quinta-feira, 25 de fevereiro de 2010

25* Agora desde a memorável Copenhagen

Copenhagen

Ano 4 # 1302

Estamos em Copenhagen, a capital e a maior cidade da Dinamarca. Como escrevi ontem, deixamos Ålborg com temperatura de 14 graus abaixo de zero. A funcionária da companhia área que fez nosso check-in contou que quando chegou ao aeroporto estava -19,5ºC. Mesmo os dinamarqueses estão surpresos com continuadas temperaturas tão baixas. Não é diferente a situação de brasileiros que vivem nesse verão temperaturas acima das médias usais.

Viemos à capital numa ampliação de nosso segundo fim de semana, que acoplamos a um recesso escolar de inverno. Ficamos aqui até domingo, com uma expressiva agenda. O voo de 45 minutos que nos trouxe atrasou devido ao mau tempo. Do moderno aeroporto viemos de trem – não sem viver desafios para comprar bilhetes de uma máquina – até a Estação Central, em apenas 15 minutos. O hotel que tínhamos reserva é próximo da estação, muito bem situdado. Depois de uma rápida chegada no mesmo, eu, ciceroneado pela Gelsa que aqui já esteve várias vezes, entrava densamente em contato com a cidade. Estava agora no centro da capital que ontem celebrizara pelo encontro histórico e incógnito, entre Bohr e Heisenberg, enquanto cidade ocupada pelos nazistas durante a Segunda Guerra Mundial.

No último dezembro muitas das blogadas tiveram cenários daqui enquanto comentava a COP-15 – Conferência sobre Mudanças Climáticas da ONU, e nos angustiávamos entre o melhor apelido para Copenhague é "Flopenhague" (de "flop", ou fiasco, em inglês). Outros preferem "Hopenhague" – de "hope", esperança. Lamentavelmente ficamos com o resultado se pareceu mais com o primeiro dos adjetivos.

Copenhaga (português de Portugal) ou Copenhague (português brasileiro) (em dinamarquês København, que significa "porto do mercador") é a capital e maior cidade da Dinamarca, com uma população urbana de cerca de 1,2 milhão de habitantes e uma população metropolitana de cerca de 1,9 milhão habitantes. Copenhagen situa-se nas ilhas da Zelândia e Amager.

Os primeiros registros da cidade são do século 11, Copenhague tornou-se a capital da Dinamarca no início do século 15, e durante o século 17, sob o reinado de Cristiano IV, tornou-se um importante centro regional.

Copenhague é um importante centro regional de cultura, negócios, mídia e ciência. Ciências da vida, tecnologias de informação e de navegação são importantes setores de pesquisa e desenvolvimento que desempenham um papel importante na economia da cidade. É evidente que não é em um fugaz passeio sob temperatura de -5ºC – que ao entardecer se tornou menos suportável quando um vento gélido parecia penetrar nos casacos – que se apreende uma metrópole de mais de 1 milhão de habitantes.

Talvez, o que primeiro me chamasse a atenção foi a beleza e a imponências dos prédios (palácios, igrejas, edifícios públicos, bancos...). Trago um registro fotográfico: o City Hall (a Prefeitura da cidade), que pode ser colocado como marca da arquitetura de muitas construções da área conheci ontem.

Copenhague tem sido repetidamente reconhecida como uma das cidades com melhor qualidade de vida do planeta e em 2008 foi apontada como a cidade mais habitável do mundo. Também é considerada uma das cidades mais ecológicas do mundo, com a água no interior do porto da cidade sendo tão limpa que pode ser usada para a natação. Cooptados por tal continuado apelo ecológico – no quarto do hotel a lixeira tem três divisões plásticos /orgânicos /papel) – almoçamos em um restaurante que diz que na elaboração de seus pratos há continuados cuidados com o Planeta.

Nesta dimensão de cuidado com o ambiente há algo que chama atenção. O número de ciclistas presentes: 36% de todos os cidadãos vão bicicleta ao trabalho todos os dias. A foto mostra um dos muitos estacionamentos presentes em diferentes pontos.

Quando retornávamos ao hotel me surpreendia com muitos grupos de ciclistas aguardando o sinal para prosseguir suas marchas.

A Dinamarca é celebrizada internacionalmente pelo seu arrojado design. Há museus especializados nisso. Mas, aderindo a uma sugestão gélsica, vimos o que tem de mais audacioso e contemporâneo em nosso passeio pelas ruas reservadas a pedestres do centro da cidade, especialmente no que é conhecido como Bairro Latino. Assim admiramos a produção de designers dinamarqueses de roupas, jóias, utilitários domésticos, relógios, cutelaria... em alguns magazines modernos que ocupam prédios centenários cuidadosamente preservados, como a grandiosa ILLUMS BOLIGHUS. Ali nos chamou a atenção, em especial, o espaço designado a Nicolai Bergman, um dinamarquês que hoje tem grande prestígio no Japão, com sua escola International School of Florestry, focada em design de flores, e três lojas e que só ais recentemente abriu esta em Copenhagen. Vimos ali composições de flores naturais e desidratadas de uma beleza indescritível. Recomendo a visitação de www.nicolaibergmann.com , um sítio trilíngue no qual podemos nos encantar com sua arte e seus originais trabalhos, alguns dos quais vimos sendo elaborados.

Isso foi um pouco de minha estreia na acolhedora capital do Reino da Dinamarca. Desejo aqueles que acompanham esse périplo escandinavo uma muito boa quinta-feira. A esses votos adito o convite para nos lermos aqui de Copenhagen amanhã.

2 comentários:

  1. Mestre Chassot, a temperatura aqui no Rio Grande do Sul caiu bastante. Há locais com temperaturas mínimas de um dígito, como São José dos Ausentes, que registrou 8º nessa madrugada. É um frio inesperado, porém bem-vindo.

    Ótimo dia.

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  2. Meu caro Marcos,
    realmente aí está as contradições: depois de temperaturas elevadas no verão, agora o Rio Grande do Sul, em pleno verão quase rivaliza com o hemisfério Norte, tendo uma temperaturas iguais aquelas de muitas cidades daqui.
    Como só estou te lendo na sexta-feira, desejo que essa seja a melhor.
    Com agradecimentos
    attico chassot

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