sexta-feira, 26 de junho de 2020

26JUNHO2020 - Valente no cercadinho, manso no STF




 ANO 14
AGENDA 2 0 2 0
EDIÇÃO
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É a última blogada de junho, que chegamos a crer que não existiria...É última blogada do 2020/1º semestre, que muito provavelmente passara para nossas histórias pessoais como o semestre #se puder...fique em casa. Lembraremos sempre do semestre que nos ensinaram a lavar as mãos. Foi o semestre que aprendemos o que é distanciamento pessoal. Tomara que gerações futuras desnecessitem de tais aprendizados.
Preciso dar crédito para o título da blogada. Copiei Valente no cercadinho, manso no STF, uma muito elucidativa síntese do valentão no seu galinheiro, que se encolhe como um garotinho comportado ao lado de astutas raposas, do Ponto a newsletter semanal do Brasil de Fato que espero sequioso a cada sexta-feira e que pode ser solicitado gratuitamente pelo e-mail: newsletter@ponto.jor.br
Vivo ainda sob signo da livecização. Encerrei, esta semana aquelas catorze lives inaugurais do primeiro 1,5 mês (= seis semanas 13/05 a 24/06). Nesta semana, as duas últimas tiveram o mesmo título: Cinco revoluções científicas, mas tiveram cenários muito dispares: na segunda-feira, 22 fui a simpática capital baiana e em Salvador, falei para brasileiros de diferentes geografias acolhido pelo Centro de Estudos e Acompanhamento Psicanalíticos e Psicopedagógico; na quarta-feira, dia 24, a live era parte das celebrações do 40 anos do curso de Química da Universidade de Passo Fundo RS. Mesmo que a ver o público que assiste não faça parte do cenário, em Salvador eu era um alienígena. Porém, em Passo Fundo eu era um indígena, que retornava a sua tribo.
Os psicanalistas soteropolitanos Silvia Santana e Rodnei Souza, meus queridos anfitriões não poderiam ser mais generosos no acolher-me. Mas, não estava na minha paróquia. Na UPF, o acolhimento não foi diferente. Mas evoquei ter estado durante um janeiro em 1978 dando um curso de especialização ou em 1983 estive na organização com colegas o 4º EDEQ ou ainda evoquei a visita que recebi da Clóvia, da Alice e do Fábio para celebrar comigo os meus 80 anos.
Celebro minhas 14 primeiras lives, no transcrever uma das muitas mensagens recebidas: Mestre! Você acabou de ministrar uma aula magnífica para sua “aluna” mais idosa. Nem sei como lhe agradecer. Copiei o que pude para passar para minha bisneta de 18 anos que, conhecendo-a, tenho certeza que ela adoraria ter assistido à palestra. Das duas lives desta semana guardarei os finais quando os participante ligaram os seus microfones e aplaudiram intensamente (a imagem de Ademar Lauxen).

sexta-feira, 19 de junho de 2020

19JUNHO2020 SIGO NO LIVECIZAR ,AGORA SEM WEINTRAUB




 ANO 14
AGENDA 2 0 2 0
EDIÇÃO
3483
Já chegamos a terceira edição junina 2020 deste blogue. Vivemos nos dias tão a gosto dos brasileiros: o festejamentos dos santos juninos: São João, Santo Antônio, São Pedro... Este ano, parece que há que aceitarmos uma abstinência.
Muitos de nós temos uma celebração compensatória. Finalmente, depois de 14 meses o senhor (o descredencio do Titulo de Professor) Abraham Weintraub — o pior Ministro da Educação da História do Brasil — foi defenestrado. Na charge de Clayton o que mais ele fez. Um pouco antes do anúncio de que vai para uma diretoria do Banco Mundial revogou portaria que estipulava políticas de afirmação na pós-graduação brasileira.
Vivo ainda sob signo da livecização. Das 17 prováveis para o meu primeiro 1,5 mês (13/05-30/06) de lives, nesta semana foram/serão quatro: quarta-feira, dia 16, no IFRS para os campi de Porto Alegre, Sertão e Vacaria; ontem, Dia do Químico na UFFS, Câmpus de Cerro Largo, RS, hoje pela manhã, a 3ª edição em mais uma turma do 7º ano do Ensino Fundamental do Colégio João 23, em Porto Alegre e, ainda esta noite, no IFPR no Câmpus de Paranavaí PR a 12ª de 17 prevista neste 1,5 mês.
Nesta segunda-feira, recebi do Prof. Dr. Licurgo Peixoto de Brito, Professor Titular da Universidade Federal do Pará — que faz a apresentação, com um primoroso texto de seis páginas, da 8ª edição do Alfabetização científica: Questões e desafios para a Educação (do qual um excerto está na quarta capa) — a mensagem que autorizado transcrevo: Caro amigo, suas blogadas são sempre estimulantes por mesclarem os registros de um experiente fazer docente na educação científica com uma visão crítica e atual da educação, o que inclui necessariamente a consciência política. Essa combinação é um potente coquetel molotov na resistência contra os desatinos orquestrados da desinteligência da administração nacional. Mas na última edição gostei muitíssimo de te ver em família, usando para esse “conclave” o mesmo recurso que favorece a tua presença quando profetizas aos quatro cantos. Isso faz uma aproximação do profissional com o pessoal, ambos encharcados de humanismo que te caracteriza. Obrigado por te mostrares tão naturalmente autêntico. Obrigado por suas competentes blogadas. Não nos prive desse prazer. Forte abraço.
Comovido, assim respondi ao meu colega doutor em Geofísica, que ora labuta comigo Rede Amazônica de Educação em Ciências e Matemática envolvido em Educação em Ciências: Meu muito querido amigo Licurgo! Começa um novo dia e eu sou brindado por uma muito significativa avaliação trazida às minhas blogadas. Que melhor estímulo, à madrugada gélida, poder receber um húmil escriba! Sou imenso grato e me rejubilei ao destaque que obsequias ao conclave familiar. Não recordo já antes ter em um dia minha primeira leitura diária ser brindado com uma preciosidade como esta de tua esmerada lavra. Dizem as escrituras, que tu cultuas, que não se acende uma vela para colocar sob a cama... e sim no lugar mais alto para que possa iluminar todo o ambiente. Isto posto, permito-me solicitar que possa publicar o teu texto como comentário da edição do blogue. Por fim receba o presente de minha gratidão. Teu feliz colega que se orgulha em poder te chamar de amigo e te dizer apenas OBRIGADO!
Cumprimos mais uma semana de pandemia. Por esta ser bipolar (há pandemia do bem <> a pandemia do mal) também nos obsequia momentos inéditos e variados, inclusive gostosos vagabundeares. É também pandemia do bem que na próxima semana me levará a Salvador BA, no Centro de Estudos e Acompanhamento Psicanalíticos e Psicopedagógico, no dia 22, ao Curso de Química, da UPF, em Passo Fundo RS e ao IFSP, em São José dos Campos, no dia 25.
Chorando os mortos, vivifiquemos a vida.

sexta-feira, 12 de junho de 2020

12JUNHO2020 AINDA NO SIGNO DA LIVECIZAÇÃO




 ANO 14
AGENDA 2 0 2 0
EDIÇÃO
3482
Uma nova edição junina 2020 deste blogue não pode ser diferente: inserta na tríplice crise (pandêmica /econômica/política) que tentei descrever um pouco na edição pretérita. No decorrer da semana busquei aprofundar esta análise. Fiquei muito confortado quando, na noite de ontem, numa típica reunião familiar na aurora do segunda década do Século 21, minhas filhas e meus filhos, pediram para que trouxesse para ele algo de minhas lives. Fiz-lhes uma síntese não muito apimentada de ninhas falas.
Hoje se completa um mês de minha primeira live em Brejo Santo CE. Celebrei, nesta manhã, com a 8ª hoje: As cinco revoluções científicas, para alunos do 7º ano do Colégio João 23. Merece destaque na terça-feira a live no IFG, câmpus Inhumas GO, tecida com sumarenta diálogo com o Prof. Dr. Aldo Soares, acerca de Educação e perversidade em tempos de pandemia. Agenda da próxima semana promete ser frutuosa: no dia 16, no IFRS paras os campi de Porto Alegre, Sertão e Vacaria; 18, Dia do Químico na UFFS, Câmpus de Cerro Largo, RS e dia 19, no IFPR no Câmpus de Paranavaí PR. Para o dia 30/06 está programada a 15ª live.
Mesmo ante a múltipla oferta de alternativas para surfar na rede, leitores do blogue me gratificam: “Eu leio sempre que posso o blog. Quando de sua última postagem, eu sentia que tinha que agradecer por estar nos alimentando com o conhecimento em meio ao caos, a desordem em que o mundo se encontra, em especial o Brasil, com atual governo. A segunda lei da termodinâmica resolveu tomar as rédeas. Espero que caminhemos para um estado de equilíbrio brevemente. Me sinto muito bem com as palavras que leio em seu blog. Me reanima, me faz acreditar mesmo nos situando da atual situação. Obrigada, mais uma vez!” (Excerto de mensagem de Andreza, licencianda em Química, UNEB, Salvador, BA).
Do escritor Elcio Mário Pinto, acerca da live, na noite de ontem, em Sorocaba SP no lançamento de seu 42º livro, Entr&nós: Filosofia outras viagens e novas aventurasDe qualquer forma, estavas conosco, comentei tua participação e sobre teu blog. Falei, inclusive, que amanhã, sexta-feira, é dia”.
Prof. Dr. Felipe Figueira, IFPR, Câmpus Paranavaí PR “Da última vez que conversamos ficou o desejo do senhor vir até o meu campus para uma palestra. Que tal realizarmos uma conferência virtual? Como acompanho o blog do senhor, sei que a sua agenda está cheia, com 10 conferências só para junho, mas nós poderíamos combinar quando o senhor pudesse. Estarei virtualmente em Paranavaí, dia 19/06.
Não posso me furtar, mesmo com insignificante repercussão de meu escrevinhar, o adensamento do perfil genocida de um pseudo-Messias [1. Redentor prometido aos judeus. (Com inicial maiúscula.); 2. Pessoa esperada ansiosamente. 3.Reformador social] que ontem incitou a seus asseclas para que entrem nos hospitais para documentarem por fotografias se os leitos destinados a portadores de contaminação viral estão sendo realmente usados e são não estão vazios, quando se diz que estão faltando. Cheguei a pensar que tinha sonhado isso. Esta manhã certifiquei-me ouvindo a live presidencial de ontem. Isto é um péssimo exemplo de desvalorização da vida. Nada mais a comentar.

sexta-feira, 5 de junho de 2020

05JUNHO2020 COMO A PANDEMIA (INTER)FERE NOSSO ESCREVINHAR




 ANO 14
AGENDA 2 0 2 0
EDIÇÃO
3481
Parece significativo inaugurar as edições juninas no Dia Mundial de Meio Ambiente. A rigor, enquanto brasileiros deveríamos dobrar sinos a finados.
Hoje completo uma bi-quarentena (2 x 40 dias). Cumpro a recomendação #fique em casa exorcizada pelo cavaleiro que domingo troteou por Brasília qual Sancho Pança. Parece que cena fanfarrônica realmente condiz ser ‘um cavaleiro de triste figura’.
Na última edição comentei minha estreia no mundo das lives. Narrei então que depois da estreia em Brejo Santo CE em 13 de maio, concluía o mês com quatro realizações. Para este junho há já agendada dez. A série junina se iniciou mais uma vez no Ceará, no dia 1º na UECE em Crateús.
Na manhã desta sexta-feira, quando benéfica chuva fertilizava  a terra, uma vivência me foi obsequiada nestes dias pandêmicos: Desde minha casa dei uma aula para alunos do sétimo ano do Colégio João 23! Duas grandes emoções então: quando comecei a dar aula, em 1961, tinha turmas da primeira e segunda série do ginásio, que equivaleria hoje ao sexto e ao sétimo ano! 
A segunda emoção foi voltar ao colégio onde meus filhos foram alunos.  E eu era pai numa escola fundada em 1964, quando iniciava a ditadura militar. Lembrei de algumas histórias. A Ana Lúcia ontem perguntou se eu ia contar a história das caravelas de Cabral. Eu disse que não; houvia me lembrado mais de uma vez... mas a aula só teria 40 minutos... e não deu para fazer divagações. Mas os alunos e o Prof. Guy Barcelos, meu querido anfitrião, pediram para eu voltar...
Completo esta blogada relatando que nesta semana cumpri um ponto de agenda árduo mas saboroso. Recebera do Prof. Dr. Thiago Henrique Barnabé Corrêa um distinguido convite para redigir um prelúdio para um livro acerca do discussões curriculares para o ensino de Ciências da Natureza que será publicado na Colômbia. Produzi cerca de 10 páginas. Autorizo-me trazer os parágrafos finais aqui. Se tem discutido os atravessamentos que ocorrem nesses dias pandêmicos. Pareceu significativo partilhar, aqui e agora, algo (inter)fere nosso escrevinhar. É o que está a seguir:
Defendo que ao nos aventurarmos no usual sumarento e enriquecedor binômio escrita leitura o cenário (ou o ambiente, ou estado de espirito...), tanto do escritor como do leitor são de influência capital. Não é sem razão que dizemos que cada leitor de um mesmo livro (ou até um mesmo filme) tem a sua leitura (diferenciada dos demais leitores). O mesmo vale para quem escreve, se chegando a fazer das narrativas em diários parceiros de confidências.
Permito-me narrar aqui um fazer intelectual que me encanta: brincar com as palavras. Há não muito trouxe a este texto uma palavra que não pertence ao cotidiano de nossos falares, também é infrequente em nossos escrevinhares. Dizia do difícil produzir intelectualmente em tempos aziagos. Aqueles que cultivam o saudável hábito de escrever recorrendo a dicionários a toda hora, muito provavelmente, já brincaram que com a palavra aziago.
Ante a dificuldade de descrever o cenário em que vivo — estou escrevendo este texto no advento dos primeiros dias juninos deste bissexto 2020 — , permitam-me brincar com a palavra que encontrei para descrever para a minha leitora ou para o meu leitor os tempos em que vivo. Estes podem adjetivados como aziagos (= Que é de azar ou o faz recear/ De mau agouro) parece descrever bastante bem os tempos vividos quando da presente escrituração. São tempos de mofino (do espanhol mohíno). O adjetivo e substantivo mofino (=Que ou quem mostra tristeza ou infelicidade / estava numa prostração mofina / estava infeliz; triste) ou me sinto um mofino. (= infeliz, triste). (As dicionarizações deste parágrafo são do Dicionário Priberam da Língua Portuguesa).
É muito confortante, em meio a imensa tristeza que nos abate, fazer a partilha destas emoções: uma imensa tristeza, amofinado, nestes tempos aziagos. Não tenho pejo em dizer o quanto viver nesta república cívico-militar-teocrática me é muito desconfortável. Sofro. Minha mente parece se faz estéril.
Vivemos uma tríplice crise
I)     Uma crise pandêmica que faz a cada uma e a cada um dos habitantes do Planeta Terra, mais ou menos claudicantes. Uns e outros (pobres ou ricos / crentes ou incréus / negros ou brancos) manquitolamos, uns muitos ou outros poucos, nestes tempos viróticos. Talvez, não exista pessoas imune.
II) Uma crise econômica que atinge muito mais os ricos que os pobres. Estes, mesmo que continuem mais pobre com a crise, sabem com mais eficiência viver resilientes; aqueles sofrem muito quando veem seu querido capital se esboroar, vão para as ruas pedir que os pobres possam trabalhar para salvar seu capital.
III)     Uma crise política que é a pior das três. Temos no (de)governo da nação um presidente genocida. (Manchete de uma das edições semanais de meu blogue). Só isto seria suficiente para defenestra-lo do Palácio do Planalto. 
Mas temos muito mais do que um presidente sabido, que mesmo não tendo nenhuma formação acadêmica na área da saúde, sabe mais acerca de pandemia que a Organização Mundial da Saúde. Temos também um ministro das Relações Exteriores que é terraplanista. Temos um ministro da Educação que afirma que não existem povos indígenas. Temos um ministro do Meio Ambiente que alerta que devemos aproveitar que se está envolvido com as notícias da pandemia e ‘abrir as porteiras’ às autorizações a mais queimadas. A litania de tudo que temos no governo que faz o do Brasil uma nação depredadora se estenderia por páginas.
Propus-me uma utopia. Há duas alternativas. Dentre estas só se pode escolher uma e apenas uma:
    1)  Ter na presidência do Brasil alguém modelo da muito competente chanceler alemã Ângela Merkel.
2)  Ter absoluta certeza que eu e todas as pessoas com as quais tenho relações de qualquer natureza sejamos poupados para todo o sempre de todo e qualquer molestar decorrente da pandemia que ora açoita e vitima o Planeta Terra.
Eu, muito provavelmente, escolheria a alternativa 1. Assim, não preciso descrever muito mais acerca do momento histórico que esta protofonia foi gestada.
[...] Mas como se diz: Tudo passa! Acreditemos nisto. Abeberemo-nos no CURRÍCULO EN CIENCIAS NATURALES e façamos, cada uma e cada um, sumarenta leitura que há de nos ensejar tenhamos uma cada vez mais crítica Alfabetização Científica assim ajudarmos para que tenhamos cidadãs e cidadãos que se envolvam com um Planeta melhor e mais justo,