sexta-feira, 23 de agosto de 2024

MILHO: o cereal que nos faz mais latino-americanos MAIZ

23/08/2024 

ANO 18 

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www.prodessorchassot.pro.br

EEEDIÇÃO

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Já narrei, mais de uma vez aqui: tão logo posto no entardecer da sexta-feira, a edição semanal, fico a matutar a próxima semana. Uma vez mais, aflora minha infância e nela minha mãe: “O que vou cozinhar a manhã?” Essa era uma pergunta de quase cada noite de quem precisava, no dia seguinte, com poucos recursos, prover a mesa de nove pessoas. Agora estou eu aqui: “O que vou blogar nesta semana?” 

A quarta das cinco blogadas agustinas teve um facilitador; a chamada tinha uma pergunta destinada aos meus queridos leitoras/leitores; tu és um privilegiado? a resposta parecia óbvia.      

Os leitores foram generosos. Amealhei comentários significativos.

Como estes ocorrem a posteriori do acesso da maioria dos leitores, muitas vezes não são lidos. Há um alerta evangélico: “E, também, ninguém acende uma candeia e a coloca debaixo de uma vasilha. Pelo contrário, coloca-a no lugar apropriado, e assim ilumina a todos os que estão na casa” (Mateus 5:15). Por tal, publicizo, aqui e agora, alguns comentários postados durante a semana. A formatação foi livre. A sequência é aleatória!

A seguir algumas manifestações de mulheres e de homens que em  diferentes geografias se envolvem com alfabetização científica:

Silvia Chaves UFPA, com quem já dividi seminário na UFPA Querido amigo, sou privilegiada por tua  amizade, por teus silenciosos ensinamentos. Mais que tua saúde física  me importa em ti o que te é eterno. Teu ser lúcido e sempre disposto a aprender. Esse teu maior mérito,  os prêmios são o reconhecimento de tua renovada disposição de crescer.

Jorge Messeder 19 de agosto de 2024 às 04:55 Querido Mestre, o senhor o sabe o quanto te estimo. Seria muito repetitivo ao tecer elogios para alguém como o senhor. Só quem o conhece pode dizer isso. Também me sinto um privilegiado, pois ter o senhor como amigo é algo ímpar. Também fico honrado por ter contado com a sua presença na minha banca de professor titular! Como já mencionei várias vezes, em todas as minhas falas acadêmicas cito seus textos e sua forma de tratar o Ensino de Química/Ciências. Muita saudade de estar pessoalmente com o senhor. Muita saúde e paz! Um abraço fraterno. Obrigado!

VERA REGINA TUCUMÃ Unifesspa Marabá 17/08/2024 Bom dia, Prof. Ms. Chassot. Obrigada. Fico muito contente quando visualizo uma mensagem do senhor.

Não fossem tantas as demandas em nosso cotidiano, que eu já teria ido vê-lo presencialmente.

O senhor é um ícone da ciência. O senhor consegue discutir a ciência, prazerosamente.

Espero que esteja com a saúde estabilizada.

Saúde, paz e esperança na vida…

Obrigada por tantas contribuições sempre.

Querido Mestre.

Obrigado por tão maravilhosas edições no blog com tantos ensinamentos…

Continue sempre…

Sua trajetória se sustenta nas contribuições de saberes…

Um grande e afetuoso abraço…

Toda minha admiração, gratidão e respeito.

ANA CLÁUDIA MAQUINÉ Unifesspa Marabá 21/08/2024 Bom dia, que leitura maravilhosa. Parabéns


Anônimo 19 de agosto de 2024 às 10:19 Grande Mestre Chassot. Duvido que, vez por outra, não estarás proferindo alguma aula magna, evento against doctor's orders. Grande abraço!

Conceição Cabral UFPA 17 de agosto de 2024 às 10:19 Peregrino da Ciência! Com a aproximação da Primavera no Hemisfério Sul, de longe Belém te saúda especialmente florida!

Fábio Bohrer UFRGS: Nós somos privilegiados em conhecer o talentoso e laborioso Mestre. Grande abraço.

Edni, UFRGS 17 de agosto de 2024 às 10:19 Bah, Chassot. Muito bom.  Eu posso dizer: Tenho um amigo privilegiado. Sou grato por isto!:

Sikilero CUM-IPA Agosto de 2024 Mestre Attico Chassot: Agradeço pela referência na mensagem. Que nosso Grande Pai continue a te abençoar na caminhada de desenvolvimento. Muita PAZ, LUZ e SAÚDE. Fraternal Abraço.

ARNALDO UFPernambuco 20 de agosto de 2024 às 20:19 Amigo Chassot! “Tomei a liberdade” de reproduzir tuas palavras no perfil temporário do meu status: “É lamentável que os belicistas não se convençam qie em suas guerras só existam derrotados”! 

Attico Chassot / Porto Alegre, RS Brasil


Ivone Academia AT 17/08/2024 Mestre!!! Eu estava me sentindo a única! Tudo bem, Mestre? Eu que te chamo assim! Saudade de ti, meu bom e melhor amigo!


sexta-feira, 16 de agosto de 2024

EU SOU UM PRIVILEGIADO!

 

116/08/2024

Nwww.professorchassot.pro.br

EDIÇÃO

 

  ANO 18

EU SOU UM PRIVILEGIADO!  

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Tenho recebido, de maneira frequente e repetidamente, um questionamento: “Como o senhor está?” ou mais queridamente: “Mestre, tudo bem?” São muito válidas as interrogações: nos últimos  123 semestres (Sim! mais de 60 anos!) estive em sala de aula. Neste segundo semestre de 2024, rompi, depois de mais de meio século: não estou mais em sala de aula como professor.

Resolvi atender a recomendação de meu cardiologista: “Professor, neste bissesto2024 seja menos professor e mais aposentado!{sempre me parecem por demais possessivos esses adjetivos  aditados a pessoas: meu advogado; minha mulher. 

Já que referi dois vocativos: Senhor e Mestre me orgulho de outra referência: há um tempo, quando, pela primeira vez estive em banca e palestra em Boa Vista/AC se completou a estada na única unidade federativa, em 27+1 estados+Distrito Federal, presencialmente para cursos e/ou palestras ou bancas.

O título Peregrino da Ciências me fora outorgado, em texto homônimo, há alguns anos pelo jornalista e sociólogo José Carneiro, professor aposentado da UFPA, em publicação de 25 de maio de 2003, em O Liberal, joo rnal líder em circulação no estado do Pará.

Ainda Peregrino da Ciência: Mesmo estando a cada mês, a partir de março, pelo menos uma semana, na UNIFESSPA, no câmpus de Marabá/PA estive neste 2020  universidades das quais 4 em São Paulo [USP, Unicamp (2) UNESP (4 São Carlos e Bauru) e UFSCAR] e em oito na região amazônica Pará (3), Amazonas (2), Mato Grosso e Macapá (2), quando realizei 52 palestras (incluindo mesas redondas e minicursos) das quais ofereço destaque para sete em Marabá em diferentes eventos [Profit, Parfor, Residência pedagógica, Semana Acadêmica da UEPA, II Semana do Instituto de Estudos em Saúde e Biológicas e III SEPEMAZON

Parece significativo justificar dois destaques acerca do lócus de palestras:Tentando ser amazônida: mais de um terço das universidades em que estive presente em 2019 foram na região amazônica. Isto reflete a minha continuada presença na Amazônia desde que há mais de seis anos me envolvi como professor da Rede Amazônica de Educação em Ciências e Matemática/ Reamec. 

Dos 12 doutores (o número é pequeno pois só fiz doutorado depois de aposentado) seis foram na Reamec, sendo um na UFAM, um em Parintins/AM na UEA, três na UFMT Sinop, Barra do Garça e um Rio Branco/AC IFAC.

Meus benignos leitoras e leitores talvez tenham  cansado com estas manhas embaralhadas geográficas… Isso que não saímos da Amazónia. Mas leitores há que se perguntam por que sou um privilegiado? a resposta é óbvia. Para as duas questões: “Como o senhor está?” ou : “Mestre, tudo bem? Tenho uma resposta padrão: Sou privilegiado, pois tenho água tratada, energia, elétrica,  rede de internet, que se estende até o jardim, ora sofrido  por esses dias de frio  próximo de zero graus, mas compensado pela lareira que não apenas fornece calor mas pode alumiar   parte da casa mais central; quase me esquecia dos banhos com roupa de cama perfumada.

Parece ter justificado que seja um professor privilegiado. Vou trazer dois destaques para ratificar ser um agraciado. Amealho mais de uma dezena de troféus. Em outro momento farei uma blogada acerca dos troféus. Aqui e agora me limito a dois:

UM:  Homenagem estética, contemporânea, irreverente e bela.Fiz uma viagem na qual fiquei em Belém cerca de 30 horas. Na segunda-feira, 25/11, fiz duas palestras em 2 momentos e locais diferentes na UFPA. Quando me imaginava farto dos melhores momentos, surge um sumarento imprevisto: fui convidado pelo Centro Acadêmico da Licenciatura de Química/CALQUI da Universidade Federal do Pará. Houve então momento inenarrável. Qual o impacto que assola alguém ao ver de maneira inesperada sua imagem em um imenso mural? Meus olhos embaçaram. Solicitado a apor minha assinatura no mural, onde também havia uma homenagem a Marie Curie, tive muitas dificuldades. Dentre os alunos promotores do impactante mural nenhum me conhecia pessoalmente. Foram unânimes no destacar o quanto meus textos (em livros e artigos de revistas) são muito significativos na formação de professoras e professores de Química e por tal fui escolhido para ‘estar’ no CALIQ. 

Na imagem: capa do  Festschrift com Achassot no mural do CALIQUI                                                                   

DOIS: como ignota e exótica palavra catalisa uma produção acadêmica que a Wikipédia diz ser “O termo em língua alemã Festschrift, na Academia, se refere a um livro que homenageia uma pessoa influente ou reconhecida, especialmente um pesquisador. Geralmente é lançado enquanto o homenageado é vivo. O termo pode ser traduzido como "livro de homenagem" ou "livro de celebração". Um Festschrift contém contribuições inéditas de colegas do homenageado, podendo incluir seus ex-alunos. Geralmente é publicado na ocasião da aposentadoria do homenageado, ou quando ele completa certo tempo de carreira (trinta anos ou mais)!

Assim recebi a emocionante homenagem: Querido Professor, no decorrer de 2020, os nossos grupos de pesquisa se dedicaram a elaborar uma homenagem aos seus 60 anos de dedicação à educação. O resultado se encontra anexado a este email. Trata-se da nossa primeira versão completa que ainda será melhorada. Quem assina a mensagem é o Prof. Dr. Vanderlei Folmer, pesquisador líder de grupos de pesquisa da Unipampa, câmpus de Uruguaiana. 

A produção anexada era algo incrível: um livro de 305 páginas, com 19 capítulos, escritos por cerca de três dezenas de autores (há nomes dentre estes que estão em mais de um capítulo). Cada um destes capítulos detalha dimensões teóricas e/ou empíricas de minhas diferentes ações no ser Professor há sessenta anos. Trata-se de um Festschrift (um livro que se fez como um tributo ao meu ser/fazer Educação).

Parece que não precise mais comprovar o quanto sou um ser humano privilegiado. Ratifico: esses dias de frio em torno de zero grau, com famílias vivendo em abrigos em condições precárias, alguns acampados à margem da BR-116.

Há mais de 15 anos convivo com Parkinson, Tenho por tal privilégios. Quase esqueço que tenho salivação em excesso, incontinência urinária e fecal, o freising e outros quetais.


sexta-feira, 9 de agosto de 2024

EM UM DIA DOS PAIS

 

109/08/2024

  www.professorchassot.pro.br

EDIÇÃO

 

  ANO 18

EM UM DIA DOS PAIS 

  3.791 

                   

Já estamos no segundo blogar agustino/2024. Mais uma vez, repito algo da edição pretérita: desde a pandemia (para mim) os meses parecem fugar. Além das provas matemáticas mostradas na edição passada, talvez os múltiplos eventos que se entrelaçam a cada semana ratificam está continuada aparência de fuga.

Exemplifico isso aqui e agora: o tema heliocêntrico dei a conhecer na manchete título: adesão à data homenagem deste domingo. Antes de assuntar as homenagens aos pais, sumarizo algumas pérolas que poderiam ser centrais: 

No Roda Viva da última segunda-feira esteve no centro  da roda Rosa María Torres foram quase duas horas memoráveis. Quem não teve a ventura de assisti-lo e se interessa nos processos de escrita, vale buscar o YouTube! Rosa é Pedagoga, linguista, jornalista educacional e especialista em educação básica. Trabalhou em vários países dentro e fora da América Latina. Entre outras ações, foi diretora pedagógica da Campanha de Alfabetização “Monseñor Leonidas Proaño”, no Equador (1988-1991). Foi assessora educacional do Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef) em Nova Iorque e editora do boletim trimestral Education News (1992-1996), ação de destaque da organização.Entre 1996 e 1998, foi diretora de programas para América Latina e Caribe da Fundação Kellogg e, de 1998 a 2000, foi coordenadora da Área de Inovações Educacionais

Na tarde desta  quinta-feira a Morada dos afagos recebeu uma visita muito querida: o coordenador do campus de Novo Hamburgo do Instituto Federal de Educação, Ciências e Tecnologia IFSUL.  O Marcus é, também, presidente da Sociedade Brasileira de Ensino de Química. O assunto central da agradável conversação  —  que há tempo não ocorria presencialmente  —  foi acerca das generosas ações de alunos, funcionários e docentes durante as enchentes. Essas são inenarráveis, tais as suas magnitudes.

“Naquele tempo existia um homem. Ele existiu e existe, pois nós narramos suas histórias.”

Para Afonso Oscar Chassot (1906-1987),

 meu pai, que, mesmo nunca tendo visto seu

 nome 

impresso em um livro ou jornal, 

muito me ensinou: 

 gostar de ouvir notícias, instrumental importante para conhecer e entender a história e 

a vibrar com a profissão, 

marceneiro hábil que era, trabalhando a madeira com amor.

Para ele, este livro e estes versos, 

adaptados da poeta Hannah Szenes (1921-1944):

Bendito o fósforo que ardeu e acendeu a fogueira!

Bendita a labareda que ardeu no âmago do coração!

Bendito o coração que soube parar com honra!

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Esta dedicatória  — preito de comovida admiração e saudade  — esteve presente, no último quarto de século, como texto referência em significativa presença de  livros e artigos do Brasil.

Há cerca de um ano a Editora Moderna/Santillana decidiu não mais edita-lo como livro físico. Festejo alvissareira notícia: José Roberto Marinho Livraria da Física (da USP) já está na liderança desta festejada notícia.

“Naquele tempo existia um homem. Ele existiu e existe, pois narramos suas histórias.”

Ainda evoco uma cena do frio dia 9 de julho de 1987. Era uma quinta-feira, dia normal de trabalho. Havíamos velado meu pai durante toda noite. Na metade da manhã houve uma missa e depois se formou um cortejo fúnebre da cidade de Montenegro até o cemitério do Faxinal. Num momento, de um dos carros em que estou e olho para trás. Vejo dezenas de carros, que se estendiam por pelo menos por três quarteirões. Perguntei-me: que fizera esse marceneiro, para que tanta gente deixasse os seus fazeres para vir sepultá-lo num bucólico cemitério, não muito distante da casa onde nascer.

A narrativa que encerra esta blogada envolve  meu irmão Sirne (1940 - 2002) o segundo dos oito filhos, Ele era um ano e dezoito dias mais novo que eu; sempre foi mais forte que eu apesar da diferença de idade. Se a discussão de alguma coisa terminava em briga, sempre (ou quase sempre) era ele quem vencia. Um dia, recordo que voltávamos para casa pela rua João Pessoa e vimos que em cada casa havia sido há não muito tempo colocada propaganda política. Meu irmão e eu, pressurosos, nos pusemos a coletar de casa em casa as propagandas eleitorais que estavam disponíveis. Chegamos em casa radiantes com nossos troféus. Meu pai, olhando a natureza do conteúdo do material coletado, não teve dúvida, passou-nos uma reprimenda, dizendo que não podíamos ter retirado a propaganda política, mesmo que fosse do adversário de seu candidato de escolha. Depois de nos repreender, nos passou uma lição importante: - Vocês agora voltem a cada casa de onde retiraram material e o devolvam.

.“Naquele tempo existia um homem. Ele existiu e existe, pois nós narramos suas histórias.