Porto Alegre Ano 5 # 1504 |
O ciclone extratropical bandeou-se para o Atlântico. Mesmo que danoso, sempre parece poético seu nome. Manhã mais fria hoje: em torno de 10ºC.
O Brasil tem mais de 50 milhões de automóveis circulando e é difícil imaginar que todos fiquem na garagem. Mas a data é oportunidade de repensar o uso do carro de passeio como meio de deslocamento, dentro de esforço global. Aliás, os fabricantes de automóveis deveriam repensar o modelo proposto. Ele é essencialmente o mesmo que o físico neozelandês Ernest Rutherford (1871 - 1937) conheceu em uma exposição em Londres há um pouco mais de 100 anos e escreveu para sua mãe na Nova Zelândia: “Vi hoje uma carruagem que desenvolve a fantástica velocidade de 20 km/h e não precisa cavalos”. Aquele que em 1911 viria propor um modelo de átomo nuclear conhecia o invento do industrial estadunidense Henry Ford (1863 - 1947): o Modelo T, movido por um motor de quatro cilindros, datado de 1908. Desde então o protótipo da carruagem, burramente, continua sendo seguido.
O evento começou em 1997, na França, e ganhou o mundo nos últimos 12 anos, com o objetivo de servir de alerta para reduzir as emissões de gás carbônico, um dos seis gases mais poderosos do efeito estufa. O movimento chegou ao Brasil em 2001. Desde então vem se espalhando pelo mundo, ganhando a cada edição mais adesões nos cinco continentes. E a proposta é, exatamente, deixar o carro em casa e se deslocar - para o trabalho ou para qualquer outra atividade - utilizando formas alternativas de transporte com menor impacto ambiental, como o transporte coletivo, a bicicleta ou mesmo indo a pé. Assim, diminui-se a quantidade de veículos nas ruas e reduz-se os congestionamentos - e a poluição por tabela. A bicicleta é o símbolo desse movimento.
Trata-se de um manifesto-reflexão sobre os gigantescos problemas causados pelo uso intenso de automóveis como forma de deslocamento, sobretudo nos grandes centros urbanos, e um convite ao uso de meios de transporte sustentáveis - entre os quais se destaca a bicicleta.
A proposta do Dia Mundial Sem Carro é que as pessoas deem três passos simples: 1)Passem um dia sem carro; 2) Observem de perto o que acontece em sua cidade nesse dia; 3) Reflitam pública e coletivamente sobre o que mudou e o que pode ser feito a partir de então.
Algo que surpreende hoje, é o quanto muitas cidades têm problemas de transito. Ainda, há uma semana, às 7h da manhã, não encontrava lugar para estacionar, na pacata Estrela, para chagar a Maternidade onde nascia meu neto.
Vamos tentar fazer da próxima quarta-feira, um dia diferente: um dia sem carro. E que hoje seja um dia muito bom.
ficarei de fora desta... :(
ResponderExcluirpois nem carro tenho para aderirir... Mas divulgarei a proposta e tentarei fazer meu pai "ir a pé",
e, sim, que hoje seja um dia muuuito bom!
ah, será um sonho receber a Filosofia dos Sonhos! :D
Marília querida,
ResponderExcluirnão estás fora, mesmo sem carro enquanto divulgares a campanha,
O Planeta agradece tua oportuna adesão.
Um afago
attico chassot