sábado, 26 de outubro de 2019

25.- Acerca de EPPEQs & EDEQs



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Programara que a blogada desta semana fosse acerca da outorga de uma láurea: a Pena Libertária. Mas ouvi o Poeta: "Cesse tudo que a musa antiga canta, pois valor mais alto se levanta!" Nesta semana participei de dois eventos: em um, minha estreia no mesmo; no outro uma evocação de sua inauguração e minha participação plena no mesmo há 40 anos. Isto posto fica postergada a edição de Acerca de uma laurea: Pena libertária para a próxima semana.
Na quarta-feira, em Bauru SP, participei pela primeira vez do X Encontro Paulista de Pesquisa em ensino de Química X EPPEQ e na quinta e sexta feira em Lajeado RS: o 39º Encontro de Debates de ensino de Química 39 EDEQ, na Univversidade do Vale Taquari/UNIVATES. Cada deles comportaria uma blogada de per si. Não seja inferida redução da importância de um e outro evento por apenas sumariá-los.
Na quarta feira, no final da manhã fui pela primeira vez à Bauru. Fui acolhido fraternalmente pelos colegas da Unesp, Câmpus Bauru. Personalizo na Profa. Dra. Silvia Regina Quijadas Aro Zuliani minha gratidão às muitas gentilezas que recebi. O artístico mimo que me foi presenteado institucionalmente soube ser marchetaria de recobrimento, artesania na qual ela habilidosa.
Fiz, à noite, a palestra "Uma brecha entre o passado e o futuro" como abertura do X EPPEQ e da XIII Semana da Química. Minha fala, como todas desde agosto teve como prelúdio e posfácio referências da Laudato Si’ ofertado como antídoto às politicas ambientais irracionais do governo, mormente na Amazônia e em reservas indígenas. Fiquei sumamente gratificado quando na cerimônia de abertura professoras referiram o livro a Ciência é Masculina? (que como na Unicamp, na semana anterior, teve dezenas de exemplares da 9ª edição autografados) tem sido significativo para modificação de posturas na Universidade. A comida mexicana, em companhia de colegas solenizou o ocaso de uma maravilhosa quarta-feira.
À madrugada de quinta-feira, teve inicio um roteiro (de 13 horas) Bauru /Arealva / Campinas / Porto Alegre / Lajeado para estar pela 39ª vez em um EDEQ, evocando o primeiro em 1990. Estar no EDEQ é estar entre amigos (ainda quando sou agraciado com o título de ‘pai dos EDEQs’), que só encontramos em outubro de cada. Ainda na quinta participei da reunião do Colégio de coordenadores de EDEQs para prepararmos o 40º EDEQs que será na PUC-RS no próximo ano. Ainda na quinta-feira houve um excelente carreteiro com salada e sobremesa no CTG Tropilha Farrapa, com músi
cas e danças gauchescas.
Na sexta-feira, ministrei um minicurso acerca de História e Filosofia da Ciência. A tarde dei uma entrevista de meia hora a Alexandre Zeilmann Weissheimer na radio 95.1 FM. Assisti a uma mesa-redonda acerca do ano internacional da Tabela Periódica. Após a palestra de encerramento e antes das despedidas com ‘um até outubro do ano que vem na PUC’ uma sumarenta surpresa: o anúncio que a Univates prestaria uma homenagem para mim como reconhecimento pelo conjunto de meu fazer educação. Foi convidada a Profa. Dra. Tania Miskinis Salgado, da UFRGS -– provavelmente, dentre os presentes a pessoa que mais anos trabalhou ao meu lado – para que trouxesse justificativas à homenagem. Num texto emocionante, marcado por saudades, a Tania falou primeiro como minha ex-aluna, depois de nossos fazeres como coordenadores do curso de Química na UFRGS, para depois narrar de nossa criação, com o Edni e o Del Pino, há 30 anos, da Área de Educação Química na UFRGS. Fui então chamado para receber um livro-documental da história de 50 anos da Univates. Fiz uma breve fala de agradecimento, que não teve apagada a dimensão politica, trazendo mais uma vez a Laudato Si’ um recomendado antídoto às políticas lesivas a nossa casa comum: o Planeta Terra.
O ir ao EDEQ -- ao lado de ter as continuadas atenções da Profa. Dra. Jane Herber, (Coordenadora do 39EDEQ) antes e durante o EDEQ -- me ofereceu um bônus gostoso: pousar na casa de minha filha Ana Lúcia em Estrela e pela manhã fui agraciado com o levar meus netos Guilherme, Felipe e Lucas Francisco às suas escolas. Alguém até pode dizer que isto ‘foi um plus a mais!’

sexta-feira, 18 de outubro de 2019

18.- Uma tríade no terceira edição deste outubro



ANO
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EDIÇÃO
3453
Mesmo inserto neste império milico-teocrático, parece que já estamos achando os dias, semanas, meses passarem céleres para aguardarmos expectantes a chegada de 31 de dezembro de 2022. Afinal... não há mal que sempre dure...
Este outubro não poderia ser mais melífluo... na edição anterior (3452*12/10/2019) coloquei como a apoteose de um extenso fazer acadêmico a mesa-redonda: A arte de escrever Ciência com arte. Em seguida anunciava que chegava à Belém para participar do Círio de Nazaré. No começo da tarde recebia a notícia que seria galardoado com a Pena Libertária, como vencedor do Prêmio Sinpro Educação RS 2019 na categoria profissional.
A estes dois eventos (Círio de Nazaré e Prêmio Sinpro RS 2019) junto um terceiro: um Dia do Professor muito diferente para compor a tríade que se faz tessitura nesta edição.
Como a láurea do Sinpro RS receberei esta noite, ela fica assuntada para a próxima semana. Cumprindo promessas ao grupo no WhatsApp ‘Chassot no Círio’, criado e nutrido por minhas amigas e meus amigos belemitas; primeiro narro um pouco do espetáculo sacro-profano do qual vivi excertos. A cereja da semana fica para um contar de um Dia do Professor muito diferente.
Primeiro um verbete enciclopédico: O Círio de Nazaré é uma manifestação religiosa cristã em devoção a Nossa Senhora de Nazaré, que ocorre na capital do Pará: Belém. Celebrado anualmente desde 1793, no segundo domingo de outubro, reunindo cerca de dois milhões de pessoas em todas as romarias e procissões. Uma devoção religiosa, herdada dos colonizadores portugueses — em Portugal é celebrado no dia 8 de setembro na vila da Nazaré. O Círio é a maior manifestação cristã do Brasil — e um dos maiores eventos do mundo —, reunindo mais de dois milhões de pessoas em uma só manhã. Em 2004, reconhecido como patrimônio cultural imaterial pelo Iphan e, em dezembro de 2013, declarado Patrimônio Cultural da Humanidade pela UNESCO (com ajuda da Wikipédia).
CHASSOT no Círio
A manhã de domingo é o ápice, mas há pelo menos uma semana se vive em clima de Círio. Se é recebido no aeroporto com chuva de pétalas de flores. Os prédios públicos, os comerciais e mesmo os residenciais, de maneira especial os condomínios são decorados exaltando a Nossa Senhora de Nazaré.
Na noite de sexta-feira o Auto do Círio (= manifestações artísticas muitos diversificadas, apresentadas em diferentes estações, culminando com uma apoteose) produzido há vários anos pelo Departamento de Artes da UFPA.
Há duas palavras correntes, que se precisa dominar para entender o que está ocorrendo: berlinda e translado.
BERLINDA Coche pequeno, de quatro rodas, suspenso entre dois varais. No Círio carro puxado por humanos os provido de motor para transportar estátua milagrosa ou réplicas da mesma.
TRASLADO marca o percurso da imagem de Nossa Senhora de Nazaré, da Basílica de Nazaré, pelas ruas da cidade, até a igreja matriz, no município de Ananindeua, município vizinho a Belém. Percurso este que é feito em carro aberto, e onde Nossa Senhora recebe inúmeras homenagens. A imagem da Santa, passa a noite neste município, onde o povo fica durante toda à noite em vigília. Essa Romaria acontece de sexta para sábado. No sábado a imagem vais a Coaraci, distrito de Belém. Ela retorna à capital de navio circundado por simples canoas de ribeirinhos a luxuosos iates, pela imensa baia do Guamá, Roteiros de diferentes traslados em Belém estão associados a ditos percursos misteriosos que se diz foram feitos pela imagem quando ela definiu o lugar para se fazer sua morada.
Muito provavelmente o sábado é o dia mais extenso. Há pelo menos onze círios oficiais (fluvial, das bicicletas, das motos, dos jovens em pernas de pau... e alguns outros paralelos (como do público LGBTTT).
Para um exemplo deste Círios paralelos, adito aqui o que me escreveu a Prof. Dra. Ana Clédina, que este semestre compartilha comigo uma disciplina na graduação da Unifesspa: “Eu me desafiei a realizar uma Ciclo Romaria. Saímos da cidade de Capanema PA, distante a 200km de Belém, às 18h de sábado (eu consegui pedalar os primeiros 148 quilômetros) e o grupo que concluiu o percurso chegou na Basilica às 9h30min do dia seguinte... pedalando a noite toda. ... Algo muito emocionante à frente de 150 ciclistas estava um carro com uma berlinda com a imagem a entoar cânticos marianos. O grupo faz esse percurso há 16 anos. Intitula-se "No rastro da Fé".
 Porém essa aventura me custou as forças para o resto dos festejo, mas, de fato a experiência do Círio de Nazaré é algo inexplicável em suas entrelinhas
O círio, se encerra usualmente com o ciriar = almoço familiar no domingo cujo prato principal é o pato no tucupi e maniçoba. Os ciriófilos menos ortodoxos tem este momento como muito apreciado.
Há alguns poucos ciriófobos que reclamam dizendo que não se pode privar aos não católicos do ir e vir com seus carros.
Terminado o Círio se inicia o recírio, no qual se continua a ciriar, por mais duas semanas.
Dois breves comentários acerca de meu ciriar da manhã de sexta ao começo da tarde de domingo:
Primeiro, não é com uma chegadinha, como a que dei, que se possa analisar e fazer um etnografia de um evento que tem as dimensões acerca das quais tentei dizer algo.
Segundo, o propósito de meu estar uma vez em um Círio, procurar identificar os quase não-limites entre o sagrado e o profano parece ter ficado muito evidente. Fiz então uma comparação com a festa de natal. Jesus (o sagrado) tem uma presença na mesma muito discreta, quase só na igrejas. O Papai Noel, que pode ser tido como ícone natalino profano apaga jesus no cenário público. Maria [a virgem de Nazaré / a mãe de Jesus / a mãe da Igreja (invocação que me surpreendeu...)] é presente de uma maneira unânime no Círio. Tudo gira em torno do seu culto. Em mais de uma vez foi me destacada a colaboração dos evangélicos no Círio. Não vi sincretismo com religiões afro, por exemplo com Iemanjá.
A guisa de sobremesa a esta blogada tão prenhe de emoções passadas (o Círio) e futuras (a recepção da Pena Libertária), trago algo acerca de um Dia do Professor muito diferente. Era a 59ª vez que celebraria o dia do professor enquanto professor. É um ano muito difícil. Quis voltar então a algo que no ano passado fiz cerca de meia dúzia de vezes e este ano não fizera nenhuma: palestrar com professores e alunos de uma escola rural municipal no interior do interior de Igrejinha, RS. Uma pequena, mas muito querida escola pois nela estudam a Maria Clara e a Carolina, minhas netas.
No dia 24 de setembro recebo um correio eletrônico: Caro professor Attico Chassot, espero encontra-lo bem? Me chamo Gildo Girotto Júnior e sou professor do Instituto de Química da Universidade Estadual de Campinas - UNICAMP. O motivo de meu contato se dá pois no dia 15/10 promoveremos um evento em comemoração ao dia dos professores e das professoras. [...] Sua presença seria uma grande satisfação para nós e com certeza para nossos estudantes para os profissionais presentes neste evento. Aconselhei-me com minha filha Clarissa que tem as filhas na Escola Dom Pedro I. Ela soube postergar a atividade em Igrejinha. Na terça-feira, desde Porto Alegre, fui e voltei a Unicamp.
Vivi momentos indescritíveis. Fiz uma palestra: A Ciência é masculina? É, Sim Senhora! autografei os primeiros exemplares da nona edição do livro-tema. Assisti uma mesa redonda. Convivi com o Gildo. Reencontrei Miguel, o espanhol um amigo que me fora presenteado em Gurupi. Encontrei a Inês Petrucci para evocar uma amizade que data do século passado, em um ENEQ em Aracaju, em 1998, com derrota do Brasil, frente a França, em Copa do Mundo. Voltei ganhando muito mais que deixei.
Obrigado Escola D. Pedro I. Obrigado Unicamp.
******************* Na semana que se aproxima dois eventos: em um, minha estreia; no outro uma evocação de sua inauguração há 40 anos. Em Bauru o X Encontro Paulista de Pesquisa em ensino de Química e em Lajeado: o 39º Encontro de Debates de ensino de Química, na Univates.******************

sexta-feira, 11 de outubro de 2019

11.-No Círio de Nazaré, também uma celebração de uma vitória



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EDIÇÃO
3452
Cheguei à Belém, à madrugada, em um voo de 55 min, desde Marabá. Já no aeroporto o clima era de Círio. Estou hospedado na casa de meus colegas e amigos Teresinha e Tadeu. Evocamos a minha primeira vez em Belém, talvez, há 35 anos.
***** Uma saudada notícia excepcional: Attico Chassot indicado ao Prêmio Sinpro Educação RS 2019 é um dos três candidatos na categoria profissional, trazida na última edição de setembro Esta tarde soube que sou o vencedor. Estou feliz com a notícia. Alegra-me receber esta notícia em meio acerca de dois milhões de romeiros, que participam em Belém do Círio de Nazaré.
https://www.sinprors.org.br/comunicacao/noticias/divulgados-os-vencedores-do-premio-educacao-rs/Acerca de minha semana em Marabá: foi sumarenta. Dei aulas na Licenciatura em Ciências Naturais e no componente curricular tendências em ensino de Ciências no mestrado. Nas duas turmas, foram analisadas nas aulas de terça-feira, as falas do Papa Francisco, na abertura do Sínodo Pan-amazônico, no Vaticano, no domingo 06/10.
 Mas o destaque de minha semana foi a mesa-redonda: A arte de escrever Ciência com arte. A imagem inserta nesta página, traz algumas informações da atividade assistida, mormente, por mestrandos dos cinco programas de pós-graduação da aaUnifesspa e pelo canal de televisão iTemnpo. Disponivel neste canal no Facebook.

 Aqui, ante a decisão de fazer uma edição lacônica (para não haver privação de inserção no clima do Círio), vou por luzes no destaque da mesa-redonda: Prof. Dr. Daniel Aldo Soares de IFG, que veio a Marabá para a primeira ação oficial de seu estágio de pós-doutoramento no Programa de Pós-Graduação em Ensino de Ciências e Matemática. Enquanto orientador do Daniel, fiquei muito gratificado, pois anunciara a meus colegas que teriam a oportunidade de conhecer um polímata.
O Daniel brindou a audiência com um poético texto erudito mostrando a necessidade deu um continuado (talvez, permanente) burilamento do texto. A trazida produzida pelo Daniel catalisou em professores e alunos o desejo (ou a sugestão) de que na abertura do próximo ocorra uma oficina de uma semana acerca A arte de escrever Ciência com arte, tendo o texto da Daniel a guisa de prelúdio. Um dos cenários onde foi apresentada este pleito foi entre cervejas e supimpas acepipes na orla do Tocantins.

sexta-feira, 4 de outubro de 2019

04.- Jornada fluminense e espera de votação.

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04.-Uma 
Já é outubro do ano da (d)esperança. Vivi os dias preambulares de outubro em uberdade. Um pouco antes do meio-dia do dia 1º chegava ao Rio de Janeiro. Era a 5ª vez, este ano, naquela que tem, talvez, o epíteto mais bem posto: Cidade maravilhosa. Como em algumas das vezes anteriores, fui acolhido pelo meu colega e amigo Jorge Messeder. Amanhã, ao despedir a madrugada, inicio partida para, já ao final da tarde, chegar a Marabá, depois de passagens pelos aeroportos Santos Dumont, Congonhas, Brasília, Belém.
A base dos meus 4 dias fluminenses foi na terra de Arariboia. De Niterói, onde fiz uma fala, fui duas vezes a Nilópolis e uma vez a Duque de Caxias. Vivi estes dias sob a proteção do Messeder. Ele não apenas acolitou minhas quatro palestras, mas também, como connoisseur das preciosidades do paladar, organizou o cardápio de atividades do programa ABQ Vai à Escola. ABQ patrocinou minha viagem e estadia.
Eis um muito breve sumário das 4 falas. A previsão total sofreu redução em função das manifestações dos estudantes em defesa da Educação pública e de qualidade.
01/10 TER IFRJ Nilópolis Das disciplinas à indisciplina, mais de 150 pessoas
em uma atividade organizada pelo Fórum de Interlocuções na Licenciatura em Química. Para evocar a celebração recebi um azulejo (foto).
02/10 QUA UFF Niterói Um fazer hermenêutico na elaboração do livro A Ciência é masculina: para professores, mestrandos e doutorandos da UFF.
03/10 QUI IFRJ Nilópolis a mais original das atividades: uma roda de conversa com cerca de 50 alunos e professores do mestrado e doutorado. Houve momentos emocionantes.
04/10 SEX Secretária de Educação, Duque de Caxias Assestando óculos para ver o mundo natural, cerca de 100 professores do ensino fundanental em auditório da Unigranrio. Uma escultura de uma coruja foi um dos mimos que recebi para evocar a minha primeira vez em Duque de Caxias.
A notícia excepcional: Attico Chassot indicado ao Prêmio Sinpro Educação RS 2019 é um dos três candidatos na categoria profissional. Trazida na edção passada continua me fazendo expectante do encerramento da votação no próximo dia 8/10.
Se a votação fosse a nível nacional teria mais chances. Mesmo assim já sou imensamente grato a colegas e familiares que buscam amealhar apoios ao meu nome. Esperar é preciso!!!