09.- O termômetro de Galileo

Porto Alegre Ano 5 # 1559

Uma terça-feira que sucede a um dia com temperatura muito altas. Houve cidades do Rio Grande do Sul com 40ºC. Há anúncio da chegada de uma frente fria, com quedas de até 30ºC. Minha terça-feira, provavelmente termine em Buenos Airas, para onde viajo com a Gelsa no começo da noite. Amanhã tenho uma fala na Universidad de Lanus e na quinta e sexta feiras assisto, na mesma universidade, ao Congreso Argentino de Epistemología y Metodología, no qual a Gelsa faz a palestra de abertura. Sábado e domingo permanecemos como turistas na capital portenha, retornando a Porto Alegre no domingo.

A propósito de ter começado falando em temperaturas elevadas: elas foram muito próprias para curtir um dos presentes de aniversário que ganhei da Ana Lúcia e do Eduardo: um termômetro de Galileu. Sempre refiro a primeira observação de Galileu, com telescópio em 1609, mas não conhecia o seu genial termômetro, hoje mais usado com uma verdadeira peça de decoração.

O Eduardo estava acertado, quando a Ana Lucia fez a sugestão, dizendo: “É um presente com a cara de teu pai!”. Realmente ele vem juntar-se a outras peças de museus ligadas a História da Ciência.

Galileu Galilei (em italiano: Galileo Galilei) (Pisa, 15 de fevereiro de 1564 — Florença, 8 de janeiro de 1642) foi um físico, matemático, astrônomo e filósofo italiano que teve um papel preponderante na

Galileu desenvolveu ainda vários instrumentos como a balança hidrostática, um tipo de compasso geométrico que permitia medir ângulos e áreas, o termômetro de Galileu e o precursor do relógio de pêndulo. O método empírico, defendido por Galileu, constitui um corte com o método aristotélico mais abstrato utilizado nessa época, devido a este Galileu é considerado como o "pai da ciência moderna".

Baseado no termoscópio, inventado por Galileu Galilei no começo do século XVII, o termômetro, que hoje um objeto de decoração de rara beleza chamado de termômetro de Galileu. É um termômetro simples e razoavelmente preciso. O termômetro de Galileu consiste de um tubo de vidro selado, preenchido com água e várias bolhas flutuantes. As bolhas são esferas de vidro cheias de uma mistura líquida colorida. Esta mistura líquida pode conter álcool ou pode ser só água com corante.

As fotos seguintes são do meu presente, que agora enfeita meu foyer onde está a lareira.

Cada bolha tem uma pequena etiqueta de metal que indica a temperatura. Na etiqueta estão gravados um número e um símbolo de grau. Estas etiquetas de metal são, na verdade, contrapesos calibrados. O peso de cada etiqueta é ligeiramente diferente dos outros. Já que as bolhas são todas de vidro soprado, elas não têm exatamente o mesmo tamanho e formato. As bolhas são calibradas acrescentando-se uma determinada quantidade de fluido a elas de modo que tenham exatamente a mesma densidade. Depois que as etiquetas pesadas são presas às bolhas, cada uma difere ligeiramente na densidade (proporção entre massa e volume) das outras e a densidade de todas elas é muito próxima à densidade da água circundante.

Um objeto imerso em um fluido sofre a ação de duas forças principais: a atração da gravidade, no sentido descendente, e o empuxo, no sentido ascendente. É a força da gravidade que faz este termômetro funcionar.

A ideia básica é que, à medida que a temperatura do ar fora do termômetro muda, também muda a temperatura da água em volta das bolhas. Quando a temperatura da água muda, ou ela expande ou se contrai mudando a sua densidade. A uma determinada densidade, algumas bolhas vão flutuar e outras vão afundar. Dentro as que flutuam a que fica mais abaixo (na última foto 30ºC) indica a temperatura do momento.

Como se pode inferir meu presente é bonito e tenho porque curtí-lo. Com votos de terça-feira com temperaturas mais amenas, a expectativa de nos lermos amanhã, e nos próximos cinco dias, desde Buenos Aires. Hasta la vista, entonces.