentões "novos" não mudou. Acho que deve acontecer o mesmo com tomate roxo que, aliás, pode motivar crianças relutantes em consumir legumes. Abraços roxos, JAIR.
espero poder comer um tomate roxo, pelo menos na foto parece apetitoso. Com relação aos cuidados da CTNbios os considero bastante prudentes: há cientistas que são capazes de criar coisas sobre as quais não têm segurança - criam pelo desejo de serem os primeiros a anunciar uma nova descoberta numa revista científica de repercussão. Não estou dizendo com isso que a indisciplina científica não tenha o seu valor, mas quando se trata de alimentação, é melhor ter certos cuidados.
Meus caros colegas Leonel, Jair & Norberto ~~a ordem de menção é a de postagem ~~ comentei aqui, neste novembro que, pelo assoberbamento de fim de ano não responderia a (todos) comentários como fiz há mais de cinco ano, Não resisto. Tenho respondido a alguns e as faço – como neste – um comentário coletivo. Lendo vocês três, e os textos estão na mensagem que estou enviando, lembro de um aforisma, presente em certo aforismo: Que seria do amarelo, se todos gostassem do vermelho! Tomate roxo, não que provar; outro, o prevê apetitoso; ainda outro, o sabor não é questão de cor. Obrigado por serem comigo parceiros nestes diálogos de aprendentes. Uma bom saldo desta última quinta-feira 11/11
adorei os tomates roxos. Tomara que sejam saborosos. Quero tê-los logo em minha mesa, como bom glutão que sou... Gostei muito de saber sobre esta bionovidade. Grande abraço, Guy
Bom dia, Mestre!
ResponderExcluirDiscussões técnicas e benfícios à parte, mas esse tomate fica com uma cor nada apetitosa!
Eu acho que não gostaria de come-lo!
Abraços!
Caro Chassot,
ResponderExcluirMais uma maneira de colorir a salada, nada mais. Lembro do tempo que pimentões eram vermelhos (maduros) e verdes (não maduros), hoje podemos encontrá-los amarelos, roxos e duas ou três variedades de verdes, e passamos a misturá-los nas salada de modo a torná-la mais atrativa, o gosto dos pimentões "novos" não mudou. Acho que deve acontecer o mesmo com tomate roxo que, aliás, pode motivar crianças relutantes em consumir legumes. Abraços roxos, JAIR.
Caro Chassot,
ResponderExcluirespero poder comer um tomate roxo, pelo menos na foto parece apetitoso. Com relação aos cuidados da CTNbios os considero bastante prudentes: há cientistas que são capazes de criar coisas sobre as quais não têm segurança - criam pelo desejo de serem os primeiros a anunciar uma nova descoberta numa revista científica de repercussão. Não estou dizendo com isso que a indisciplina científica não tenha o seu valor, mas quando se trata de alimentação, é melhor ter certos cuidados.
Um abraço,
Garin
Meus caros colegas Leonel, Jair & Norberto
ResponderExcluir~~a ordem de menção é a de postagem ~~
comentei aqui, neste novembro que, pelo assoberbamento de fim de ano não responderia a (todos) comentários como fiz há mais de cinco ano, Não resisto. Tenho respondido a alguns e as faço – como neste – um comentário coletivo.
Lendo vocês três, e os textos estão na mensagem que estou enviando, lembro de um aforisma, presente em certo aforismo: Que seria do amarelo, se todos gostassem do vermelho! Tomate roxo, não que provar; outro, o prevê apetitoso; ainda outro, o sabor não é questão de cor.
Obrigado por serem comigo parceiros nestes diálogos de aprendentes.
Uma bom saldo desta última quinta-feira 11/11
attico chassot
Ave Chassot,
ResponderExcluiradorei os tomates roxos. Tomara que sejam saborosos.
Quero tê-los logo em minha mesa, como bom glutão que sou...
Gostei muito de saber sobre esta bionovidade.
Grande abraço,
Guy
Maravilhaaaaa!!tomates feminino kkkk afinal sao roxos kkkk gostaria de ser a primeira em experimentar,e o sabor deve ser fantastico .abraços
ResponderExcluir