ão 2378
A primeira
semana do segundo mês do ano traz a terceira crônica da série 2013 dos relatos
do professor Guy Barros Barcellos, que está, uma vez mais, no verão brasileiro
nos Estados Unidos. Com a publicação em 11 e 12 de janeiro de ‘Múltiplas faces de uma escola estadunidense’
ele iniciou a repetição da experiência de 2012, enviando suas observações desde
o exterior.
Nosso ‘trota-mundo’
que é Biólogo, Mestre em
Educação em Ciências e Matemática pela PUCRS e doutorando na mesma instituição, já
escreveu com exclusividade para este blogue desde as Ilhas Mauritius, hoje retorna aqui como Mais um Guya
de Nova Iorque.
Aterrissar na Big Apple é sempre um inspirar de
expectativas e surpresas. Uma cidade que abriga o mundo em seu seio é um
ambiente capaz de catalisar vivências únicas e inesquecíveis. Cada vez que vou
é como a primeira...
Em agosto de 2012 já
havia antecipado a compra dos ingressos para a ópera, portanto na noite de
24/01 já sabíamos que Il Trovatore de
Verdi nos aguardava. O Metropolitan Opera
House, fundado em 1880, abriga 3800 pessoas, logo, quem não chegou antes
pode comprar na hora. Os ingressos variam entre U$S 20 - 400, ou seja, para
todos os bolsos. Nada se comparado aos preços escorchantes dos musicais da
Broadway.
Como esperado Il Trovatore, sempre emociona: A cigana
Azucena, em sua sanha enfurecida para vingar-se do Conte di Luna, que condenara
à morte sua mãe, acaba matando o próprio filho... Esta trama funesta transcorre
imersa na sublime música de Verdi e na estupenda poesia de Cammarano. Nada mais
pungente do que Leonora, a nobre espanhola e heroína da ópera, que canta: “tu
verás que amor na Terra mais que o meu não foi mais forte, venceremos a áspera
guerra e também a própria morte”. Depois disso toma veneno e... Tenho um amigo
que costuma dizer que ópera boa precisa ser trágica.
Na verdade isto nem
sempre procede. No dia seguinte vimos Il
Conte Ory, uma deliciosa ópera buffa,
com lieto fine (final feliz), de
Rossini, onde um conde safado veste a si e sua milícia com hábitos para raptar
sua obsessão... A princesa Adèle foi
interpretada pela excelente cantora sul-africana Pretty Yende, nascida há 27
anos em uma província perto da Suazilândia, laureada pela Faculdade de Ópera de
Johannesburgo. A jovem cantora veio ao Met para substituir uma grande soprano
que caiu doente duas semanas antes da estreia... Não foi problema! Aprendeu o
papel em uma semana (!). Foi ovacionada em pé, pela plateia exultante. Ouvi um
senhor, habitué das récitas do Met, dizer
que: “temos que prestar atenção nesta jovem cantora, ela deverá ser a maior de
sua época”...
Não só de
ópera vive o homem (será?), então o Guy foi, uma vez mais visitar o American Museum of Natural History em
Nova Iorque. Relato desta inebriante viajada já está pautada para o nosso Guya
contar amanhã.
Chassot querido amigo,
ResponderExcluirsempre uma alegria estar no teu blogue. Amaina a saudade.
Vale lembrar aos leitores que a primeira foto na ocasião da missa na St Patrick Cathedral. A ser relatada na crônica de amanhã.
Abraços!
Mais uma vez o Professor Guy Barcellos, está de parabéns, por colocar no papel o seu gosto refinado por óperas. Com toda sua sapiência, ele nos insere aos espetáculos, as histórias e às obras. PARABÉNS MESTRE !
ResponderExcluirEste comentário foi removido pelo autor.
ResponderExcluirLimerique
ResponderExcluirGuy Barros Barcellos, o vira-mundo
Quando aborda assunto vai fundo
Hoje na Grande Maçã
E quem sabe amanhã?
E seu comentário é sempre fecundo.