sábado, 13 de novembro de 2010

13.- El himen como obstaculo epistemologico

Buenos Aires Ano 5 # 1563

Nosso quarto (de cinco) despertar portenho não foge a regra: manhã esplendorosa e de temperatura primaveril que ainda sabe um pouco de inverno. Depois de três dias envoltos em fazeres acadêmicos, temos, hoje e amanhã, 1,5 dia para curtir Buenos Aires.

Um rápido comentário de ontem: era mais de 20 horas quando deixávamos a Biblioteca Nacional onde chegáramos antes das 10h. Uma ágape encerrou o "I Congreso Internacional de Epistemología y Metodología: Investigación Científica y Biopolítica" quando podemos confraternizar mais de perto com alguns participantes que na quinta e sexta feira foram os expositores.

Nesta confraternização fiquei particularmente entusiasmado com o interesse do Sr. Javier, da Editorial Biblos com possibilidade de editar A Ciência é masculina? em espanhol. Ele está conosco e com Esther Diaz na foto.

Pela manhã primeiro assistimos um painel com três exposições e depois uma conferência. Houve então um intervalo para almoço no Café do Leitor e a parte da tarde iniciou uma conferência, depois um painel com duas miniconferências e finalizou com uma conferência de encerramento.

Muito poderia escrever acerca de um dia tão prenhe de novas aprendizagens. Vou destacar apenas duas dimensões a guisa de um sucinto comentário do segundo dia do evento.

A primeira: em cada uma destas oito exposições, por especialistas em epistemologia e/ou metodologia, sou tomado da sensação gostosa que tenho muito a estudar acerca dos temas trazidos, (e mesmo poderia dizer das apresentações do primeiro dia) pois resta muito a aprender.

A segunda: o quanto, considerando que nunca tive uma formação especial para ser orientador de mestrado e doutorado, vejo retificações e ratificações em minhas ações futuras. Não há como não recordar o poeta sevilhano António Machado: caminhante, não há caminho, faz-se caminho ao andar. Ao andar faz-se o caminho.

Mas falando em poesia, esta blogada, mesmo distante de seu lócus de edição usual, que honrar a tradição de quase dois anos: sábado é dia de dica de leitura.

Estou em Buenos Aires por convite da professora Esther Diaz. Ela é autora de uma dezena de livros de filosofia, senda uma das mais renomadas especialistas em Michel Foucault. Mas entre seus livros – densos tratados filosóficos – há um de saborosa ficção que se faz minha recomendação sabática.

DIAZ, Esther. El himen como obstaculo epistemologico. Relatos sexuales de una filosofa. Buenos Aires, Editorial Biblos, 1ª ed 2005, 154 p. ISBN978-9507865039

Esther Diaz é doutora em Filosofia pela Universidade de Buenos Aires. Sua tese doutoral La ontología histórica en la temática filosófica contemporánea. Comunicación, poder y ética en la obra de Michel Foucault” defendida em 1991 recebeu nota máxiama. Foi professora na UBA. Atualmente exerce a docência na Universidade de Lanus. Nesta é também diretora do Mestrado em Pesquisa Científica e Metodologia Ela também é professora e pesquisadora convidada de várias universidades estrangeiras e diretora de revista perspectiva metodológica. Entre as suas publicações destacam-se obras acerca a sexualidade e o poder, a ciência e o imaginário social, a filosofia de Michel Foucault, um olhar filosófico sobre Buenos Aires e outras. No Congresso que agora se encerra lançou: Las grietas del control: vida, vigilância y caos. Mais detalhes podem ser conhecidos em www.estherdiaz.com.ar Também a Editorial Biblos – www.editorialbiblos.com – traz informações da obra da renomada filósofa argentinas.

"O sexo fruído e padecido, o sexo dos ricos e o dos pobres, o sexo dos celibatários e dos viciados, o sexo dos jovens e o dos velhos, o sexo buscado e o imposto... Esther Díaz narra historias sexuais com personagens entrecruzados pelo desejo, que nem sempre outorga prazer e muitas vezes promovem pena e até horror. Sua escritura as vezes arde em chamas, regalando-se em obscenidades indecorosas, e em outras submerge com timidez em recatadas sutilezas.

Estes relatos são postos em cenas com certos simulacros que irrompem na atividade de uma autora até agora conhecida por seus textos filosóficos e sua atividade docente em universidades argentinas e em diferentes países. Sua condição de filósofa não está ausente nestas páginas, que esperam ser embaladas, penetradas e recorridas pela leitura que – como a escritura e o amor - costumam fazer-se no privado." Este comentário é uma tradução de texto encontrado em http://www.estherdiaz.com.ar/libros/himen.htm

Lamento que não esteja na Morada dos Afagos para transcrever de meu livro a querida dedicatória que Esther Dias colocou em meu exemplar quando tive o privilégio de tê-la como hóspede minha casa.

Agora desejo o melhor sábado para cada uma e cada um. Amanhã, provavelmente nos lemos desde aqui para uma despedida portenha. Até então.

4 comentários:

  1. Bom dia mestre,
    a cada dia uma dica saborosa nos encanta.Fiquei muito curioso com o livro.
    Desejo-lhe um ótimo sábado com sabor a tango!

    Abraços

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  2. Muito querido Moises,
    o livro é muito bom. Obrigado pelos votos de uma Buenos Aires com tango.
    Um bom feriadão
    attico chassot

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  3. Sempre bom ler o Mestre! Obrigado pela mensagem carinhosa. Um abraço grande e boas aventuras!!! Karina Soares

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  4. Muito querida Karina,
    é bom ter uma parceira como tu envolvida em alfabetização científica como leitora deste blogue.
    Com admiração e já vivendo a expectativa do 31º EDEQ em Rio Grande,
    um afago do

    attico chassot

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