23.- Uma palinóloga, também ficcionista

Brasília Ano 4 # 1450

Esta é segunda das quatro blogadas desde Brasília. Trago uns respingos de ENEQ, pois, assunto maior esta em pauta. Ontem foi o primeiro dos três dias completos do evento, que continua hoje e se encerra na noite de amanhã; Uma marca deste encontro brasiliense é sua extensão. Deixamos o hotel às 8h e era 23h30min quando regressamos. Pela manhã das 08h30min às 10h30min ocorre atividades exclusivas para os convidados. Ontem nesse espaço tivemos duas palestras. A primeira pelo Prof. Dr, Yury Orlik, um russo que vive em Pasto na Colômbia que é diretor do Journal of Science Education, que trouxe indicadores do ensino de Ciências no mundo. Na segunda, Prof. Dr. Eduardo Mortimer, da UFMG fez análise do ensino de Ciência no Brasil. Para mim foi muito grato velo trazer extensa colocação do meu livro (esgotado) Catalisando transformações na Educação (1993) como portador de análises já trazidas há quase 20 anos. Das 11h às 13h30min ocorrem as sessões de comunicações orais. Dentre as 12 com 6 trabalhos cada, assisti aquela de linguagem na sala de aula.

Os convidados almoçaram em uma academia de tênis. E aqui um comentário lateral. Nesses encontros algo muito frutífero são os encontros pessoais. Almocei com o professor Yuri, e com os editores da Revista Educació Química da Societat Catalana de Química, de Barcelona, Profs. Drs. Aureli Caamaño e Fina Guitart. Do almoço voltamos direto para o recém inaugurado prédio da Fundação Oswaldo Cruz para os minicursos. Eu sou responsável por dos 25 que ocorrem, das 15h às 17h em paralelos: A História e a Filosofia da Ciência: Catalisando Propostas Transdisciplinares. Havia cerca de 50 participantes, a maioria professores universitários.

Das 15h às 20h houve visitação a pôsteres, sessões de temas de debates e atividades culturais, estas na Escola de Ensino Fundamental que sedia parte do evento. Não participei destes segmentos, permanecendo na livraria autografando livros e na sala VIP descansando.

Das 20h às 21h30m participei de uma das 4 sessões de palestras conjuntas: Ensino de Química: História e Filosofia da Ciência, na Formação e na Sala de Aula, juntamente com o Prof. Dr. Hélder Eterno da Silveira (Universidade Federal de Uberlândia). Falamos para cerca de 100 pessoas que se mantivera atentas ate o final, em uma tenda de lona.

Voltamos de ônibus ao hotel, onde jantei com os colegas catalães Aureli e Fina e a Prof. Dr. Maria de Fatima Paixão, da Universidade de Aveiro, que se diz há muito minha leitora, referindo-se especialmente ao Alfabetização científica: questões e desafios para a Educação . As três fotos são: a primeira: das dezenas fotos que tirei com participantes do evento: a a segunda, registra o encontro com Thaiza Montine, uma querida professora de Goiânia, editora de QUIMILOKOS - De Químico e Louco todo mundo tem um pouco! quimilokos.blogspot.com/ de um dos blogues mais respeitados e também muito frequente comentarista deste blogue. Ao chegar ao apartamento ainda respondi mensagens. A terceira evoca a janta antes referida.

Mas para esta blogada anunciara que teria algo além do ENEQ. Eis um destaque muito especial.

Hoje, quisera estar em Porto Alegre, para as 19h30min, estar na Livraria Cultura do Bourbon Shopping Country, para celebrar o lançamento do livro ‘Tempus fugit’. A autora é minha muito querida amiga e ex-aluna Adriana Rost Rossi. Uma geóloga e paleontóloga, doutora em Geociências (Unisinos 2008), especializada em palinologia; possui diversos trabalhos publicados na área científica ao longo dos anos. Quem desejar saber mais sobre uma pesquisadora envolvida com microfósseis visite www.adrianarossi.com/homePaleo.php onde as crianças poderão encantar-se na PaleoKids.

Apaixonada por literatura desde criança começou a escrever este livro de estreia, em paralelo a seus estudos, sobre assuntos que despertaram interesses pessoais, fazendo disto um hobby inspirador, também para suas pesquisas com microfósseis orgânicos, quando se dedica ao estudo da constituição, estrutura e dispersão do pólen e esporos de exemplares fossilizados.

Há um tempo, quando Adriana ainda era doutoranda, tive o privilégio de ser um dos pré-leitores do livro, ainda em sua versão em lapidação (palavra muito apropriada ao fazer de uma Geóloga).

Então conheci uma trama intrigante. Ao encerramento do Projeto Scanate, depois de anos de pesquisa do governo estadunidense, apenas um sucesso na área de espiões psíquicos. Trata-se de Victoria Giovanna Tosca, uma garota testada e recrutada para trabalhar na CIA, por suas habilidades psíquicas especiais. Junto com seu parceiro Thomas, sob o pseudônimo de agente Maya e Wolf, a dupla arrisca-se nas mais diversas missões ao redor do mundo. Entretanto, a vida da agente Maya da CIA é brutalmente afetada quando um traidor aparece entre as poucas pessoas que sabem da verdadeira identidade da espiã revelando-a para os russos. Junte a isso, o reaparecimento de sua mãe biológica, uma atriz famosa, que a reencontra depois de 24 anos e que deseja apresentá-la aos fãs. Com a ajuda de Wolf, de uma ex-hacker, hoje agente do FBI, Danielle Duran, e de sua recém descoberta família, a espiã Maya irá viajar para a América do Sul em busca do suposto traidor que a ameaça com e-mails contaminados por um vírus contador que, se não desativado, detona um míssil apontado para alvos específicos em diversos países. Nessa aventura, os dons psíquicos de Maya serão a chave para desvendar uma trama de espionagem, ação e traição.

ROSSI, Adriana Rost. Tempus fugit. Multifoco / Selo Anthology. 379 p. ISBN: 978-85-7961-127-8. 2010.

Desde Brasília, já ensolarada e seca votos de que esta sexta-feira seja a mais apetecível. Amanhã nos leremos provavelmente daqui. Até então.