sábado, 17 de julho de 2010

17.- O Pequeno Príncipe

Porto Alegre Ano 4 # 1444

O frio que se esvai, com vagar, é substituído pela chuva. A sexta-feira foi extensa e saborosa. O almoço com o trio ABC+Pedro foi de celebração do estar juntos. À noite, depois de um primeiro e produtivo encontro com Ana Elizabeth, uma das três orientandas que assumo em substituição ao Atos, tive um desafiante encontro com os alunos do Seminário da Marlis e do Ygor no Mestrado Profissional de Reabilitação e Inclusão. Acredito que tenha conseguido mostrarum pouco de como colocar ideias, no fazer aquilo que Pablo Neruda ensina: “Que escrever é fácil, basta começar com uma maiúscula e terminar com um ponto. No meio se coloca as ideias.”

Um sábado de falar em livro. Hoje não é dica de leitura, pois o livro que já está anunciado na portada todos conhecem. Muito provavelmente não há entre meus leitores que já não o tenha lido O Pequeno Príncipe e muitos saberão mencionar excertos do mesmo, tal qual um evangélico proclama versículos bíblicos ou um islâmico recita suratas. Quem já não citou / ouviu citada frases como “Tu te tornas eternamente responsável por aquilo que cativas” ou “Amar não é olhar um para o outro, é olhar juntos na mesma direção”.

Na quinta-feira, ao referir aqui o 11º aniversário da Maria Antônia, disse que estava curtindo por demais o presente para ela. É também o presente que levaremos para a Ana Lúcia, em nossa viagem esta manhã à Estrela para festejar o aniversário do Eduardo, que também acaba de conquista o título de especialista em Implantes dentários, depois de extenso curso.

Pois a Maria Antônia recebeu e a Ana Lúcia recebe uma edição de O Pequeno Príncipe em pop-up tem ilustrações, em três dimensões, que parecem saltar do papel. As imagens são lindas aquarelas do autor, que estão na edição original e o texto é aquele integral do clássico O Pequeno Príncipe. Em www.opequenoprincipe.com.br dá para ter uma pequena ideia destas ilustrações. A editora é a Agir/Desiderata. A obra de arte mede 20,5 X 29,0 cm, 72 p. ISBN. 9788522010219. O livro pode ser encontrado na ‘Book Garden’ [Loja do 12 do campus central do Centro Universitário Metodista - IPA, com tele-entrega pelo fone 3388-4360 ou info@bookgarden.com.br]

Le Petit Prince, conhecido como O Principezinho em Portugal e O Pequeno

Príncipe no Brasil, é um romance do escritor francês Antoine de Saint-Exupéry publicado em 1943 nos Estados Unidos. A princípio, aparentando ser um livro para crianças, tem um grande teor poético e filosófico. É o livro francês mais vendido no mundo, cerca de 80 milhões de exemplares, e entre 400 a 500 edições. Talvez se trate da segunda obra literária (sendo a primeira a Bíblia) mais traduzida no mundo, tendo sido publicado em 180 línguas ou dialetos.

Em Portugal, "O Principezinho" integra o conjunto de obras sugeridas para leitura integral, na disciplina de Língua Portuguesa, no 2º Ciclo do Ensino Básico. No Japão há um museu para o personagem principal do livro, um jovem sonhador de cabelos louros e cachecol vermelho.

Antoine-Jean-Baptiste-Marie-Roger Foscolombe de Saint-Exupéry (29 de junho de 1900, Lyon - 31 de julho de 1944, Mar Mediterrâneo) foi um escritor, ilustrador e piloto da Segunda Guerra Mundial, terceiro filho do conde Jean Saint-Exupéry e da condessa Marie Foscolombe.

Apaixonado desde a infância pela mecânica, estudou a princípio no colégio jesuíta de Notre-Dame de Saint-Croix, em Mans, de 1909 a 1914. Neste ano da Primeira Guerra Mundial, juntamente com seu irmão François, transfere-se para o colégio dos Maristas, em Friburgo, na Suíça, onde permanece até 1917. Quatro anos mais tarde, em abril de 1921, Antoine inicia o serviço militar no 2º Regimento de Aviação de Estrasburgo, depois de reprovado nos exames para admissão da Escola Naval.

A 17 de junho de 1921, obtém em Rabat, para onde fora mandado, o brevê de piloto civil. No ano seguinte, já é piloto militar brevetado, com o posto de subtenente da reserva. Em 1926, recomendado por amigo, o Abade Sudour, é admitido na Sociedade Latécoère de Aviação, onde começa então sua carreira como piloto de linha, voando entre Toulouse, Casablanca e Dacar, na mesma equipe dos pioneiros da aviação francesa;

A partir de 1932 dedica-se ao jornalismo, realizando reportagens no Vietnã em 1934, em Moscou, em 1935, Espanha em 1936, que irão alimentar as suas reflexões sobre os valores humanistas que ele desenvolveu em Terra dos homens, publicado em 1939. Em 1939, foi convocado para a Força Aérea e servindo em um esquadrão de reconhecimento aéreo. No Armistício, ele deixou a França foi para Nova York e se tornou a principal voz da Resistência.

O Pequeno Príncipe, escrito em Nova York durante a guerra, é publicado com

aquarelas produzidas por Sain-Exupéry, em 1943, em Nova York e em 1945 na França

Faleceu durante uma missão de reconhecimento sobre Grenoble e Annecy, durante ações da Segunda Guerra mundial, sendo considerado herói que morreu pela França. Em 2004, os destroços do avião que pilotava foram achados a poucos quilômetros da costa de Marselha. Seu corpo nunca foi encontrado. Em 2008, o piloto alemão Horst Rippert, aos 88 anos, assumiu, em entrevista para o jornal francês La Provence, ser o autor dos tiros responsáveis pela queda do avião: Podem deixar de buscar. Fui eu que, abateu o avião de Saint-Exupéry. Só soube depois que se tratava do escritor. Desejaria que não fosse ele, porque na minha juventude, havia lido seus livros e o adorava, disse ter lamentado a morte de Saint-Exupéry.

Para um sábado chuvoso, como terão um número significativo de meus leitores gaúchos não há melhor voto a eles e todos: à leitura. Talvez até remexer na biblioteca e reencontrar aquele exemplar do ‘O pequeno Príncipe’ já um pouco roto pelos anos. Nesse gostoso fazer também um convite para um encontro, aqui, amanhã.

10 comentários:

  1. Mestre Chassot! Me fiz pleno de saudade dessa que foi uma das minhas primeiras leituras, no momento em que li tua blogada. Realmente algumas coisas merecem o remexer de nosso bau de memorias. E o Pequeno Principe é uma dessas coisas. O inverno que nos torna mais caseiros é propicio para releituras. Vou aceitar a sugestão. Um bom final de semana. JB

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  2. Meu caro Jairo,
    obrigado por desde as barrancas do Cacequí te reenterneceres com sempre emocionante “O Pequeno Príncipe”
    Um bom invernoso fim de semana
    attico chassot

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  3. Caro professor, é com alegria que leio sua blogada, me recordo dos tempos de 6ª série, onde fui apresentada a essa obra, e a tenho guardada até hoje. Realmente um dos livros que toda criança e adolescente deveriam ler quando apresentados à leitura...uma abraço professor...

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  4. Muito querida Indiamara,
    primeiro um exultante obrigado por prestigiares essa blogada com teu comentário. Realmente ‘O Pequeno Príncipe’ mexe com fortemente com nossos baús de vocações.
    Um muito bom domingo e apareça aqui com teus comentários preciosos.

    attico chassot

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  5. Querido Attico,

    É com imensa satisfação que visito seu blog pela primeira vez. E visitando seu blog me dou conta que tive o privilégio de saber em primeira mão o conteúdo da blogada deste sábado, nosso querido Pequeno Príncipe. Excelente sugestão de leitura!
    Abraços,
    Anna Ordobás

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  6. Muito querida Anna,
    muito me alegra que tenhas feito tua primeira visita este blogue. Foi gratificante a fala que tivemos no seminário na noite de sexta-feira, Ganhei pelo menos uma leitora.
    Aparece de vez em vez,
    um afago e até amanhã
    attico chassot

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  7. O Grande Pequeno Príncipe!!!! Merece ser relido a cada 10 anos!!! cada década uma leitura diferente! Já experimentaste fazer isso? Fiz com outro livro infanto-juvenil: Os meninos da Rua Paulo. Nossos olhos não lêem o mesmo livro quando lemos a cada 10 anos! e olha que ele fica escrito sempre do mesmo jeito!
    Parabéns pelo Blog e pela dica!!!!
    Ygor

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  8. Meu querido Ygor,
    realmente Heráclito tem razão: não tomamos duas vezes banho no mesmo rio. Cada leitura é outra. Fico muito honrado que meu amigo tenha chegado ao meu blogue. Ontem, pensei em mandar-te uma chamada, para que tu, aficionado por futebol, para leres o saboroso escrito de Eduardo Galeano na edição de ontem. Foi o melhor texto sobre a Copa que li.
    Um afago especial e dizer que aprendi muito contigo nos seminários que participamos juntos no Mestrado Profissional de Reabilitação e Inclusão, especialmente o de sexta-feira última.
    Vou sentir saudades.
    Vamos nos reencontrar
    attico chassot

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  9. Oiii

    Gosto de ferir as folhas de papel, com poemas e ouso até algumas escritas sempre trazendo algo meu para o mundo. Tenho rabiscado algumas páginas de um romance, e encontrei no blog informações valiosas sobre "O Pequeno Principie" livro que marcou minha vida.

    Obrigada

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  10. Estimada Júlia / Lira,
    confirmas uma vez mais a que blogada velha não é como jornal de ontem: só serve para enrolar peixe.
    Numa remota blogada sabatina (sábado este blogue traz dicas de leitura) O Pequeno Príncipe te reavivou histórias.
    Apareça de vez em vez e obrigado pelo comentário nesta tua visita de estreia neste blogue;
    Um afago
    attico chassot

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