segunda-feira, 1 de março de 2010

01* De novo em Ålborg

Ålborg Ano 4 # 1306




Se ontem iniciei a blogada manifestando minha tristeza pelas centenas de vítimas – especialmente chilenas – ante os cataclismos (algo lateral, sempre tinha essa palavra como cataclisma) do Planeta, hoje tomo luto pela morte do maior bibliófilo brasileiro José Mindlin. Ele morreu na manhã de ontem aos 95 anos e foi enterrado na tarde deste domingo no Cemitério Israelita da Vila Mariana, em São Paulo. O empresário bem sucedido pode ser engrandecido de diferentes maneiras: como doador para a USP de cerca de 40 mil volumes da biblioteca que começou aos 13 anos ou protetor de perseguidos políticos no período da repressão. Guardo dele uma recordação muito especial. Em 2005, depois de ele falar no Simpósio sobre Colecionismo no Instituto Goethe em Porto Alegre tive-o como assistente de minha fala acerca de diários como forma de colecionismo; depois escreveu em página do meu diário.

Estou de novo em Ålborg. Ao chegarmos ao aeroporto se anunciava temperatura de +2ºC. Quando aguardávamos o ônibus além do esperado, pois um problema insólito na esteira de bagagem exigiu a entrada de três troleis na sala, com os passageiros avançando na buscando suas malas, lembramos os –14ºC da manhã de embarque. Chegamos à cidade com uma paisagem diferente, mesmo que houvesse muito neve. Esta manhã estava +1º e viemos a universidade com uma nevada.

Escrevo mais uma vez de minha sala na Ålborg Universitet. Já passava das 21h ontem quando chegamos, depois de quase cinco dias ao ‘nosso apartamento 102’ da residência dos professores visitantes da AAU. Foi um pouco voltar a casa depois dos dias gostosamente fruídos em Copenhagen.

Começo hoje a terceira e última semana escandinava. Na próxima segunda-feira estarei chegando à Porto Alegre. É a mais densa, pois amanhã tenho a minha fala principal aqui.

Depois dos relatos que já fiz aqui dos quatro dias anteriores na capital, cabe hoje um comentário do dia de ontem, que foi excelente e teve algo original e completamente imprevisto. Fomos cedo ao desjejum. Este, como nos três dias anteriores, teve como entrada saborosas postas de salmão, algo exótico para nossos cafés da manhã.

Deixamos o hotel depois da 10h, já com check-out realizado, mas as malas deixadas na portaria. Primeiro fizemos um lindo passeio turístico em um pequeno ônibus elétrico – com a legenda Hopenhagen – que faz um circuito pelos pontos de destaque na cidade. Duas vantagens desta opção: 1) se usa os mesmos tíquetes do metrô/trem/ônibus como que compráramos; 2) como passa um ônibus deste a cada seis minutos de pode descer e circular pelo local elegido e se não se completou uma hora, tomar com o mesmo passe outro ônibus













Terminado o tour fomos a Central Station parFizemos uma parada junto a dos muitos canais que de Copenhagen. Na foto pode ver o canal em processo de degelo com uma ave aproveitando uma ilha. Nas demais algumas ilustrações de uma das paradas.

a comprar passagens para irmos a Roskild para visitar o museu Wiking . Fomos informados que por questão de segurança os trens desta linha estavam suspensos. Fizemos um programa alternativo. Fomos ao hotel, buscamos as malas e rumamos ao aeroporto onde as depositamos e ...

fomos a Malmö na Suécia que fica apenas 20 minutos de terem do aeroporto. Era nosso aperitivo do próximo fim de semana que será em Estocolmo.

Malmö ou Malmø é a capital da província de Skåne. Conta com uma população de quase 300 mil habitantes número que dobra se for considerada a região metropolitana, incluindo a cidade de Lund, sendo deste modo a terceira cidade mais populosa do país. O estreito de Öre (Öresund) separa Malmö da cidade de Copenhagen. A sua travessia oferece um lindo espetáculo e consume cerca da metade do percurso de 20 minutos em trem.

Ficamos cerca de 3 horas naquela que foi uma das primeiras e mais industrializadas cidades da Suécia. Mas estávamos em outro país, com outra língua, outra moeda, outra bandeira. Não é messe tempo fugaz que se vai fazer inferências. Duas fotos nossas desde a Suécia, de momentos que percorremos numa tarde de domingo sem sol e com neve de alguns dias derretendo, com parte do comércio muito fino aberto.


Merece destaque a visita feita a imponente igreja gótica de São Pedro, construída no século 17. Tomamos um gostoso café e voltamos à estação de trem para retornar atravessando o Öresund.

Tomamos nossas malas e ônibus fomos do terminal 2 ao terminal 1 para retornar à Ålborg . Agora daqui desejo uma feliz segunda-feira nesta abertura de março.

2 comentários:

  1. Mestre Chassot, não querendo ser um pessimista brasileiro, mas é gritante a diferença da ifra-estrutura de um país de primeiro mundo como a Dinamarca e de um país em desenvolvimento, como o nosso.

    As passagens de ônibus são cada vez mais altas, beirando ao ridículo, e aí, com o mesmo ticket, pode-se viajar de trem ou ônibus, e o bilhete ainda é válido para outro transporte em um período de uma hora.

    Oxalá houvesse esse tipo de iniciativa em nossa terra tupiniquim.

    Ótimo dia.

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  2. Meu caro Marcos,
    realmente uma das mais significativa diferenças aqui é o quanto o transporte coletivo é estimulado contra o transporte individual. Este apenas a bicicleta tem estímulo. Outro paradoxo – este anti-ecológico – é ser o avião mais barato que o trem. O conforto dos trens custa caro, considerado o desconforto cada vez maior dos aviões.
    Uma muito boa terça-feira
    attico chassot

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