Sobre um blogue de cara (e nome) novos

Edições de 30JUL2006 a 30NOV2009 em achassot.blog.uol.com.br/
Porto Alegre Ano 4 # 1230

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Antes de adentrar no assunto central da edição de hoje, é necessário que registre que ontem à noite, depois das aulas com a Licenciatura em Filosofia, como narrei aqui acerca da noite da última terça-feira, participei de banca para avaliação dos relatórios de estágio de três alunos do curso de licenciatura em Música do Centro Universitário Metodista IPA. Foi meu parceiro nessa gratificante atividade o Professor e renomado Músico Paulo Dorfman. Assistimos primeiro o trabalho do Alexandre Semensato Mendes, orientado pela Profª Cláudia Maria Freitas Leal. Após, assistimos os relatos dos formandos Gustavo Onofre da Rosa e Jáderson Alencar Lara estes dois orientandos da Profª Me. Nisiane Franklin. As referências que fiz aqui no último dia 9, ao quanto esses alunos são transformados em educadores musicais, nessa licenciatura deve ser aqui ratificada uma vez mais. Acredito no significado de uma Licenciatura com uma formação que confere a músicos as dimensões de educadores musicais.
Depois deste preâmbulo vou à proposta desta edição. Desde duas semanas esse blogue está tendo a maior transformação nos seus quase 3,5 anos de existências. Desde seu começo singelo, em 30 de julho de 2006, muitas tentativas de aperfeiçoamento foram sendo feitas. Mais recentemente estas eram barradas pelas continuadas dificuldades de postagem. Por tal no último dia 1º, com a preciosa ajuda do Jairo Brasil, fiz uma migração da Uol para o blogspot. O resultado meus leitores têm acompanhado. Nesse período aperfeiçoamentos estão sendo feitos. Parece não haver dúvidas que a nova formatação melhorou significativamente o visual.
A desvantagem é que persistem as dificuldades de postagem de comentários dos leitores. A sugestão por ora parece não ser outra: abrir uma conta no Gmail. Mesmo os portadores de conta têm uma perda em relação ao sistema anterior. Agora não se solicita o endereço eletrônico do autor do comentário. Assim no tenho mais a condições de enviar cópia do comentário que eu adito.
O blogue com cara nova requer algumas reflexões e revisões. Preciso (re)olhar, uma vez mais com meus leitores a proposta de manter uma edição diária. São muito bem-vindas sugestões.
Aproveito essa edição para olhar um pouco o que venho fazendo para continuar com o objetivo maior deste blogue: fazer alfabetização científica. Uma primeira sugestão nessa nova configuração é fazer edições menores.
As edições diárias por ora têm perfis diferenciados, mas têm um fio condutor: a presença constante de um discreto diário. Parece-me, mesmo quando vá falar de um assunto acadêmico mais árduo, é preciso dar a cada edição uma marca pessoal e contextualizar no cotidiano. Esse cunho pessoal tem duas faces: de um lado, uma dose (aqui confessada) de exibicionismo do bloguista, e outra, certo voyeurismo dos leitores; essas duas faces são como nos programas do tipo Big Brother. Os blogues se extravasam, ou melhor, se deleitam nessas duas faces.
Talvez pelo fato de no meu caso o bloguista ser um professor com certa inserção nacional, há certa tietagem bimodal. Essa marca do pessoal pode ser um discreto comentário meteorológico, algo sobre a agenda do dia ou relato de detalhes do local de onde está sendo feito a blogada. Assim, parece válido manter diferentes perfis cotidianos, que podem ser assim desenhado:
A) Diário de um mestre-escola: [a modo de agenda eletrônica] conto das aulas que vou dar (falo da preparação das mesmas)/que dei (comento sucessos ou frustrações), mostro avaliações aplicadas e suas correções, comento desafios pedagógicos. Detalhar as atividades que faço com o grupo tem oferecido, no comentário insuspeito de alguns leitores, alternativas para professoras e professores fazer algo semelhante em suas salas de aula. Por serem esses os profissionais que acredito ser meu público mais fiel, tenho buscado um maior adensamento nesse primeiro perfil.
B) Diário de viagem: narro minhas viagens, usualmente a trabalho. Assim, quando em julho de 2008 estive em Pedras de Fogo, que, provavelmente, nenhum de meus leitores sabia onde era, estes viajaram comigo cerca de 6 mil quilômetros em menos de dois dias. Minhas viagens de férias ganham espaços e têm consequências: um médico de Porto Alegre, que não me conhecia, um dia escreve-me uma mensagem em que dizia que incluíra a Croácia e a Eslovênia em seu roteiro pelo que leu acerca de minhas andanças nesses dois países em fevereiro de 2008. Também foi bom registrar meu périplo recente de 12 dias na Colômbia. Vale referir que nestes quase 3,5 anos já foi postado em 71 cidades diferentes: 24 no Rio Grande do Sul; em 30 cidades (de 13 outros estados do Brasil); e 17 de 11 outros países.
C) Divulgação da Ciência: esta tem sido uma das minhas preocupações maiores. Exemplifico: nesse 2009, no entorno da recordação dos 200 anos do nascimento de Darwin, associado aos 150 anos da primeira edição do livro A origem das espécies, houve várias edições darwinianas com discussões especiais acerca de criacionismo versus evolucionismo. Também o AIA-2009 Ano Internacional Astronômico, na celebração dos 400 anos da primeira observação com telescópio por Galileu catalisou várias blogadas. Em outubro, quando do anúncio dos laureados com o Prêmio Nobel, o assunto merece destaque. Mais recentemente poderia referir o atual privilegiamento da COP-15 em sucessivas edições.
D) Atenção aos assim chamados formadores de opinião. Na defesa dos movimentos sociais – tidos, muitos vezes, como inimigos por alguns –, por tal tem havido sucessivas edições em defesa do MST. Muito cedo, leia-se com quase pioneirismo, houve posicionamentos, marcados por argumentação assentada em estudos contra o assim chamado “reflorestamento” que transforma a metade Sul do Estado em “desertos verdes”.
E) Um espaço de resenhas [uma maneira de fazer ciberliteratura e de motivar a leitura de livros] Recebi de um assíduo leitor a sugestão de reservar uma edição semanal para resenha. Há alguns meses isso tem ocorrido nas blogadas sabatinas. Não tenho significativo retorno da oportunidade sugestão do historiador Marcos Bastos, que acrescentou uma exigência a mais para o bloguista.
F) Um local para mostrar o que guardam os baús. Como tenho amealhado diários completos de algumas décadas e por estar preparando um livro para celebrar meus 50 anos como professor em 2011, o blogue tem sido mais recentemente um local para mostrar um pouco o que guardam os meus baús de memórias. Aqui baú está sendo usado em duas dimensões: a material e a espiritual.
Parece que ratifico uma tradição que venho mantendo. Agradeço sugestões de outras propostas de meus leitores. Sei que omiti falar do novo nome: Blogue do mestre Chassot. Sobre esse tenho recebido mais críticas do que elogios. Busco assimilá-las.
Votos de uma muito boa terça-feira nessa semana de quase despedida de 2009. Para mim está reservada a alegria de almoçar com minha filha Ana Lúcia. Para amanhã, o convite para voltarmos a nos ler aqui.